Mais de cinco mil pessoas, se reuniram
em frente ao Masp
15/11/2014 | 20h19
Mais de cinco mil pessoas, segundo a
Polícia Militar, concentraram-se neste sábado em frente ao Museu de Arte de São
Paulo (Masp) onde fecharam a Avenida Paulista. Eles pediram o impeachment da
presidente Dilma Rousseff. A manifestação foi acompanhada por mais de 500
policiais militares.
Os manifestantes vestiram camisas nas
cores verde e amarelo e seguravam bandeiras do Brasil gritando "fora
PT". A maior parte deles fez uma caminhada pela Avenida Paulista em
direção a Praça da Sé.
Cinco trios elétricos foram parados
em frente ao Masp e dividiram os manifestantes. Alguns manifestantes defenderam
a ditadura militar e, em outro grupo, pessoas que se manifestaram contra a
ditadura e defendiam a democracia. No entanto, esse grupo que reuniu a maioria
dos manifestantes, pediu a anulação das eleições.
O representante da Liga Cristã
Mundial, padre Carlos Maria de Aguiar, iniciou o ato, de cima de um dos trios
elétricos, pedindo o impeachment de Dilma porque, segundo ele, os brasileiros
foram "roubados e vilipendiados". O padre também declarou ser contra
a ditadura dos gays.
– O movimento LGBT está querendo
impor ao Brasil uma demonização do cristianismo, do catolicismo e dos
religiosos em geral. Mas nós, queremos que cada pessoa seja respeitada
– disse.
Em cima do trio e vestindo uma camisa
da Seleção Brasileira de Futebol, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro
(PSC-SP) defendeu a saída de Dilma da Presidência.
– O que nos move aqui é o desgoverno
do PT, os diversos escândalos e o investimento do Brasil em Cuba. Essas
condutas deixam o povo indignado – disse.
Bolsonaro acrescentou as denúncias de
corrupção na Petrobras como outro fato que deixa a sociedade
"indignada". O deputado eleito, que compareceu armado na primeira
manifestação contra o governo de Dilma, disse que hoje não portava sua arma.
– Tenho amigos fazendo a minha
segurança aqui e decidi não vir armado.
Perguntado sobre o motivo e de ter
participado da primeira manifestação portando arma de fogo, ele respondeu que é
policial.
– A conduta normal de um policial é
andar armado mesmo fora de serviço –
Sobre a divisão dos manifestantes
entre os que apoiavam o impeachment e os que defenderam o golpe militar, o
deputado disse que há uma "coisa em comum" que é ser contra o governo
de Dilma e do PT.
– Mas somos democráticos e há espaço
para todos. Se alguém pede a intervenção não há problema, desde que seja contra
o governo – completou.
Procurada pela Agência Brasil, a
assessoria da Presidência da República informou que não comentaria as
manifestações.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/11/manifestantes-se-reunem-na-avenida-paulista-para-pedir-impeachment-de-dilma-4643761.html
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