O sistema tecnológico de bloqueio de sinais de celulares clandestinos
começará sua atividade no país, a partir do início de 2014. As empresas
operadores de celulares por meio do Sinditelebrasil, obteve medida favorável,
pois a Anatel, baixou, na semana passada, norma restringindo o uso desses
aparelhos.
A iniciativa também é uma resposta a ação civil movida em fevereiro de
2011 pelo Ministério Público (MPF) de São Paulo, em Guarulhos, cujo objetivo
também seria de pôr fim à disseminação de aparelhos clandestinos.
Levantamento feito pelas operadoras e pela Anatel, a pedido do MPF,
identificou que, do total de linhas habilitadas, ao menos 20% faziam chamadas
via piratas. Naquele momento, ainda não havia uma solução tecnológica que
permitisse o bloqueio. Dois anos depois, a Anatel já tem o cronograma de implantação do sistema, financiado pelas
operadoras.
O objetivo é não só garantir a segurança dos clientes, expostos a riscos
de radiação excessiva e de explosão das baterias dos aparelhos, mas também
melhorar os índices de qualidade das teles. O impacto dos celulares
piratas ganhou importância para as operadoras
após a suspensão de venda de chips pela Anatel no ano passado. A medida foi
tomada após aumento do número de reclamações nos Procons e na Anatel,
principalmente por queda de chamadas.
Depois de uma análise dos técnicos, descobriu-se que, em média, 10% das
chamadas caem porque são realizadas por aparelhos piratas, prejudicando, assim,
os índices de qualidade das teles.
COMO SERÁ O BLOQUEIO
Todo aparelho, incluindo os tablets, sai da fábrica com um número de
registro chamado IMEI. É o RG ou o chassi do equipamento. O chip, que é
habilitado pela operadora, também tem um código, batizado de IMSI. Assim,
sempre que um aparelho é ligado, ele transmite às centrais das operadoras os
dois números que permitem identificar quem está falando e em que aparelho.
Hoje, essas informações possibilitam, por exemplo, identificar um
cliente em roaming internacional. Agora, haverá um cadastro nacional de IMEIs
no país que será cruzado com o dos chips (IMSI). Assim, toda vez que um cliente
estiver fazendo uma chamada, a operadora saberá se o aparelho é ou não
legítimo. Isso será possível porque também existe um catálogo mundial com
todos os IMEIs válidos produzidos pelos diversos fabricantes.
As operadoras sabem que um celular é pirata porque na sua rede eles
aparecem como "aviões fantasmas". Seus sinais são captados pelas
antenas, mas sua identidade (RG) não aparece no "radar" das teles.
Quando aparece, ela é duplicada (igual à de outro telefone) ou apresenta um
número inexistente no catálogo mundial de celulares.
O novo sistema das operadoras cruzará a lista de registros nacionais e
estrangeiros para saber qual é autêntico. Caso seja pirata, o sistema decidirá,
automaticamente, pelo bloqueio dos sinais.
Fonte: informações da Folha Online
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