A incompreensão é, provavelmente, a arma mais letal existente no planeta Terra.
Esse planetinha azul tão perdido no Universo, que possui em sua superfície uma forma de vida intrigante, os louváveis humanos. É de se imaginar que fossem capazes de se entenderem, de se amarem, de se compreenderem, haja vista seu grau de inteligência.
Mas não somos.
E não somos em decorrência de nossas imperfeições, em virtude dessa maldição chamada comunicação. O ser humano precisa se comunicar, tendo em vista ser um animal gregário, mas o faz com tanta imperfeição que só consegue colher destruição, amargor, corrupção, tristeza e ódio de suas tentativas de se fazer ouvir.
Se cientes do que transmitem, ou cautelosos em conhecer de uma expressão, jamais haveria dor.
A incompreensão reside, no entanto, no descompasso entre aquilo que dizemos, aquilo que queremos dizer, aquilo que escutamos e aquilo que interpretamos.
Nessa confusão reside ainda nosso inseparável egoísmo que manipula esse mundo de informação da maneira que bem desejar.
Algumas pessoas não se sintonizam numa frequência capaz de captar os anseios da outra. Oh, isso é tão comum em relacionamentos…
A incompreensão me desencoraja a tentar novos diálogos. Os pontos de interrogação que pairam sobre a cabeça das pessoas são, no mínimo, frustrantes para alguém que gosta de ser compreendido de primeira.
Imaginem quantas guerras, quantas dores, quantos mal-entendidos, quantos corações partidos não teriam sido evitados se as pessoas fossem apenas um pouco mais sinceras em fazer conhecer suas intenções, seus anseios?
Não há olhos, ouvidos e bocas suficientes nesse mundo que me façam crer na palavra como salvação. Ou eu estaria sendo paradoxal?
Talvez minhas palavras só não tenham encontrado os ouvidos certos ainda.
Até lá grito em busca de resposta, um som mudo mutilado pela incompreensão, arma fatal.
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