quarta-feira, 18 de julho de 2012

A traição como objeto de indenização por danos morais



Christianne Grazielle Rosa de Alcântara Belfort

Resumo: A dissolução de qualquer vínculo nunca é feita com facilidade, em especial quando este é afetivo. O casamento que fale por qualquer motivo já causa dor e frustração às partes envolvidas, mas o casamento que tem por motivo de falência a traição causa uma dor ainda mais profunda e de difícil gestão. No Direito brasileiro aquele que for lesado em sua honra tem direito à ação contra o causador do dano, desta forma, levanta-se a questão: é possível requerer indenização por dano moral decorrente do rompimento do pacto de fidelidade matrimonial? Este artigo pondera o risco ao qual cada pessoa submete-se ao assumir uma relação amorosa e o dano efetivo que a traição um dos cônjuges pode acarretar ao outro. A metodologia utilizada baseia-se no levantamento e estudo bibliográfico doutrinário e jurisprudencial brasileiro sobre o tema e a conclusão a qual se foi possível chegar é que não se pode de pronto deferir esta indenização genericamente, sob pena da banalização do instituto do dano moral, porém cada caso deve ser analisado com cautela, pois em situações específicas o cônjuge traidor extrapola todos os limites aceitáveis de ordem social e moral no tratamento com o cônjuge traído acarretando assim motivos para compensação.




Palavras-chave: Casamento. Adultério. Divórcio. Dano moral.

1. INTRODUÇÃO

Já dizia Aristóteles: “O homem é um animal social”. Assim sendo, ainda que tenha a potencialidade para a solidão, a procura por um ambiente onde detenha companhia é inerente ao ser. Todavia, a idéia de sociabilidade por Aristóteles defendida não mencionava qualquer noção de exclusividade nas relações.

Ainda segundo o mesmo pensador, é pertinente ao indivíduo a busca por outro da mesma espécie com o fim de procriação, perpetuação da espécie, geração de um novo ser idêntico a ele. Como conseqüência natural desta busca por companhia e por reproduzir-se, e também devido aos cuidados que necessita a espécie humana em seus primeiros anos de vida, temos a geração da primeira célula da sociedade: a família. Esta nasce como um evento natural, oriundo da sociabilidade humana.

Com o propagar das sociedades, desenvolveram-se vários modelos de família. O modelo mais conhecido, antigo e tradicional é o casamento, com sua raiz inicial na busca por resolução dos conflitos entre diferentes tribos e povos. O matrimônio, desde a Grécia antiga até a época da colonização das Américas, fora constituído para ser a aliança sanguínea que ligava tribos diversas e rivais, unindo-os e transformando-os em aliados. Neste período da história o casamento tinha finalidade de garantir a segurança política e social.

Atualmente, no direito brasileiro, o casamento consiste na união civil e voluntária entre duas pessoas. O Estado brasileiro não resguarda qualquer proteção no artigo 226 da Constituição Federal de 1988 a qualquer modelo de família que abrigue mais de dois cônjuges, ou seja, modelo que se assemelhe à poligamia.

Diante desta moderna sociedade monogâmica temos em contraponto a infidelidade, do latim infidelitate, que significa traição, transgressão da fé matrimonial, adultério, ou seja, relacionamento sexual ou amoroso, esporádico ou contínuo, com pessoa externa à sociedade conjugal. Este ato, atinente ao ser humano quase que por consequência da própria característica de ser social, há muito marginalizado nas relações amorosas, se configura como verdadeira problemática conjugal.

Mas até que ponto a fidelidade, obrigação e dever recíproco dos cônjuges de não cometer adultério, e a monogamia, modelo predominante nas relações afetivas e sexuais ocidentais, como caracteres dos institutos familiares, podem ser vistos como bens a serem protegidos e quantificados, bem como indenizados, quando de suas violações?

O objetivo deste artigo é discutir a possibilidade de pagamento de indenização por danos morais em caso de violação do pacto de fidelidade entre as partes quando iniciada uma relação afetiva, em especial a oriunda do casamento, hetero ou homossexual. Tal discussão será realizada por meio de levantamento bibliográfico e do estudo da jurisprudência, chegando, assim, a alguns elementos norteadores da questão elencada.

2. A MONOGAMIA

A monogamia no dicionário significa: “Estado conjugal em que um homem desposa uma única mulher ou uma mulher um só marido. União exclusiva de um macho com uma única fêmea.”

Este conceito, de estado conjugal exclusivista, surge como fato social predominante e institucionalizado na cultura ocidental através da Igreja Católica em 1439, quando no Concílio de Florença fora instituído o matrimônio (união entre um homem e uma mulher sob a benção da igreja) como sétimo sacramento, pois simbolizava a união entre Cristo e a Igreja, e esta considerada indissolúvel. Desta forma, a poligamia, o concubinato e, consequentemente, o adultério foram marginalizados (até então estes eram praticados com certa liberalidade) e considerados como pecados.

Posteriormente, no Concílio de Trento (1545-1563) a Igreja Católica empreendeu uma guerra sistemática a todos os atos sexuais realizados fora do casamento, reforçando a ideia de monogamia e fidelidade nesta relação.

Apesar da forte influência que a Igreja Católica exerceu e exerce sobre os costumes da sociedade ocidental (em especial nos últimos 800 anos), marginalizar a figura da terceira pessoa alheia ao relacionamento não extirpou sua existência.

Diante deste quadro, questiona-se: é possível afirmar que o ser humano é um ser, naturalmente, monogâmico?

Segundo David P. Barash, autor do livro “O mito da monogamia”, a resposta é não:

“Não há como questionar se a monogamia é ou não natural. Não é. Ao mesmo tempo, tampouco há razão para concluir que o adultério é algo bom ou inevitável. Animais, muito provavelmente, não podem escolher agir contra ‘o que vem naturalmente’. Já os homens podem.”

Partindo desta premissa, com qual finalidade foi elaborada a teoria monogâmica, uma vez que temos elementos históricos, desde os tempos das cavernas, comprovando que esta concepção foi criada e não originada pela natureza do homem? É plausível exigir fidelidade uma vez que esta pressupõe monogamia que, por sua vez, não é algo natural à nossa espécie?

Engels afirma em sua obra “A origem da família e da propriedade privada e do estado” que os gregos proclamavam abertamente apologia à monogamia com o objetivo específico de restringir a transferência de seus bens através da sucessão, para que apenas os herdeiros sanguíneos de um varão pudessem dele herdar. Para Engels esta era a expressão da propriedade privada e da submissão da mulher ao homem, fazendo-a parte de seus bens, e, ainda hoje, existem resquícios desta concepção. Logo, há de se convir que o embrião da monogamia, ainda na história clássica, em nada se aproxima da idéia de amor afetivo e romântico, mas da concepção materialista de proteção dos bens do varão.

Atualmente, a monogamia não mantém seus pilares tão superficiais estabelecidos apenas nas questões patrimoniais das relações afetivas. Hoje estas bases são mais profundas, fazendo parte do íntimo, da personalidade, do caráter e do desejo consciente e inconsciente das pessoas, em especial ao escolherem outro indivíduo para compartilhar suas vidas.

Com a evolução das relações familiares, as concepções monogâmicas foram arraigando-se por todas as outras modalidades de relações amorosas. Espera-se monogamia quando se inicia um namoro, quando este evolui para uma união estável ou um noivado e em especial quando se contrai casamento.



3. O DEVER DA FIDELIDADE E A INFIDELIDADE

Qualquer relacionamento, em especial o amoroso, é um ato de liberalidade, no qual as pessoas envolvidas optam por permanecerem conectas. Pelo senso comum, espera-se que as partes já saibam a que estão se vinculando e que expectativas criar ao optar por relacionarem-se, em especial em razão de existir expressa previsão legal dos deveres e direitos dos cônjuges nos artigos 1.565 e 1.566 do Código Civil, in verbis:

"Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.

§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.

§ 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:

I - fidelidade recíproca;

II - vida em comum, no domicílio conjugal;

III - mútua assistência;

IV - sustento, guarda e educação dos filhos;

V - respeito e consideração mútuos.”

Estes artigos prevêem que o casamento vai além de um simples contrato celebrado entre as partes onde cada um sabe de seus deveres e de seus direitos. Este instituto, para o Direito Civil, é o acordo comum e voluntário aonde duas pessoas demonstram suas intenções em estabelecer ampla e total solidariedade e comunhão de vida, caracterizando-se por respeito, assistência, consideração, fidelidade e companheirismo mútuos, bem como renúncia à concepção individualista e egoísta em prol do grupo familiar, da célula, do coletivo.

Como modelo predominante de relação amorosa e familiar, do casamento todos os outros modelos existentes derivam e nele se espelham. Assim, na união estável também são esperados alguns elementos que são oriundos do casamento, como, a fidelidade. No namoro e no noivado, etapas anteriores e menos comprometedoras de um relacionamento amoroso, esta característica também é esperada, exatamente pelo caráter monogâmico das relações ocidentais.

Para o Tribunal de Justiça paulista no autor do processo nº 2011/0079349-3 o dever de fidelidade recíproca é importante por que:

“O casamento que obriga cumprir o dever legal da fidelidade é aquele que se alimenta na aliança protegida pela honestidade e pelo comportamento social pautado na ética e pela boa-fé, valores que quando se discute a culpa unilateral. A fidelidade somente existe quando é mútua e quando o amor é compartilhado com a mesma intensidade.”

Como é possível observar, o dever de fidelidade, na concepção deste Tribunal, vem acompanhado de uma série de características positivas para cultivar uma aliança próspera de vida entre duas pessoas.

Evidencia-se, também, a importância da reciprocidade. Em todos os deveres e direitos que deste tipo de relação advém, como o dever de alimentar e cuidar da prole, bem como o de assistência ao cônjuge, prevalece o princípio da igualdade. Corroborando este entendimento, a ilustre magistrada gaúcha Maria Berenice Dias aduz:

“Quem casa sabe que está assumindo com o outro um pacto. Não pode ser desleal esperando que somente o outro cumpra as promessas do casamento. A lealdade é inerente ao respeito e deve ser exercida por aqueles que se dispõe a permanecer casados.

Nota-se que o casamento, como todo pacto ou contrato, é uma liberalidade das partes, advindo de seu livre arbítrio, de seu poder de escolha, não possuindo caráter obrigatório. Ressalta-se que este é necessariamente bilateral, onde as expectativas e desejos básicos provêem de ambas as partes. Assim, uma vez que ambos optem pelo matrimonio, devem honrar seus deveres, pois, como um hibrido contratual, suas cláusulas fazem lei entre as partes, independente da natureza jurídica do pacto matrimonial. Nas palavras da ilustre magistrada Maria Berenice Dias:

“Sabe-se que o descumprimento de qualquer obrigação contratual pode gerar o dever de indenizar. Realmente não haveria porque isentar o cônjuge, descumpridor de seu dever, da responsabilidade de indenizar o cônjuge sofredor da ofensa. Não é o caso de tratar no tema inerente à natureza jurídica do casamento. Mesmo considerando as características peculiares do ato, é certo que o matrimônio, como qualquer contrato, gera deveres, compromissos, mesmo.”

Assim o rompimento da cláusula de fidelidade, nas palavras do emérito professor Rui Stoco (2007, p. 809) significa:

"... que o adultério é a traição da confiança de todos: do marido, mulher e filhos, parentes e amigos. É a ofensa às instituições e até mesmo ao dogma religioso. É o menoscabo, escárnio, vilipendio ao companheiro, com o desfazimento da afettio societatis. Ofende a honra objetiva da pessoa, de sorte a causar mágoa, tristeza, frustração e angústia. Não se exige que esse comportamento se exteriorize e chegue ao conhecimento externo; que ganhe publicidade. O só comportamento já causa mal à pessoa, ofendendo a sua dignidade, ferindo o seu amor próprio. Caracteriza, portanto, ofensa grave e, para alguns, insuportável. Então, se a ofensa moral está ínsita - in re ipsa - mostra-se exagerado e desarrazoado impor que, para que se o reconheça a obrigação de o cônjuge infiel reparar, se exija que essa infidelidade ganhe publicidade e se converta em despudorada exibição pública."

Diante disto, se faz mister ressaltar que, assim como um contrato puro e simples possui previsão para sua rescisão, a dissolução/rompimento do pacto matrimonial é prevista em lei: o divórcio. Para as relações amorosas não acobertadas por um pacto formal é ainda mais simples a resolução deste compromisso: a vontade de não mais estar na companhia do outro. Ninguém é obrigado a casar-se ou relacionar-se emocionalmente com outrem, bem como não é obrigado a permanecer em uma relação amorosa a qual não atinge mais sua finalidade: a felicidade (comunhão plena e harmônica de vida).

Assim, não desejando mais cumprir os deveres inerentes ao relacionamento afetivo amoroso e, conseqüentemente, não usufruir de seus benefícios, antes da violação de qualquer de suas cláusulas deve a parte insatisfeita rescindir, através do remédio adequado, tal pacto. Corroborando nossa posição está a decisão da ilustríssima juíza da comarca de Ivolândia-GO, Drª Sirlei Martins da Costa nos autos da Ação de Separação Litigiosa nº 2008.042.997-94:

“É bem verdade que o reconvindo não pode ser penalizado por se interessar por outra mulher. Entretanto, não poderia ele dar início a outro relacionamento estando casado com a reconvinte...”

4. O DANO MORAL E SUA CONFIGURAÇÃO

O artigo 5º, X, de nossa Carta Magna versa que: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Este artigo prevê expressamente a possibilidade de ressarcimento por ocasião de dano moral ou material causado por ato de outrem capaz de violação, inclusive, da honra das pessoas.

A honra, conceito abstrato, segundo o Dicionário Jurídico da Editora Rideel (2009, p. 347) significa: “dignidade, correção de costumes, qualidade íntima de pessoa que cultiva a virtude, os deveres morais.”

A violação da honra que caracteriza o direito à indenização decorre de ato ilícito que causa dano a bens que vão além do patrimônio do lesado, por exemplo, à sua integridade física, saúde, tranqüilidade, bem estar, liberdade, reputação, etc.

Tais bens são incalculáveis, logo, a finalidade da indenização neste caso é, principalmente, inibir a prática de tais atos danosos, bem como, ainda que minimamente, compensar o dano à pessoa lesada, porém sem que haja enriquecimento ilícito de uma parte sobre a outra. Assim, a indenização deve ser calculada levando em consideração o ato, bem como o patrimônio do autor do ilícito para que o valor da indenização não seja nem exorbitante e nem irrisório.

Para a configuração deste tipo de dano é necessária a demonstração do ato ilícito, porém prescinde-se a demonstração de dano real, pois como o bem é abstrato, parte-se do senso comum, do termo médio, da razoabilidade, do que causaria prejuízo e sofrimento a uma pessoa comum.

Porém, reforça Yussef Said Cahali (2011, p.53): “O atentado ao bem-estar psicofísico do indivíduo deve apresentar uma certa magnitude ou expressividade para ser reconhecido como dano moral, não bastando um mal estar trivial, de escassa importância, próprio do risco cotidiano da convivência em sociedade.”

Corrobora tal entendimento o Tribunal de Justiça de Minas Gerais no processo nº 0061434-57.2010.8.13.0145 de relatoria do Des. Cabral da Silva:

EMENTA: INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA - ESPERA ATENDIMENTO BANCÁRIO- MERO ABORRECIMENTO. NÃO CABIMENTO. Não basta apenas a CONFIGURAÇÃO do ato ilícito para a caracterização do DANO MORAL. O DANO de cunho MORAL não resta caracterizado através da vivência de meros dissabores, aborrecimentos, chateações, contratempos, percalços, discussões, contrariedades, frustrações, decepções, incômodos, desentendimentos ou desacordos decorrentes da dinâmica social ou negociação diária. Considero que a espera em fila para atendimento bancário além do limite imposto por lei, apesar de constituir ilícito administrativo que deve ser coibido pelos órgãos competentes através da aplicação das penalidades instituídas pela lei estadual e municipal às instituições financeiras, não passa de mero aborrecimento, não atingindo a esfera MORAL do indivíduo capaz de ensejar condenação à indenização por danos morais, por faltar um dos pressupostos à sua CONFIGURAÇÃO, qual seja, o efetivo DANO sofrido. (grifos nossos)

Dessa forma, o dano moral, ainda que devido, deve ser avaliado no caso concreto, sob pena da banalização de tal instituto perante a ordem jurídica.

4.1 O DANO MORAL EM CASO DE TRAIÇÃO

O dano moral indenizável, como exposto acima, tem sua origem no abalo psíquico que é proporcionado à vítima originado por ato de outrem.

No caso do dano moral provindo da relação matrimonial há de se distinguir o dano resultante da dissolução do casamento e o resultante da violação do dever conjugal, uma vez que no primeiro caso é natural o abalo psíquico, porém totalmente aceitável ressaltando-se sempre que ninguém é obrigado a manter-se em um casamento que já não deseja, já no caso da infidelidade, é necessária que a conduta do consorte descumpridor do dever conjugal cause ao outro cônjuge situação de sofrimento excessivo, além da simples frustração do amor não correspondido, como, por exemplo, exposições vexatórias e humilhantes, onde o cônjuge traído fique exposto ao papel de bobo, sendo alvo de piadas e insinuações que o ridicularizem perante a sociedade.

O dano resultante da traição, inclusive, da lealdade e do respeito ao outro cônjuge prescinde de demonstração no plano real, pois, é visível facilmente ao homem mediano. Nas palavras do Desembargador Antonio Marcelo Cunzolo Rimola do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em sua decisão da apelação cível n° 453.776-4/4-00 da Comarca de Guarulhos-SP:

“Como se trata de dano moral, desnecessária a demonstração efetiva do prejuízo (como se, aliás, precisasse), vez que o sentimento de vergonha, o sofrimento, a insegurança, o desequilíbrio emocional e os reflexos advindos desse estado complexo a que a pessoa é submetida, nem sempre se reflete nos negócios; em se tratando de comerciante, um protesto provoca abalo em seu crédito, que pode ser apurado pela interrupção dos negócios até então realizados a prazo. O mesmo não se aplica à apelada, que foi atingida em sua honra, seu patrimônio ideal, sem maiores reflexos em negócios ou quaisquer outras espécies de atividades.” (grifos nossos).



5. OS TRIBUNAIS E O DANO MORAL EM CASO DE TRAIÇÃO

Os tribunais vêm se dispondo de forma dispare quanto à questão da possibilidade de indenização por dano moral causado pela infidelidade, alguns julgando de forma favorável ao pedido e outros o entendendo improcedente, sob a égide de que toda pessoa que está envolvida em um relacionamento corre o risco de sofrer uma traição ou de trair.

O Tribunal de Justiça de Goiás, por exemplo, é um dos principais tribunais com tendência a decidir favoravelmente ao pedido de compensação do dano moral por este objeto, vejamos a ementa a seguir da apelação cível nº 133775-5/188 (200804299794):

“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. SEPARAÇÃO LITIGIOSA. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ADULTÉRIO OU TRAIÇÃO. CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL. POSSIBILIDADE. QUANTUM ARBITRADO. CONDIÇÃO ECONÔMICA DAS PARTES. I- O que se busca com a indenização dos danos morais não é apenas a valoração, em moeda, da angústia ou da dor sentida pelo cônjuge traído, mas proporcionar-lhe uma situação positiva e, em contrapartida, frear os atos ilícitos do infrator, desestimulando-o a reincidir em tal pratica. II- O valor da indenização não deve ser alterado quando o juiz, ao fixá-lo, já levou em conta a condição econômica dos envolvidos e a repercussão na vida sócio-afetiva da vítima, restando, assim, bem aplicados os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.”



5.1 O CONJUGE TRAÍDO

Para a configuração do dano moral faz-se necessária a demonstração de alguns pressupostos: ato (ação ou omissão), ocorrência de dano, nexo de causalidade entre o ato e o dano. Para Alessandro Meyer da Fonseca:

“Somente haverá direito a indenização por danos morais, independentemente da responsabilidade ser subjetiva ou objetiva, se houver um dano a se reparar, e o dano moral que pode e deve ser indenizado é a dor, pela angústia e pelo sofrimento relevantes que cause grave humilhação e ofensa ao direito de personalidade.” (grifos nossos)

Porém, no caso específico onde o objeto do dano moral é a traição, os tribunais vêm se posicionando em prol de também analisar o comportamento da vítima perante o relacionamento amoroso, antes mantido com o autor da violação do pacto de fidelidade, como forma de verificar ou projetar se há existência de dano indenizável e dimensionar sua amplitude. Diante disto temos o acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo à Apelação nº 465.038-4/0 onde rejeita a pretensão indenizatória do cônjuge traído em razão de ausência de comportamento imediato, efetivo e condizente com a dor e o sofrimento que seria gerado ao “homem médio” no momento da descoberta da traição:

“ACORDÃO - Indenização em caso de adultério do cônjuge - Hipótese em que não cabe aplicar as regras da responsabilidade civil, embora tenha sido confirmada a traição da mulher na constância da vida em comum, por ser esse um fato que se tornou público, ao ser objeto de investigação policial, não tendo, apesar dessa notoriedade, proporcionado pronta e enérgica reação do marido enganado, uma conduta omissiva que compromete a noção de honra digna de ser resgatada pela compensação financeira [artigo 5o, V e X, da CF] - Provimento para julgar improcedente a ação. (grifos nossos)

A tendência do Tribunal de Justiça de São Paulo quanto à avaliação do comportamento do cônjuge traído para a configuração do dano moral vem se tornando recorrente, senão vejamos outra decisão do mesmo tribunal no Recurso Especial nº 17.413:

“... O caso dos autos não produz controvérsia porque não existiu ofensa à honra. A autora da ação casou com um desconhecido e, segundo relato de Elaine e dos e-mails, não agiu como esposa de todos os dias e sequer cumpriu com os rigores da fidelidade, de sorte que não estaria qualificada a sentir-se humilhada com as investidas do varão contra a criadagem. Não há dano moral ou injusto (art. 5ª, V e X, da Constituição Federal).” (grifos nossos)

Entendemos que não é completamente imprescindível a análise do comportamento do cônjuge traído para o reconhecimento do dever de compensar o dano, uma vez que perante a situação vexatória e vil vivenciada em razão do comportamento do cônjuge traidor, ainda que a vítima não tenha comportamento completamente ilibado perante o relacionamento amoroso, este não seria um permissivo a outra parte que o expusesse ao escárnio social.

5.2 QUANTUM INDENIZATÓRIO

A questão central do quantum indenizatório do dano moral gira em torno de como quantificar algo que é abstrato, sentimental: dor, humilhação, mágoa, tristeza, frustração. Porém há de se ressaltar, novamente, que esse tipo de indenização não tem como foco principal a reparação exata do dano causado, uma vez que não se pode calcular de forma precisa o que foi sentido pela vítima, mas sim a atenuação do sofrimento havido, a punição do autor da violação e desmotivá-lo a incidir novamente no erro.

Assim preleciona Carlos Alberto Bittar:

“... A reparação de danos morais exerce função diversa daquela dos danos materiais. Enquanto estes se voltam para a recomposição do patrimônio ofendido, através da aplicação da fórmula danos emergentes e lucros cessantes (C. Civ., art. 1.059), aqueles procuram oferecer compensação ao lesado, para atenuação do sofrimento havido. de outra parte, quanto ao lesante, objetiva a reparação impingir-lhe sanção, a fim de que não volte a praticar atos lesivos à personalidade de outrem.”(grifos nossos)

Neste sentido está a decisão da ilustríssima juíza da comarca de Ivolândia-GO, Drª Sirlei Martins da Costa nos autos da Ação de Separação Litigiosa nº 2008.042.997-94:

“Configurado o dever de indenizar, cumpre, então, a fixação do quantum, o qual não se destina ao enriquecimento sem causa da pessoa ofendida, porém, deve servir de meio a desestimular o ofensor à prática de novas condutas danosas. Para a quantificação de tal montante, faz-se necessário levar em consideração a posição social da ofendida e a capacidade econômica do ofensor, sendo certo que dita indenização não pode ser tão ínfima a ponto de não servir como medida preventiva à reiteração do ato danoso, tampouco elevada ao ponto de possibilitar um ganho injustificado ao ofendido.”

Desta forma é possível perceber que o judiciário não procura quantificar a dor pela qual passou a vítima, mas compensar, já que não é possível reparar e recompor o status quo ante. A única maneira que o Direito possui de possibilitar a tentativa de o cônjuge traidor atenuar este sofrimento causado é através do pagamento de certo valor monetário.

5.3 COMPETÊNCIA PARA O PROCESSAMENTO DA AÇÃO

Comumente as ações que tem por objeto a indenização por dano moral são processadas na justiça comum através das varas cíveis, porém, os tribunais vêm entendendo que no caso do pedido de danos morais intimamente vinculados a relações familiares a competência para o julgamento do feito é da vara de família e sucessões, assim, vejamos: COMPETÊNCIA - Separação judicial litigiosa. Pedido de danos morais, cumulado com alimentos, veiculado por meio de reconvenção. Causa de pedir decorrente de relações familiares. Competência da Vara de Família e Sucessões. Recurso provido. (TJSP - 6ª Câm. de Direito Privado; AI nº 136.366-4/1-SP; Rel. Des. Mohamed Amaro; j. 15/6/2000; v.u.). BAASP, 2178/1557-j, de 25.09.2000.

6 CONCLUSÃO

É da natureza do ser humano a busca por companhia, por formar um núcleo, por não estar só. Porém, nada nos resta comprovado, seja cientificamente ou sociologicamente, que esta natureza resguarde a exclusividade, assim, a traição é um dos riscos inerentes a um relacionamento afetivo e ao qual toda pessoa que opta por um se submete.

Porém, nossa sociedade ocidental, arraigada de valores religiosos inegáveis, assumiu o modelo monogâmico como referência em suas relações amorosas, assim, cada um de nós, quando optamos por iniciar uma relação amorosa, já pressupomos o pacto de fidelidade para com a pessoa escolhida, e criamos, igualmente, a expectativa de que este pacto seja respeitado pela outra parte envolvida.

Assim, a violação do pacto de fidelidade gera por si só uma angústia incalculável ao cônjuge traído. Porém, esta angustia por si só não configura dano moral indenizável, pois não há de se falar em indenização por danos morais em razão da traição de forma ampla e genérica, sem a análise do caso concreto, pois, desta forma, estaríamos desconsiderando o que há de mais humano em nós: a capacidade de errar e o desejo de vingança.

Entretanto, em algumas situações específicas o cônjuge violador do pacto age de formas tão esdrúxulas, expondo seu companheiro a situações tão humilhantes e vexatórias e a uma sorte de sentimentos amargos como a frustração, a tristeza, o fracasso, a vergonha, etc, onde de fato há um dano psicológico a ser compensado. Contudo, sabe-se que o principal desejo do cônjuge traído jamais será alcançado: a restauração da situação anterior, ou seja, evitar a traição, apagá-la.

Desta forma, como tudo que é abstrato, não há como determinar de forma satisfatória o tamanho da lesão causada e a forma certa de repará-la em sua totalidade. Assim, a indenização monetária é uma forma paliativa de equilibrar o dano sofrido e tentar compensar o mesmo, ressaltando que esta indenização tem como foco principal o caráter punitivo e desmotivador da conduta para o autor da violação.

O que se procura com essa indenização não é apenas demonstrar que a infidelidade é um comportamento inadequado e que não deverá se repetir, mas, especialmente, que quando se faz uma escolha, deve-se honrá-la e respeitá-la, inclusive decidindo revogá-la ao julgá-la errônea.



Referências bibliográficas

FREITAS, Ana Thereza Ceita de. DELINEAMENTO HISTÓRICO DO CASAMENTO. Disponível em: . Acesso em: 28 de Janeiro de 2012.

COSTA, Gley P. O AMOR E SEUS LABIRINTOS. Porto Alegre: Artmed, 2007. P. 21-26.

CONDE, Kelly. MITOS DA MONOGAMIA: Instintos x Escolha. Disponível em:. Acesso em: 28 de Janeiro de 2012.

DELERUE, Rafael Camargo. Os frágeis alicerces a monogamia. Disponível em: . Acesso em 28 de Janeiro de 2012.

FONSECA, Alessandro Meyer da. Requisitos para a caracterização do dano moral. Disponível em: . Acesso em: 28 de janeiro de 2012.

SILVA, Antônio Cassemiro da. A fixação do quantum indenizatório nas ações por danos morais. Jus Navigandi, Teresina, ano 5, n. 44, 1 ago. 2000. Disponível em: . Acesso em: 29 jan. 2012.

VIEIRA, Alessandro. Da fixação do quantum indenizatório no dano moral causado por instituição financeira. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 31, 1 maio 1999. Disponível em: . Acesso em: 28 jan. 2012.







Informações Sobre o Autor

Christianne Grazielle Rosa de Alcântara Belfort

Acadêmica de Direito do Centro de Ensino Unificado de Teresina



Informações Bibliográficas



BELFORT, Christianne Grazielle Rosa de Alcântara. A traição como objeto de indenização por danos morais. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 98, mar 2012. Disponível em: . Acesso em jul 2012.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Einstein era ateu?

ALBERT EINSTEIN (1879-1955) ( I )


Einstein era ateu ?

A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu.

Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia.

Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam ideias que datam de 1880.

Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.

Há, porém, várias maneiras de se representar Deus.

Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos.

Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.

Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.”

* * * * *

“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.

Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.

A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.

Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a ideias que faço de Deus.”

ALBERT EINSTEIN (1879-1955)

(colaboração de: Ronney Robson d'Avila Mendes )

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ALBERT EINSTEIN (1879-1955) ( II )

Einstein e o rabino H. Goldstein

Em 1921, quando perguntado pelo rabino H. Goldstein, de New York, se acreditava em Deus, Albert Einstein, físico alemão de origem judaica, que dispensa apresentações, respondeu: "Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens".(*)

Nessa mesma ocasião, muitos líderes religiosos diziam que a teoria da relatividade "encobre com um manto o horrível fantasma do ateísmo, e obscurece especulações, produzindo uma dúvida universal sobre Deus e sua criação" (**). Tese discordante integralmente, pois Einstein confessou a um assistente que no fundo seu único interesse era descobrir se no instante da criação Deus teve escolha de fazer um universo diferente e, caso tenha tido opção, por que é que decidiu criar esse universo singular que conhecemos e não outro qualquer?

Dizia ainda, "Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a ideias que faço de Deus" (***)



(*) Citado em Golgher, I. O Universo Físico e humano e Albert Einstein, B.H: Oficina

de Livros, 1991, p. 304

(**) Citado em Idem, ibidem, pp 304-305.

(***) Albert Einstein. Extraído do livro "As mais belas orações de todos os tempos".



ALBERT EINSTEIN (1879-1955) ( III )

Einstein e Max Planck

Muita razão teve Einstein para pronunciar as memoráveis palavras com que saudou o grande Max Planck. Disse ele: — “Há muitas espécies de homens que se dedicam à Ciência, nem todos por amor à própria Ciência.

Alguns penetram no seu templo porque isso lhes dá ocasião de exibir os seus talentos especiais. Para essa classe de homens, a Ciência é uma espécie de esporte, em cuja prática se regozijam, como o atleta exulta no exercício da força muscular.

Há outra casta, que vem ao templo fazer ofertório dos seus cérebros, movida apenas pela esperança de compensações vantajosas. Estes são homens de ciência pelo acaso de alguma circunstância que se apresentou por ocasião da escolha de uma carreira. Se a circunstância fosse outra, eles se teriam feito políticos ou financistas.

No dia em que um anjo do Senhor descesse para expulsar do templo da Ciência todos aqueles que pertencem às categorias mencionadas, o templo, receio eu, ficaria quase vazio. Mas restariam alguns fiéis — uns de eras passadas e outros do nosso tempos. A estes últimos pertence o nosso Planck. E é por isso que lhe queremos bem.”

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Denegrir a imagem de alguém não leva a nada!

Comportamento
Não conduz a nada falar mal de alguém.

Podemos  até trocar idéias a respeito, comentar se podemos contar com determinada pessoa para situações adversas, falar se a pessoa engordou um pouco, se está mais bonita.  Essas são frivolidades que absolutamente não incomodam e não prejudicam.

Podemos até mesmo fazer críticas construtivas, se somos solicitados.

Mas daí, a falar mal sobre a moral, inventar ou repetir o que se ouviu falar, sem se preocupar com a veracidade dos fatos, não é algo construtivo e pode ser mesmo extremamente prejudicial, destrutivo e perigoso.

Claro que se você tiver conhecimento de que um amigo seu vai se envolver com alguém de quem você conhece o passado no sentido de prejudicá-lo, você deverá alertá-lo discreta e firmemente, convidando-o a examinar melhor o futuro desse relacionamento.

Mesmo assim, a decisão será dele de investigar a veracidade do que se ouviu falar.

Na minha maneira de agir, vejo as pessoas com boa vontade, de acordo com o que eu penso, sem me ligar na opinião dos outros.

Gosto de meus amigos sem me preocupar se os outros gostam ou não, sem julgamento.  Afinal, quem somos nós?

Temos que medir a diferença entre um atitude fortuita, impulsiva, ocasional, de uma atitude ativamente infamante.  Pesar a diferença é onde está nossa sabedoria.

Uma vez eu estava com algumas amigas numa mesa de almoço, e quando, por acaso, se falou no nome de determinada pessoa, uma das presentes emitiu uma idéia muito desagradável a respeito dessa referida mulher.

Eu achei injusta sua atitude, e lhe disse incisivamente que ela não tinha o direito de falar daquela maneira de quem ela mal conhecia – ainda mais em público.

E eu sei que era boato mesmo o que ela havia escutado, mas não achei elegante ela denegrir a imagem de alguém na frente dos outros.  Para que?

E pior ainda, denegrir a imagem de alguém ausente é covardia – não dá nem a chance da pessoa se defender.

É importante pensar bem antes de falar de alguém.
fonte:http://amandadelboni.com/2012/02/19/denegrir-a-imagem-de-alguem-nao-leva-a-nada/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ser Líder ou não ser


Por Ricardo Dorés
Existem pessoas que tornam-se líderes com o tempo, por meio de treinamentos


e vivência nas situações diárias que enfrentam e solucionam, outras, já nascem


com instinto de liderança, que começa a fluir desde a infância, nas brincadeiras


de rua ou nas turmas de colégio.


É preciso ter em mente que liderar não é gerenciar. Lideram-se pessoas e


gerenciam-se coisas. Para ser um bom líder é preciso dar para receber,


ouvir para ser ouvido, tratar a sua equipe como você gostaria de ser tratado,


pois desta forma haverá harmonia no ambiente de trabalho, além de um melhor


desempenho de seus colaboradores.


O verdadeiro líder é facilmente reconhecido pela forma como conduz sua equipe,


exercendo influência pessoal, motivando-a a ser forte, fazendo-a trabalhar em


um objetivo comum, de boa vontade e de bom grado.


Uma característica fundamental de um líder é saber equilibrar o uso do poder e


da autoridade, lembrando sempre do lado humano e do bom relacionamento com


sua equipe, identificando suas exigências físicas ou psicológicas. O líder não


pode se considerar um ser superior perante os seus colaboradores, deve sim,


integrar-se à sua equipe tornando-a una, sem divisão de poder.


Não deve fazer uso de seu posto ou cargo para liderar, pois será tido como


um líder ditatorial, fazendo uso do poder que possui, causando temor às pessoas,


por meio de ameaças e coação. Este líder não sobreviverá com o passar do tempo.


Sua equipe o obedecerá por temer a perda de emprego e não por estar feliz e


motivada a fazer o que ele ordena, gerando uma insatisfação constante no


ambiente de trabalho, o qual deve ser um ambiente seguro, onde as pessoas


possam cometer erros sem o medo de receber advertências de forma grosseira.


Para conseguir disciplina no ambiente de trabalho, deve existir orientação e


treinamento, não punição.

 
Outrossim, o líder também não pode ser paternalista, ou seja, aquele que faz tudo


sozinho, por ser muito afável e não se impor perante sua equipe, distribuindo


uniformemente as atividades para atingir os objetivos da empresa, trabalhando junto


com ela. Deve ser ponderado, manter um equilíbrio hierárquico e ser democrático.


Um líder deve conduzir sua equipe, com palavras e ações, inspirando segurança,


por possuir uma visão mais abrangente, orientando-a para o caminho certo a ser


seguido, que ele conhece bem e melhor, além de identificar as suas necessidade


e satisfazê-las, por meio do diálogo, amizade e compreensão e ter uma consciência


crítica bem desenvolvida. Deve incentivar e dar condições para o desenvolvimento


da equipe, planejando e organizando ações para ajudar a sua formação e, desta


forma, remover as barreiras existentes, criando pontes para que possam servir aos


clientes e atingir seus objetivos. É preciso agir para obter bons resultados.






O que o líder dá aos liderados, normalmente, é o que ele recebe em troca, mantendo,


assim, sua equipe como sua aliada e, principalmente, trabalhando efetivamente como


equipe, aumentando a auto-estima das pessoas, fazendo-as sentirem-se satisfeitas


consigo. Não atua isoladamente, e não procura destacar-se, os resultados é que se


destacam. Conduz e estimula formando um time unido, que joga em conjunto, forma


uma equipe unida, usando o poder de persuasão e influência sobre as pessoas sem


precisar apelar para o uso do poder ditatorial e recebe mútua colaboração, onde todos


produzem o seu melhor.


Ricardo Dorés - Com formação acadêmica em Direito e especialização em Marketing,


ocupou no mercado as posições de Diretor de Unidades de Negócios, Gerente de


Unidade de Negócio, Gerente Nacional de Vendas, Gerente de Desenvolvimento de


Mercado, Gerente de Treinamento de Vendas, Supervisor de Vendas, em empresas


multinacionais e nacionais de grande porte, tais como: 3M, Pfizer, Glaxo, IMB,


Itaú Seguros, dentre outras. É, há 10 anos, consultor empresarial e palestrante


. É sócio-diretor da SalesResults
Soluções para Mercados Competitivos.


www.salesresults.com.br; contato ricardo@salesresults.com.br
fonte:

http://www.dicasprofissionais.com.br/artigos2.asp?id=90

sábado, 23 de junho de 2012

Significado de Amor Fraternal



O que é Amor Fraternal:


O amor fraterno é um sentimento de carinho muito forte, de dedicação, de interesse pela figura do outro, gerando sentimentos positivos e construtivos, podendo até em certos momentos, levar o indivíduo a fazer grandes sacrifícios, que só sería capaz de fazer por ele mesmo.
Geralmente, este sentimento fraterno acontece entre irmãos, que podem ter afinidade sanguínea ou não, e também entre homens e mulheres. É um sentimento de dedicação absoluta, sem qualquer outro interesse, que não seja o fazer o bem, sem jamais desejar algo em troca. Muitas vezes estes sentimentos de afeto que ligam as pessoas, são decorrentes não só de laços familiares, como religiosos ou patrióticos.


O amor fraternal valoriza a confiança mútua, havendo também um perfeito entrosamento entre as pessoas, porque são relacionamentos tranquilos e afetuosos, duradouras e estáveis, profundo e compromissado.
fonte:
significados.com.br/amor-fraternal

quinta-feira, 21 de junho de 2012

EINSTEIN, GRANDES HOMENS. DEUS EXISTE! E PRA VOCÊ?

Deus existe? por Albert Einstein



                                Grande homem com fé em Deus


Este artigo se refere à um suposto debate entre Albert Einstein e um professor de uma Universidade de Berlim, onde Einstein nem foi aluno, mas sim professor por volta de 1914.



Ao ler esse artigo (na verdade o que vi foi um filme no YouTube), achei-o bastante interessante, mesmo não acreditando que tal idéia (bastante inocente, por sinal) houvesse partido de um físico tão importante para a humanidade como foi e ainda é Albert Einstein, porém, também não se pode esquecer que o grande cientísta era também um humanista judeu e acreditava sim em Deus.


Após receber o comentário do Everton sobre a originalidade desse artigo, achei melhor não retirá-lo, mas sim, deixar a seu critério acreditar se essa idéia partiu de Einstein ou não e se ela lhe serve de algum modo. A mim, o que vale aqui, não é a autoria do mesmo, mas sim seu conteúdo.


Editando novamente o texto, quero reafirmar que não conhecemos o verdadeiro autor do mesmo (já ficou claro, isso) e que nos disponibilizamos a dar os créditos à quem comprovar sua autoria. Não desejamos, em momento algum nos promover, mas sim trazer novamente à tona a imagem do Deus do Bem e do Amor, independente de religião ou crença.


Alemanha


Inicio do século 20


Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:


“Deus criou tudo o que existe?”


Um aluno respondeu valentemente:


“Sim, Ele criou.”


“Deus criou tudo?”


Perguntou novamente o professor.


“Sim senhor”, respondeu o jovem.



O professor respondeu,


“Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?”


O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito.


Outro estudante levantou a mão e disse:


“Posso fazer uma pergunta, professor?”



“Lógico.” Foi a resposta do professor.


O jovem ficou de pé e perguntou:


“Professor, o frio existe?”


“Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?”


O rapaz respondeu:


“De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia.


O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor”


“E, existe a escuridão?”


Continuou o estudante.


O professor respondeu: “Existe.”


O estudante respondeu:


“Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz.


A luz pode-se estudar, a escuridão não!


Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas.


A escuridão não!


Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.


Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?


Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente”



Finalmente, o jovem perguntou ao professor:


“Senhor, o mal existe?”


O professor respondeu:


“Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.”


E o estudante respondeu:


“O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.


Deus não criou o mal.


Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz.


O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações.


É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.”


Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado…


Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?


E ele respondeu:


“ALBERT EINSTEIN.”


fonte: http://www.evoluindo.org/espiritualidade/deus-existe

quarta-feira, 20 de junho de 2012

TSE divulga lista com 6.000 políticos inelegíveis


A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, recebeu nesta terça-feira (19) do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Benjamin Zymler, a relação de políticos que tiveram suas contas rejeitadas por irregularidades pelo TCU.

A rejeição das contas pode tornar inelegíveis esses políticos com base na Lei da Ficha Limpa, segundo afirmou a ministra Carmen Lúcia. Caberá à Justiça Eleitoral decidir obre a inelegibilidade em cada um dos casos.

A lista inclui ao menos 6.000 nomes de gestores públicos federais, estaduais e municipais que tiveram contas rejeitadas pelo TCU em decisões definitivas, e irrecorríveis, nos últimos oito anos, segundo informou o presidente do TCU.

O TSE disponibiliza a lista completa neste link, que será encaminhada para a Justiça Eleitoral em cada um dos Estados.

A presidente Carmen Lúcia afirmou que a Lei da Ficha Limpa “é uma das grandes aquisições cívicas” da sociedade brasileira. “Nós pretendemos nessa eleição dar plena efetividade jurídica e social a essa lei, para que a gente tenha o aperfeiçoamento das instituições democráticas”, disse a ministra em entrevista coletiva nesta terça-feira (19).

Na coletiva, a ministra informou também que o julgamento do registro de candidaturas de políticos que tiveram as contas de campanhas reprovadas, incluído na pauta da sessão do TSE desta terça-feira (19), foi adiado para a próxima quinta-feira (21).

Fonte: UOL

Jovens querem líderes que tenham conhecimento, defendem especialistas

Geração Y não quer saber da importância do cargo que um líder ocupa, mas sim do conhecimento que ele apresenta. Preparado para essa nova realidade?
Há tempos respeitar um superior meramente para cumprir um protocolo hierárquico deixou de ser uma constante nas empresas. A geração Y que o diga: os jovens de hoje não querem mais saber da importância do cargo que um líder ocupa, mas sim do conhecimento que o executivo apresenta.

E acredite, tal exigência não se resume apenas a técnica. A garotada quer mesmo um líder que saiba um pouco de tudo e que tenha habilidades em gestão.

“No passado as pessoas respeitavam aqueles que detinham o conhecimento técnico, mas hoje não. A relação de respeito se dá por reconhecimento”, diz o diretor da Page Personnel, Roberto Picino.

Segundo ele, cobranças e controle de nada adiantam nos dias de hoje. O jovem precisa mesmo de contexto. “Ele tem que fazer parte dos objetivos da empresa e realizar o trabalho por uma causa maior. Se o ambiente não promover esta troca, o jovem buscará outra oportunidade e certamente a encontrará”, explica o diretor.
Outros atributos

E não é só disso que eles precisam: transparência e integridade também são fundamentais.

“Tanto os jovens quanto os mais maduros respeitam os líderes íntegros, que sejam coerentes em seu discurso e pratiquem aquilo que falem”, diz a consultora associada da Muttare, Roberta Yono Ebina, que acredita que nem sempre isso aconteça nas empresas.

Na opinião dela, por exemplo, o mundo corporativo não costuma ser muito transparente, especialmente por conta de alguns gestores que têm seus bônus ligados ao resultado da empresa.

É hora de mudar

E não se preocupe se você ainda não conseguiu entender ou se adequar tão bem à essa nova realidade. Ainda dá tempo de mudar.

De acordo com Picino, para correr atrás do prejuízo o líder deve se preocupar, primeiramente, em entender as pessoas, pois mesmo os mais jovens podem ter objetivos diferentes de vida. “Cada pessoa será e terá motivações diferentes”, diz.

Além disso, é importante lembrar que o gestor não pode se esquecer de construir uma equipe que se complemente, sendo honesto quanto aos próprios gaps. “Ele precisa entender, ouvir e desafiar essa geração visando sempre novos ensinamentos. É fundamental também que ele evite comparações como a clássica: não é assim que funciona, na minha época...”, explica o diretor.

Feedbacks

E não se esqueça da importância dos feddbacks, afinal, um líder também precisa saber o que sua equipe pensa da sua gestão.
“Ele deve buscar o feedback dos seus colaboradores e não somente do chefe nem dos pares. A recomendação é que ele procure aquele com quem ele tenha mais diferenças”, diz Roberta.

E não tenha medo de perguntar. Questione se o colaborador gosta de trabalhar com você e se o que você faz, o ajuda ou o atrapalha no trabalho. Além disso, peça a opinião dele sobre quais mudanças ele gostaria de ver em você. Isso aproxima a equipe.

"Perguntar demanda uma boa dose de coragem, pois o líder poderá ouvir coisas das quais ele não tem a mesma percepção. Por isso, numa abordagem como essa é essencial que o gestor não justifique suas ações ou tente convencer o outro de que ele está errado", avisa Roberta.

Segundo ela, somente desse modo será possível entender o que ocorre na mente da própria equipe e checar no que ele pode ser melhor. “Existem programas de capacitação, cursos e livros que podem ajudá-lo nesta tarefa”, avalia.
fonte:http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/jovens-querem-lideres-que-tenham-conhecimento-defendem-especialistas/56213/

domingo, 17 de junho de 2012

Injustiça social


A definição de injustiça social tende a ser múltipla,


a depender do aspecto e das condições em que é analisada.

De modo simples e sucinto, o padrão de injustiça ocorre

quando dois indivíduos semelhantes e em iguais condições

recebem tratamento desigual.



Para que haja um parâmetro no tratamento dado pela Justiça

alguns critérios foram estabelecidos no decorrer da história:

a) a justiça considera, nas pessoas, as virtudes ou os méritos;

b) a justiça trata os seres humanos como iguais;

c) trata as pessoas de acordo com suas necessidades, suas capacidades

ou tomando em consideração tanto umas quanto outras.



Todos sabem que a justiça é feita pelos homens, e por isso

mesmo ela se aperfeiçoa à medida que as sociedades também se

desenvolvem, não apenas economicamente, mas principalmente ao ampliar

os direitos civis, políticos e/ou sociais da população. Por outro lado, a Justiça

acaba expressando muitas vezes interesses parciais, ao contemplar, de um

modo direto ou indireto, expectativas que atendam às elites econômicas e

sociais – os donos do poder.



No Brasil, as causas da injustiça social são muitas e profundas.

Nossa cultura assimilou e aceitou conviver com certo tipo de violência, talvez

a mais brutal, que é a escravidão, acreditando ser possível o ajustamento de

ideais libertários e democráticos com uma estrutura social completamente injusta;

aceitamos com certa naturalidade e por séculos, os privilégios de poucos

coexistindo com a supressão dos direitos de outros. Na atualidade, são sabidas

e diversas as pesquisas sociais que confirmam que a injustiça social atinge

determinados grupos sociais, como por exemplo: as mulheres recebem salários

menores que os homens, ocorrendo o mesmo com os negros e a violência afeta

muito mais os jovens que possuem baixa escolaridade e os que estão desempregados.



De modo geral, a relação entre o desenvolvimento econômico e as políticas sociais

sempre foram perversas. No Brasil, havia a ideia de que era necessário o país crescer

economicamente para que o “bolo” fosse posteriormente dividido, comprovado, em

seguida, ser uma falácia. Assim, diversos fatores contribuíram e contribuem para o

aprofundamento das injustiças sociais. Ocorre que os fatores de desagregação social,

somados ao aceleramento da inflação – e mesmo depois da inflação controlada –,

provocaram o agravamento da concentração de renda. Em boa parte dos países pobres,

assim como no Brasil, a concentração de renda é um dos fatores cruciais para a

existência da injustiça social.



É notório que o Brasil não é um país pobre, no entanto, também é visível a má distribuição

dos recursos produzidos. Parte de nossas riquezas está nas mãos de poucas

pessoas/famílias/empresas, enquanto parte considerável da população não tem

acesso a emprego, educação, saúde, moradia, alimentação, etc. Não se pode

ignorar que a impunidade e a corrupção também contribuem intensamente para o

agravamento do quadro.



Historicamente, os governos brasileiros gastaram mal os recursos destinados às

áreas sociais. As políticas sociais não foram capazes de reverter o quadro de injustiça

social que atinge milhares de brasileiros que estão abaixo da linha da pobreza.

Nos governos de FHC (1994-2002) e Lula (2003-2010), alguns programas sociais

amenizaram a situação e tiraram apenas uma parte dos excluídos da situação de miséria.

Porém, ainda há muito que fazer e muitos continuam desassistidos!



É de se lamentar e indignar que em pleno século XXI ainda existam milhares de pessoas

morrendo de fome e/ou vivendo em situação de miséria absoluta.



O certo é que no regime democrático, mesmo sendo recente no Brasil, surgem

possibilidades

da participação, do debate e da indignação popular frente às injustiças sociais.

A sociedade brasileira vem cobrando, cada vez mais, dos atores políticos medidas

eficientes e eficazes de políticas sociais inclusivas.





Orson Camargo

Colaborador Brasil Escola

Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP

Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP



Sociologia - Brasil Escola



fonte:http://www.brasilescola.com/sociologia/fome-miseria-altos-impostos.htm

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ninguém me entende

 Todo ser humano vive o medo, a solidão, a tristeza...

Quantas pessoas pensam que ninguém as entende e vivem uma solidão profunda! Mas não é verdade, porque Deus os entende. Nem eu me compreendo, como posso querer que o outro possa me entender?
Tenho trabalhado com jovens, e um grande problema que percebo neles é que se sentem sozinhos e incompreendidos.
Deus ama tanto este mundo que enviou o Seu próprio Filho para viver entre nós, para entender e compreender o que vivemos. Todo ser humano vive o medo, a solidão, a tristeza. Existe, porém, uma pessoa que nos compreende: Jesus Cristo. Ele nos entende porque também já viveu como nós. Para ilustrar isso, gostaria de contar uma historia:

Em uma loja de mascotes, um letreiro, no dia de Natal dizia: "Cachorrinhos à venda". Uma cachorra havia parido 5 cachorrinhos, os quais foram postos à venda na loja. Rapidamente, um menino entrou na loja perguntando qual o valor dos filhotes.
O dono lhe respondeu que custavam entre trinta e cinqüenta reais. Mas o menino tinha apenas treze reais. Mesmo assim, ele pediu ao dono da loja para ver os cachorrinhos e percebeu que um deles era manco. Então, o garoto disse ao homem que aquele era o mascote que ele queria comprar.
Pelo fato de o cachorro ter uma deficiência, o homem quis presentear o menino com o animalzinho. O menino, porém, não aceitou a doação, pois, para ele, o cachorrinho manco era tão valioso quanto os outros.
O dono da loja perguntou porque ele não levava o cachorro sadio. O garoto, então, levantou a calça, mostrou-lhe sua perna de metal e acrescentou: "Este cachorrinho doente precisa de alguém que o entenda".

Entender significa entrar na tenda, estar num lugar de proteção. Nós estamos na tenda de Deus, estamos num lugar íntimo, da segurança da casa de Deus, porque Ele nos entende e nos dá segurança. Você não está sozinho; você é entendido, tem um Sumo Sacerdote.

“Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3,3).

Você está escondido em Cristo Jesus. Quando chegar a tristeza, a angústia, ou quando o pecado bater à sua porta, lembre-se de que você está oculto na tenda de Deus.
Quando nós compreendemos esta realidade, não é o nosso exterior que muda, mas o nosso interior, porque sabemos que estamos dentro da tenda de Cristo Jesus e nos sentimos seguros, protegidos, entendidos. Assim como o cachorrinho seria compreendido pelo garoto que tinha a mesma doença que ele, Jesus, que viveu as mesmas situações que nós – menos o pecado – nos compreende.

A salvação é um presente de Deus. Hoje, você pode aproximar-se do trono da graça, o amor ilimitado de Jesus. A salvação sem o amor de Deus não vale nada para nós, porque Ele nos presenteou, pagou os nossos pecados. Ganhamos na loteria sem comprar bilhetes, porque Deus quer o melhor para nós.

Prado Flores
fonte:http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11145

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Faces do Machismos: explícito, pirracento, enrustido e necessário


O machismo tem várias facetas. Aquele explícito não está mais na moda, mas ainda acontece. A barbaridade de bater na mulher porque ela saiu de casa com as amigas ou forçá-la a ter uma relação sexual quando ela não quer, encontra-se nas camadas mais baixas da consciência social. Vinte anos atrás, o pai de um menino de sete anos que eu tratava, sentou-se na minha frente e disse: “Para mim, as mulheres valem da cintura para baixo.” Era sua primeira sessão, após um ano ele não era omesmo homem, mas também não havia mudado muito, tanto é que retirou o filho da terapia quando este parou de ser violento e começou a ser capaz de se relacionar e conversar.
Apesar do nível educacional do homem não necessariamente corresponder à sua evolução como indivíduo humano, as mudanças na sociedade às quais ele está sujeito pelo simples fato de trabalho, levam-no a modificar sua relação com as mulheres em geral. Elas tem sempre mais espaço e poder social, são colegas e chefas, estão na televisão e nos órgãos de governo. Tornou-se complicado praticar o machismo explícito, e também muitos homens não acreditam mais nele. Nem por isso, chegamos à idade de ouro das relações de gênero.
Se o homem não pode mais bater na mulher, ele pode fazer pirraças. Ela saiu com as amigas? No dia seguinte ele inventa uma atividade para si mesmo. Ela não dá o que ele espera? Ele encontra uma forma para fazê-la “pagar”. Há sempre um modo para sabotar, cutucar e perturbar os planos e expectativas dela.
O machismo explícito como o pirracento remetem à mesma raíz: ambos são infantis. Um usa a força para impor sua vontade, o outro a pirraça. Entre medo, sentimento de culpa e busca pela harmonia doméstica as mulheres tendem a deixarem-se dobrar.
Uma terceira face do machismo é o estilo “enrustido”. O homem governado por esta perspectiva superou aquele tipo de dependência da mulher que o deixa inseguro todas as vezes em que sente estar perdendo o controle sobre os movimentos dela. Ele absorveu algumas necessidades humanas, do tipo: respeito, liberdade de expressão e de movimento. Reconheceu na mulher uma individualidade diferente com suas próprias legítimas exigências. Mas o que acontece se ela for mais inteligente do que ele? Ou mais culta? Ou ganhar mais?
Para o machista enrustido, a disputa pelo poder continua não no plano físico, mas naquele mental e intelectual. É bastante normal uma mulher aprender com seu homem, ele lhe explicar alguma coisa, abrir-lhe horizonte, levá-la para novos lugares reais e metafóricos. Mas será que ele aceita o mesmo? Sente-se ele à vontade para ter uma troca honesta e harmoniosa com ela, onde a reciprocidade é um fato e não um termo vago? Mulheres mestras, gurus, intelectuais podem ser reconhecidas e apreciadas sem tirar nada à identidade masculina do homem, mas o mesmo acontece raramente com a mulher com quem vive e dorme.
Enfim, há o machismo necessário. Entre o amor e o respeito pela mulher, a admiração, o reconhecimento pelo valor, o aprendizado com ela, até a proteção e exaltação dela…. O que sobra para os homens? Onde fica a identidade masculina? O homem que está disposto a aprender com a mulher, e até a segui-la (!) lá onde ela conhece o caminho melhor do que ele, esse homem que ama as mulheres mas que não quer sentir-se esmagado pela fulgorante visão dessa nova mulher mil marvilhas… o que pode fazer para preservar-se sem voltar ao machismo?
Bem diziam os estudos de psicanálise da primeira infância que a construção da identidade masculina é mais complicada para o menino do que para a menina, que distingue-se da mãe mas é ela mesma mulher. O homem moderno, que tem, geralmente, exemplos masculinos falhos em seus pais ou que simplesmente não quer ser como ele, e que, por outro lado, não está confortável em transformar sua mulher numa mãe à qual obedecer, onde encontra esse homem modelos de referência? O que é ser homem afinal?
Nesses tempos de transição e crise, tem-se a impressão que, caindo a armadura do machismo, todos vão poder ver que “o Rei está nu”.
fonte:http://www.psicologiadialetica.com/2010/06/faces-do-machismos-explicito-pirracento.html

Ética Profissional é compromisso social


Conceituação: O que é Ética Profissional?

É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.

Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.

A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum.

O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores afirmam que o Direito é um sub-conjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a lei é moralmente aceitável. Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o Direito. A desobediência civil ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma determinada lei. Este é um exemplo de que a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas discordantes.

A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética.

Ética Profissional: Quando se inicia esta reflexão?

Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem antes da prática profissional.

A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.

Toda a fase de formação profissional, o aprendizado das competências e habilidades referentes à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão, desde antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício.

Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou em área que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde não pretende seguir carreira, não isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma classe, e há deveres a cumprir.

Um jovem que, por exemplo, exerce a atividade de auxiliar de almoxarifado durante o dia e, à noite, faz curso de programador de computadores, certamente estará pensando sobre seu futuro em outra profissão, mas deve sempre refletir sobre sua prática atual.

Ética Profissional: Como é esta reflexão?

Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar-se um hábito incorporado ao dia-a-dia.

Tomando-se o exemplo anterior, esta pessoa pode se perguntar sobre os deveres assumidos ao aceitar o trabalho como auxiliar de almoxarifado, como está cumprindo suas responsabilidades, o que esperam dela na atividade, o que ela deve fazer, e como deve fazer, mesmo quando não há outra pessoa olhando ou conferindo.

Pode perguntar a si mesmo: Estou sendo bom profissional? Estou agindo adequadamente? Realizo corretamente minha atividade?

É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer.

Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a atividade é exercida solitariamente em uma sala, ela faz parte de um conjunto maior de atividades que dependem do bom desempenho desta.

Uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.

Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever, mas se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das pessoas que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor.

Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja qual for sua atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua vida será mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, às vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão incorporada a seu viver.

E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom.

Ética Profissional e relações sociais:

O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as PESSOAS.

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz A COISA CERTA.


Ética Profissional e atividade voluntária:


Outro conceito interessante de examinar é o de Profissional, como aquele que é regularmente remunerado pelo trabalho que executa ou atividade que exerce, em oposição a Amador. Nesta conceituação, se diria que aquele que exerce atividade voluntária não seria profissional, e esta é uma conceituação polêmica.

Em realidade, Voluntário é aquele que se dispõe, por opção, a exercer a prática Profissional não-remunerada, seja com fins assistenciais, ou prestação de serviços em beneficência, por um período determinado ou não.

Aqui, é fundamental observar que só é eticamente adequado, o profissional que age, na atividade voluntária, com todo o comprometimento que teria no mesmo exercício profissional se este fosse remunerado.

Seja esta atividade voluntária na mesma profissão da atividade remunerada ou em outra área. Por exemplo: Um engenheiro que faz a atividade voluntária de dar aulas de matemática. Ele deve agir, ao dar estas aulas, como se esta fosse sua atividade mais importante. É isto que aquelas crianças cheias de dúvidas em matemática esperam dele!

Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida.


Ética Profissional: Pontos para sua reflexão:


É imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas as mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas também nos aspectos legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos ético-disciplinares nos conselhos profissionais acontecem por desconhecimento, negligência.

Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, afetividade, correção de conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas, responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada em você...

Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis!
fonte:http://www.bioetica.ufrgs.br/eticprof.htm

Maior local de estresse para os brasileiros é a própria casa, aponta estudo


Um estudo recentemente realizado com mais de 100 mil pessoas indicou que a casa é o local de maior estresse da população brasileira. Realizada pelo mutirão estadual do coração promovido em 2009 pela Secretaria de Estado da Saúde e Sociedade de Cardiologia do Estado, a pesquisa confirmou que grande parte da população havia sofrido algum tipo estresse no último ano, com intensidade variando entre, pouco, moderado, intenso e exagerado.
Analisando vários locais onde as pessoas passam o dia, como trabalho, casa, locais de convívio social (clubes, bares, boates), além de considerar fatores como problemas financeiros e crenças religiosas, os pesquisadores observaram que a própria residência foi apontada como o local de maior estresse pela população, superando até o mesmo o trabalho: 23% dos participantes afirmaram ter sofrido estresse em casa, e 15% no trabalho.

E as mulheres sofrem mais com o estresse dentro de casa: mais de 28% delas revelaram estresse intenso ou exagerado. Entre os homens, esse índice combinado cai para 13%. Para os pesquisadores, esse resultado reflete o peso do papel da mulher na sociedade, que chefia famílias e cuida dos filhos.

Outro resultado interessante do estudo é que mais da metade dos participantes (51%) afirmou que o estresse é ausente no trabalho. Pouco menos de 15% consideram o trabalho pouco estressante, 19% relatam nível moderado, 10% da população têm estresse intenso e, para cerca de 5%, ele chega a ser exagerado. Na sociedade, o estresse é ausente em quase 44% dos casos; pouco para 24%; 22% o consideram moderado; 7%, intenso; e 3%, exagerado.

De acordo com a psicóloga Sandra Leal Calais, da Unesp, existem quatro níveis de estresse - alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão - que influenciam na qualidade de vida, pois, quanto maior for o nível de estresse, maior será a deterioração física e psicológica. "Nem todo tipo de estresse é ruim. Há tipos que possuem aspectos construtivos, na medida em que estimula as pessoas a buscarem a reformulação de vida", ressalta a especialista.

A psicóloga Denise Marcon, do Portal Educação, destaca que o estresse pode ser desencadeado por vários fatores. “O ambiente doméstico envolve relacionamento conjugal, filhos, situação financeira, entre outros que, juntos, podem contribuir e desencadear situações de estresse, levando em consideração que cada pessoa tem uma maneira de reagir às atribulações do dia a dia, estando mais propenso ou não a ficar estressado”, explica.

Fonte: Portal Educação. Press release.

O ciúme é machista

O ciúme, pode ser uma das formas mais subtis de mostrar como a sociedade ainda é muito machista.
Sem duvida que na quantidade certa, é aquilo que mantêm a chama acessa do casal. Regressando aos instintos mais primitivos de posse. És meu, e é bom que tu e o resto do mundo saibam disso. Quero-te. Possuo-te. Não quero que ninguém se atreva a pensar que estás livre, porque já estás bem preso á perna da minha cama. Lamechas? Sim. Mas muito verdade.
O problema é quando se mostra em demasia. E, já se sabe, tudo o que é em demasia faz mal, tudo deve ser medido em quantidades moderadas.
Quando a mulher é vitima de ciúmes, normalmente achasse graça, diz-se que ela deve se comportar, subjugar-se aos acessos do homem, porque ele lá deve de ter as suas razoes. A mulher, como sempre, para não criar problemas, cede, comporta-se, mostra-se independente mas é nas pequenas coisas, as que mais importam, que cede.
Já não sai tanto numa noite só de mulheres, e se sair mesmo para ir ao supermercado enquanto tiver lá tem que ligar a cada 15 minutos e quando voltar tem que dar um relatório detalhado a quem disse olá. Já não veste tops tão justos ou saias tão curtas, tem um filho, já não vai fazer aquela viagem de amigas ou o curso, porque o seu homem pode não gostar e vai se convencendo que ele só quer o bem dela, que só quer cuidar dela. A sociedade olha e acha graça, diz que ela arranjou um bom homem que lhe está a meter nos eixos, mesmo que ela não precisasse.
Quando o homem é vitima de ciúmes a historia é outra. Achasse que ele é um fraco, que uma mulher nunca devia falar ou tratar assim um homem. Começasse a pensar que noutros tempos a conversa era outra. Era bom um homem ter hora para chegar a casa e não poder ir tomar um copo ou um café com os amigos. Ser controlado ao mínimo passo com ameaças de ter as malas á porta quando chegar. Ai no meu tempo…
Aconteceu-me á pouco tempo uma situação semelhante com um amigo meu, vitima de ciúmes enormes da namorada. Eu deve dizer que também pensei, que no meu tempo aquilo não aconteceria, como o Velho Adamastor, achei-o fraco, que não era homem não era nada, e senti-me muito inconfortável com aquela situação toda. Só me apetecia dizer, ganha juízo pah. Respeita-te para ser respeitado, mas que raio!!! e trás trás, duas chapadas para ele acordar.
Não sei. Passei-me…
Tornei-me por uns dias naquilo que não acredito. Fiz parte da sociedade machista em que vivemos e pior, concordei com ela.
Mas a verdade é que no final do dia cada um sabe de si, não se sabe o tipo de relação/química que os casais ciumentos têm. Eles lá se entendem mesmo, com os olhos críticos desde mundo e o outro, eles lá se entendem…
fonte:http://angielopes.wordpress.com/2010/01/24/o-ciume-e-machista/

domingo, 10 de junho de 2012

O MACHISMO NA SOCIEDADE

Em uma sociedade como a nossa, machista até não poder mais, fica difícil não depararmos com demonstrações explícitas de “superioridade masculina” por onde passamos.
Costumo sempre dizer que as mulheres não devem continuar a reclamar que nossa sociedade é extremamente machista. Afinal, não canso de ver em inúmeras famílias a forma diferente e injusta cujo os filhos são criados. A filha geralmente é obrigada a aprender os afazeres de casa e ser submissa aos ditos dos pais e irmãos. Paradoxalmente, o filho geralmente é criado como o maioral, sendo precocemente, na maioria das vezes, orientado a “comer” todas logo que seu “faro predador” atinja seu ápice. O interessante é que ao passo que o filho é encaminhado para “cumilança” alheia, a filha é protegida de forma excessiva para que ninguém venha “comê-la”. Por isso, se querem um mundo menos machista e mais justo, que comecem a educar seus filhos de forma semelhante. Se o homem pode ir para gandaia, que a mulher tenha o mesmo direito. Entretanto, se não quer que sua filha tenha esse tipo de vida, que seu filho também seja privado.
Todavia, o motivo deste artigo diz respeito a uma demonstração de “poder” muito freqüente, ainda mais nesses tempos de orkut. Fotos contendo inúmeros rapazes em festas, ostentando sua latinha de cerveja são constantes. Como educador, presencio inúmeros pré-adolescentes exibindo seu “artefato” alcoólico como forma de demonstrar que: “Sou fodão, tomo cerveja e isso significa que sou homem de verdade”. O que percebo é que geralmente o intuito é de mostrar mais a latinha do que sua própria imagem. Como citado acima, a lógica é a seguinte:
“Bebo cerveja logo sou homem.”
O que gostaria de explicar para todos é que o sentido da palavra “homem” tem se deturbado ao longo dos tempos. Homem não é aquele que tem mais força, mais inteligência ou fale mais alto. Muito menos os grotescos na forma de agir e se expressar. O verdadeiro homem é aquele que consegue conquistar níveis consideráveis de ética, respeito, honestidade e responsabilidade. Aquele que sabe respeitar uma mulher como ela verdadeiramente merece. Aquele que paga seus impostos, cumpre seus deveres e luta pelos seus direitos, em nome de um país cada vez melhor. Aquele que não permite que aconteça qualquer tipo de injustiça a sua volta. Por fim, é aquele que jamais tenta burlar qualquer tipo de lei ou sistema em benefício próprio ou de pessoas próximas.
Quando vejo essas “demonstrações masculinas”, não canso de afirmar em minha mente: Tolos e imbecis, enquanto exibem sua “superioridade”, inúmeros direitos lhes são roubados.
 Lastimável …
Um forte abraço a todos …
FONTEhttp://www.italogeo.com/2007/09/o-machismo-na-sociedade.html

sábado, 9 de junho de 2012

Explicação da parábola do Rico e Lázaro


Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e que fazia diariamente brilhantes festins. Um pobre chamado Lázaro jazia coberto de úlceras no pórtico de sua casa. Ele bem quisera saciar-se do que caía da mesa do rico, mas eram antes os cães que vinham lamber suas úlceras.
O pobre morreu e foi levado pelos anjos para um lugar de honra junto de Abraão. O rico morreu também e foi enterrado. Na morada dos mortos, em meio às torturas, ergueu os olhos e viu de longe Abraão com Lázaro a seu lado. Ele exclamou: "Abraão, meu pai, tem compaixão de mim e manda que Lázaro venha molhar a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois eu sofro um suplício nestas chamas".


Abraão lhe disse: "Meu filho, lembra-te de que recebeste tua felicidade durante a vida, como Lázaro, a infelicidade. E agora, ele encontra aqui a consolação, e tu, o sofrimento. Além disso, entre vós e nós foi estabelecido um grande abismo, para que os que quisessem passar daqui para vós não o possam e que também de lá não se atravesse até nós".


O rico disse: "Eu te rogo, então, pai, que envies Lázaro à casa de meu pai, pois eu tenho cinco irmãos. Que ele os advirta para que não venham, também eles, para este lugar de tortura". Abraão lhe disse: "Eles têm Moisés e os profetas, que os ouçam". O outro replicou: "Não, meu pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for a eles, se converterão". Abraão lhe disse: "Se eles não escutam Moisés nem os profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não ficarão convencidos". (Lc 16,19-31)


  1. Esta parábola não visa tratar sobre caridade e falta de caridade. Não diz que o rico negava esmolas a Lázaro. Talvez até ignorasse a presença dele junto de sua casa, fechado como estava em seu bem-estar, que não lhe permitia perceber problemas alheios.

    Jesus quer chamar a atenção não para a necessidade de amar-mos o próximo (bê-a-bá cristão), mas para a importância das situações (dos quadros da vida). Uma situação de afago e prazeres pode embotar a mente, tornando-a insensível a valores superiores. Pode tirar a fome da vida eterna, se já se julga satisfeito com seus bens. Ao contrário, uma situação de penúria entretém a fome e a sede de algo maior.

    A riqueza honesta não é má nem condenável, assim como a pobreza não é garantia de salvação. Mas ambas suscitam atitudes éticas que podem facilitar ou dificultar a procura de Deus. É para isto que Jesus quer despertar os cristãos nesta parábola.

    Esta lição se baseia num precedente bíblico: Quando Ciro deu liberdade aos judeus para saírem da Babilônia, onde viviam exilados, e regressarem à Judéia, os que haviam conseguido certo bem-estar na Babilônia não tiveram coragem de deixar tudo para recomeçar a vida na Terra Santa. A situação cômoda em que se achavam diminuía seu zelo pelas instituições sagradas de Israel. Assim, quem voltou do exílio para a Judéia foram os pobres, ou "o resto de Israel", como diziam os profetas. Por não terem ilusões suscitadas pelos afagos terrestres, guardavam mais nítida a escala dos valores e tiveram o coração livre para atender ao chamado de Deus, que lhes pedia a reconstrução de Jerusalém.

    Jesus chama os pobres, os que tem fome, sede e choram de bem-aventurados, não por causa da pobreza como tal, mas por causa da atitude ética (ou da fé ou do amor) que essa pobreza preserva ou suscita. E chama os ricos de infelizes (Lc 6,24-26), não por causa da riqueza como tal, mas porque a riqueza pode fazer murchar a fé e o senso do Transcendental.

    Em outras palavras: o rico morreu sem fome física nem espiritual: nada mais espera na outra vida, satisfeito que estava em seu bem-estar. Lázaro que teve fome física e doenças, tinha fome de uma realidade melhor do que a vida terrestre. No além a fome material e espiritual de Lázaro era saciada, ao passo que no rico, ela não existia.

    Alguém pode ser rico e ter um coração de pobre, cultivando o desapego, a humildade, a caridade, como alguém pode ser pobre, mas ter um coração de rico, sem caridade nem humildade. Lázaro, pobre na terra, e Abraão, rico na terra, tiveram a mesma sorte final, porque ambos, em circunstâncias diferentes, tiveram o mesmo amor a Deus e o mesmo desprendimento dos bens terrenos.
  2. Jesus não costumava dar nomes aos personagens de suas parábolas. Neste caso, talvez o tenha feito visando a futura ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-4). Com efeito, um Lázaro havia de ressuscitar para dar aos homens um testemunho e uma advertência.
  3. A parábola nos lembra que é na terra que se decide a eternidade no Céu ou no Inferno. Não nos falta os meios cotidianos de santificação: As Escrituras e os Sacramentos. A fé descobre neles os sinais de Deus a respeito do sentido desta vida. O cristão não vive de milagres, mas dos meios ordinários de santificação. Muitos costumam dizer que, se Deus se fizesse mais sensível, seriam mais fervorosos. Pura ilusão. Quem não tem fé nos dons cotidianos de Deus, encontrará desculpas sutis para não reconhecer os milagres de Deus. Abraão responde ao rico que quem não tem o hábito da fé viva, rejeitará mesmo os sinais mais significativos. Na verdade, Lázaro, irmão de Marta e Maria, e o próprio Jesus haviam de ressuscitar dentre os mortos e aparecer aos judeus, mas nem assim estes se deixaram convencer.
  4. "Um grande abismo" que Abraão diz existir entre o Céu e o Inferno indica que é só na vida terrestre que podemos nos converter. A morte nos estabelece em nossa condição definitiva: Ou o Céu para sempre ou o Inferno para sempre.
  5. Esta parábola nos leva a concluir que cada indivíduo, ao deixar este mundo, recebe uma sentença. Lázaro é levado ao "seio de Abraão" e o rico aos tormentos do inferno. Isto pressupõe uma sentença de Deus logo após a morte. E sentença definitiva, pois o mau não pode passar para o lugar do justo nem vice-versa. E ainda, sentença anterior ao Juízo Final, pois os irmãos do rico ainda vivem na terra. Temos aí a fundamentação Bíblica da doutrina do Juízo Particular.
  6. A parábola evidencia também que a tese da reencarnação não é compatível com a fé cristã. Existe para cada homem uma só passagem pela terra. Esta verdade é também reforçada em Hb 9,27: "Os homens devem morrer 1 só vez. Depois segue o Julgamento." Vemos ainda que Deus não permite que os espíritos dos mortos se comuniquem com os vivos.
fonte:http://www.veritatis.com.br/doutrina/113-a-palavra-de-deus/1080-explicacao-da-parabola-do-rico-e-lazaro

"Não é pecado ter riqueza,
pecado é o que você vai fazer
 com a riqueza."

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Lições de vida

Cada dia em nossas vidas nos ensina lições que muitas vezes nem percebemos.
Desde o nosso primeiro piscar de olhos, desde cada momento em que a fome bate, desde cada palavra que falamos.
Passamos por inúmeras situações, na maioria delas somos protegidos, até que um dia a gente cresce e começamos a enfrentar o mundo sozinhos.
Escolher a profissão, ingressar numa faculdade, conseguir um emprego...Essas são tarefas que nem todos suportam com um sorriso no rosto ou nem todos fazem por vontade própria.
Cada um tem suas condições de vida e cada qual será recompensado pelo esforço, que não é em vão.Às vezes acontecem coisas que a gente nem acredita.
Às vezes, dá tudo, tudo errado!Você pensa que escolheu a profissão errada, que você mão consegue sair do lugar, ás vezes você sente que o mundo todo virou as costas...Parece que você caiu e não consegue levantar...Está a ponto de perder o ar...Talvez você descubra que quem dizia ser seu amigo, nunca foi seu amigo de verdade e talvez você passe a vida inteira tentando descobrir quem são seus inimigos e nunca chegue a uma conclusão.
Mas nem tudo pode dar errado ao mesmo tempo, desde que você não queira.E aí... Você pode mudar a sua vida!Se tiver vontade de jogar tudo pro alto, pense bem nas conseqüências, mas pense no bem que isso poderá proporcionar.Não procure a pessoa certa, porque no momento certo aparecerá.Você não pode procurar um amigo de verdade ou um amor como procura roupas de marca no shopping e nem mesmo encontra as qualidades que deseja como encontra nas cores e tecidos ou nas capas dos livros.Olhe menos para as vitrines, mas tente conhecer de perto o que está sendo exibido.
Eu poderia estar falando de moda, de surf, de tecnologia ou cultura, mas hoje, escolhi falar sobre a vida!Encontre um sentido para a sua vida, desde que você saiba guiá-la com sabedoria.Não deixe tudo nas mãos do destino, você nem sabe se o destino realmente existe...Faça acontecer e não espere que alguém resolva os seus problemas, nem fuja deles.Encare-os de frente. Aceite ajuda apenas de quem quer o seu bem, pois embora não possam resolver os seus problemas, quem quer o seu bem te dará toda a força necessária pra que você possa suportar e...Confie!
Entenda que a vida é bela, mas nem tanto...Mas você deve estar bem consigo mesmo pra que possa estar bem com a vida.Costumam dizer por aí que quem espera sempre alcança, mas percebi que quem alcança é quem corre atrás...Não importa a tua idade, nem o tamanho de seu sonho...A sua vida está em suas próprias mãos e só você sabe o que fazer com ela...Autor ( Lilian Roque de Oliveira )


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