segunda-feira, 26 de março de 2012

Como tirar a carteira do trabalho ?


Para tirar a primeira via da Carteira de Trabalho e Previdência Social, o trabalhador deve apresentar:
2 fotos 3x4, fundo branco, coloridas ou preto e branco, iguais e recentes;
documento no original ou cópia (autenticada por cartório competente ou por servidor da administração), em bom estado de conservação (sem rasuras e em condições de leitura) e que tenham as informações necessárias ao preenchimento da qualificação civil, ou seja:
nome - local de nascimento (cidade/Estado) - data de nascimento - filiação - nome do documento, número e órgão emissor.
Documentos que podem ser aceitos:
Carteira de Identidade;
Certificado de Reservista - 1ª, 2ª ou 3ª categoria;
Carta Patente (no caso de militares);
Carteira de Identidade Militar;
Certificado de Dispensa de Incorporação;
Certidão de Nascimento;
Certidão de Casamento, ou qualquer outro documento oficial de identificação, desde que contenha todas as informações necessárias ao preenchimento dos dados do interessado no protocolo.
Na expedição da primeira carteira de trabalho, o Ministério do Trabalho fará também o cadastramento do trabalhador no PIS/PASEP.
 
Como solicitar a 2ª via da Carteira de Trabalho
A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é, devido às suas anotações, o documento mais importante no sentido de registrar com tempestividade a vida laboral do trabalhador. Por esta característica, a CTPS garante ao trabalhador o acesso a alguns de seus principais direitos, como o seguro-desemprego, os benefícios previdenciários e o FGTS.
Mas, o que acontece quando as páginas do documento já foram completamente preenchidas, impossibilitando lançamentos futuros? Nesse caso, é necessário emitir uma 2ª via de continuação mediante a apresentação da Carteira de Trabalho anterior preenchida e os mesmos documentos da 1ª Via, conforme a idade e o estado civil.
Os documentos exigidos são:
• Uma (01) foto 3x4 recente;
• Carteira de Identidade;
• CPF (Cadastro de Pessoas Físicas);
• Comprovante de residência (conta de água, luz ou telefone);
• Extrato PIS (retirado na Caixa Econômica Federal).
Se o trabalhador for casado, é necessário apresentar também a certidão de casamento; caso seja separado, desquitados ou divorciados judicialmente, deve apresentar a certidão de casamento averbada. No caso do trabalhador viúvo, é exigida, além da certidão de casamento, a certidão de óbito do cônjuge.
A emissão da 2ª via da CTPS pode ser solicitada nas Superintendências Regionais do Trabalho (SRTs), nas Subdelegacias Regionais do Trabalho, nas Prefeituras e, em São Paulo, nas agências do Poupatempo.
CTPS danificada, roubada ou perdida
Quando há falta, rasura ou substituição de fotografia, ausência de páginas ou qualquer outra situação que impossibilite a identificação do portador da Carteira de Trabalho, a CTPS deverá ser apresentada juntamente com uma declaração assinada, reconhecida em Cartório, justificando o que ocorreu e os mesmos documentos solicitados para emissão de 1ª Via conforme indicados anteriormente.
Já no caso de roubo ou perda da CTPS, o trabalhador deverá apresentar um Boletim de Ocorrência ou declaração (de próprio punho), com assinatura reconhecida em Cartório, juntamente com os documentos anteriormente citados.
Com a 2ª via em mãos, o trabalhador deve tentar recuperar o registro de suas experiências profissionais anteriores, solicitando às empresas na qual trabalhou refazer os registros.
Caso a empresa já tenha fechado, é preciso solicitar à Superintendência Regional do Trabalho o histórico que os antigos empregadores lançaram no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que são sistemas de informação vinculados ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Jeito de governar do PTB: MPE entra com ação contra Duciomar e Pimentel


Extraído de: Ministério Público do Estado do Pará - 03 de Fevereiro de 2012
O Ministério Público do Estado (MPE-PA), através do 3º Promotor de Justiça de Direitos Constitucionais Fundamentais, Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, Nelson Medrado, ingressou ontem na Justiça com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito de Belém, Duciomar Costa, e contra o ex-secretário de saúde do município, Sérgio Pimentel. A ação foi motivada pela contratação irregular de temporários para o Departamento de Vigilância Sanitária do Município de Belém (Devisa), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). O promotor pede a condenação dos gestores por improbidade administrativa e, liminarmente, solicita o bloqueio de bens de Duciomar e Pimentel. O valor da causa é de R$10 mil. Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a Prefeitura Municipal de Belém e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informaram que ainda não foram notificadas pelo Ministério Público Estadual sobre o processo e que só irão se manifestar mediante notificação. A investigação do MPE sobre irregularidades em prorrogações de contratos temporários de funcionários do Devisa teve início em 2009. Na época, o Ministério Público apurou que oito funcionários do Devisa tinham sido contratados temporariamente em junho de 2006 e, mesmo após três anos de serviço, continuavam com vínculo ativo de temporário. Diante dessas informações, a 3º Promotoria solicitou à Sesma documentos sobre a situação dos servidores. Em 2010, o então secretário da Sesma, Sérgio Pimentel, encaminhou ofício ao MPE informando que a secretaria tomou conhecimento das irregularidades e decidiu pelo encerramento dos contratos dos oitos servidores. Ao ofício, o secretário anexou as fichas funcionais com o encerramento dos respectivos contratos temporários. No entanto, no final do ano passado, o MPE solicitou novamente à Sesma informações sobre os oito servidores demitidos em 2010. O promotor resolveu requerer as informações outra vez por desconfiar que a Sesma não estivesse observando a norma constitucional sobre o trabalho temporário. As suspeitas do promotor foram confirmadas: por meio de ofício enviado ao MPE, a secretária de Saúde Sylvia Santos informou que cinco dos oito servidores estavam contratados como temporários do Devisa. "Se constatou, surpreendentemente, que a Sesma, após dispensar os servidores e informar o Ministério Público do distrato, voltou a contratar temporariamente cinco dos servidores investigados", diz o promotor na ação. Segundo o MP, o caso se enquadra em duas modalidades de Improbidade Administrativa: dano ao erário e violação dos princípios constitucionais que regem a Administração Pública. "Veja-se, pois, a indiscutível evidência de que a conduta dos demandados enquadrou-se neste tipo legal, porque foi utilizado dinheiro público de forma irregular, possibilitando a incorporação ilegal do dinheiro público aos particulares", diz Nelson Medrado na ação. O promotor sustenta que "a recontratação temporária dos mesmos servidores, estando ciente da ilegalidade da situação, é prova cabal da atuação dolosa do agente público, objetivando enganar o parquet estadual ao apenas distratar os contratos temporariamente e depois reiterar novamente o ato". Sérgio Pimentel figura na ação por ser o secretário de saúde na época da readmissão dos cinco funcionários. Como exercia a função de ordenador da Sesma, possui a responsabilidade de executar os atos e contratações do órgão, respeitando os princípios da administração pública, "o que no presente caso não ocorreu, uma vez que este realizou contratações temporárias indevidas", destaca o promotor na ação. Para Medrado, Pimentel admitiu as irregularidades nas contratações e as encerrou "mas posteriormente, de modo desleal (...) reiterou o ato ímprobo, recontratando temporariamente e ilegalmente cinco daqueles servidores", diz a peça judicial. Já o prefeito Duciomar Costa foi incluído na ação por ser o prefeito do município e, portanto, responsável pela autorização das contratações temporárias. Medrado pede, ao final da ação, o ressarcimento ao erário, a ser feito solidariamente entre os co-réus, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública; suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos. Nota de Esclarecimento da PMB A Prefeitura Municipal de Belém e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) esclarecem que ainda não foram notificadas pelo Ministério Público Estadual sobre o processo de improbidade administrativa movido pelo promotor de Justiça Nelson Medrado sobre contratações na respectiva secretaria. A PMB e a Sesma só irão se manifestar mediante notificação.
Acesse aqui na íntegra a ação :http://www.mp.pa.gov.br/upload/noticia/acp-sesma-contratacao-temporaria.pdf
Fonte: Texto: Jornal Amazônia

domingo, 25 de março de 2012

Seus direitos em um acidente de trabalho


Os acidentes acontecem quando menos se espera até mesmo no trabalho. Caso você sofra um acidente de trabalho a primeira coisa a fazer é procurar um médico. Passado o atendimento, há uma série de direitos que o trabalhador tem em relação ao dano, como reembolso de despesas e estabilidade por um ano após um possível afastamento. Mas como saber quais são esses benefícios?

O primeiro passo é indentificar o que caracteriza um acidente do trabalho. Ao contrário do que muitos imaginam, ele não é apenas um episódio ocorrido dentro da empresa, por conta de uma queda ou lesão.
Os acidentes de trabalho podem acontecer no percurso de casa para o trabalho e vice-versa, no exercício externo da função (para pessoas que trabalham na rua) ou até mesmo ser uma doença adquirida no serviço ao longo do tempo.

Tipos de acidente de trabalho
Existem três tipos de acidente de trabalho:
Típico: ocorre, subitamente, no horário de trabalho, como a queda de uma escada;
De trajeto: acontece no trajeto de casa para o trabalho e do trabalho para casa;
Atípico (ou doença do trabalho): doença sofrida em razão do trabalho, também conhecida como doença ocupacional ou profissional (como adquirir deficiência auditiva pelo barulho em fábricas ou tendinite por digitar muito no computador).

Em 2007, foram registrados no país 653.090 acidentes do trabalho, crescimento de 27,5% na comparação com 2006 (512.232), segundo o Ministério da Previdência Social. Em 2007, foram 415 mil acidentes típicos, 78,5 mil acidentes de trajeto e 21 mil doenças do trabalho. Esses números provavelmente são muito maiores. Só os acidentes com os segurados da Previdência Social entram para os registros - só quem é contribuinte do Instituto Nacional de Seguro Social tem direito ao auxílio doença em caso de acidente no trabalho. Levando em conta que os segurados são 40% da População Economicamente Ativa, muitos trabalhadores informais sofrem acidentes e não têm cobertura.
O que o empregado deve fazer apõs sofre um acidente de trabalho
O primeiro passo que um funcionário deve tomar após sofrer um acidente no trabalho é procurar um médico e avisar a empresa do ocorrido (caso a vítima esteja impossibilitada, a pessoa que a socorreu pode fazer o aviso). Caso a empresa tenha médico interno, o funcionário deve procurá-lo. Caso contrário, deve ir ao hospital que convier (o mais próximo, o do convênio, etc).
O que a empresa deve fazer após ser notificada do acidente de trabalho:

Assim que for notificada do acidente, cabe à empresa comunicá-lo à Previdência Social no primeiro dia útil seguinte ao ocorrido, por meio de um documento chamado Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), explica a juíza Vólia Bonfim Cassar.
Se o acidente não for grave, como uma escoriação ou lesão leve, o funcionário, assim que atendido e receber alta médica, deve voltar ao serviço. Em caso de afastamento, fica por conta da empresa os custos com os primeiros 15 dias de ausência do funcionário.

Passado esse período, todo o segurado da Previdência Social tem direito ao auxílio doença do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Tanto empregados registrados, como os rurais, os domésticos e o autônomo, desde que contribuintes, estão cobertos pelos pelo auxílio quando sofrem acidente de trabalho. Após ficar afastado e receber alta médica, o acidentado tem estabilidade por 12 meses, contados a partir do encerramento do auxílio-doença.
Deveres da empresa em relação aos acidentes de trabalho
Toda empresa deve prevenir os acidentes no ambiente de trabalho. Uma delas é oferecer equipamentos de segurança para as funções que os exigem (como óculos de proteção para quem trabalha com solda, protetor auricular para quem trabalha em galpões barulhentos, etc).
Toda empresa deve identificar, isolar e eliminar os riscos. Se não é possível eliminar, o risco deve ser sinalizado, como pintar de amarelo ou colocar uma placa em locais onde é perigoso. As empresas também podem ter uma Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). A comissão identifica procura identificar e prevenir os riscos, além de informar os funcionários sobre eles.
Perguntas e respostas masis frequentes sobre acidentes de trabalho
1) É caracterizado como acidente de trajeto se o funcionário muda o percurso do trabalho para casa (resolve passar na padaria, por exemplo)? Sim. A lei é clara ao se referir que o acidente de trajeto é o ocorrido no percurso casa/trabalho e vice-versa, independente do caminho escolhido, se mais distante ou mais curto. Os tribunais têm entendido que um pequeno desvio de curso, como no exemplo acima, não impede a caracterização do acidente (nexo causal). Para afastar o acidente é necessário um desvio relevante, como passar na casa da namorada e ficar horas por lá ou parar em um restaurante e jantar com os amigos.
2) O funcionário afastado por acidente de trabalho tem décimo terceiro? A previdência paga o 13º salário proporcional ao tempo de afastamento.
3) Caso o funcionário receba por mais de seis meses o auxílio-doença, ele perde o direito a ter férias anuais remuneradas? O empregado que permanecer por mais de seis meses recebendo auxílio doença perde as férias proporcionais (ainda não adquiridas), segundo um artigo da CLT. Todavia, o dispositivo fere a Convenção 132 da Organização Internacional do Trabalho. Por esse motivo, há juízes que entendem que o artigo está revogado.
4) Quanto tempo um funcionário pode ficar afastado por doença do trabalho? O afastamento decorrente de acidente de trabalho, com percepção do auxílio-doença, pode perdurar enquanto a enfermidade existir, sem prazo limite.
5) Quando afastado, o funcionário continua recebendo o mesmo salário? O benefício mensal equivale a 91% do salário contribuição e não pode ultrapassar o teto de dez salários mínimos.
6) Em que caso o funcionário é aposentado por invalidez? A invalidez ocorre por uma lesão ou sequela que reduz ou retira a capacidade de trabalho. Se a lesão gerar a total incapacidade para o exercício de qualquer atividade ou profissão, a Previdência Social vai deferir sua aposentadoria por invalidez.
7) O funcionário tem direito a reembolso com despesas médicas no período do afastamento? Quem paga? Se o acidente ocorreu por culpa do patrão, é dele a responsabilidade pelas despesas médicas. Se não houve culpa do empregador, as despesas correm por conta do empregado.
8) Como sabemos quando o acidente foi por culpa do patrão ou do empregado? Como provar?
Todas as vezes que o empregador descumprir uma norma ou abusar de um direito que cause prejuízo ao empregado, nascerá a responsabilidade de indenizar (culpa do patrão). Todos os meios lícitos de prova são admitidos, tais como testemunha, perícia, confissão e documentos.
9) Em caso de morte por acidente do trabalho, o que ocorre? Os dependentes do segurado recebem o benefício previdenciário respectivo.
10) Se o funcionário não usar os equipamentos de seguranças exigidos pela empresa e se acidentar, ele continua com os direitos? Cabe ao empregador fornecer equipamento de proteção individual e fiscalizar se os empregados o estão usando corretamente, sob pena de justa causa. Caso o empregado sofra um acidente por não ter usado o equipamento que teria evitado a lesão, pode ser apontada a culpa exclusiva ou concorrente (junto com a empresa) da vítima. No primeiro caso, a responsabilidade do patrão é excluída. No segundo, reduzida.
11) Os funcionários públicos são penalizados por não estarem cobertos pela lei? Não, pois possuem lei própria com benefícios semelhantes.
Fonte : Fazer Fácil
Trabalhadores(as) ! Tenham além dos cuidados que vocês devem ter com sua vida , exija do empregador todos os equipamentos para sua segurança.Lembrem-se tem sempre alguém esperando por vocês em casa : Esposa,filhos,pai,mãe,amigos(as),colegas,......
Descupa-nos pelas fotos ,mas temos que mostrar:
http://www.cabuloso.xpg.com.br/outros/Acidente-de-trabalho-com-Furadeira/
http://www.cabuloso.xpg.com.br/acidentes/Acidente-de-Trabalho-em-maquina-de-torno/
http://www.cabuloso.xpg.com.br/outros/Acidente-de-Trabalho-Maquina-Corta-mao-de-Operario/
http://www.cabuloso.xpg.com.br/acidentes/Acidente-no-trabalho/
http://www.cabuloso.xpg.com.br/acidentes/Acidente-de-trabalho-Petrobras/
http://www.cabuloso.xpg.com.br/acidentes/Fotos-de-Acidente-de-Trabalho/
http://www.cabuloso.xpg.com.br/acidentes/Acidente-de-trabalho-causa-morte/Acidente_fata_Norte_Americano_www.cabuloso.com.pdf
http://www.cabuloso.xpg.com.br/acidentes/Acidente-de-Tabalho/
http://www.cabuloso.xpg.com.br/acidentes/Pedra-cai-sobre-ajudante-de-obra/
http://www.cabuloso.xpg.com.br/acidentes/Pessoas-morrendo-carbonizada/carbonizado-queimado.htm

BRASIL GASTA 100 BILHÕES COM ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS!




A fatura bilionária resultante de ferimentos, doenças e mortes causadas pelo trabalho é traduzida no pagamento de benefícios previdenciários precoces, nos atendimentos do SUS, nos gastos com reabilitação e nas ações judiciais.
Uma conta que pode passar de R$ 100 bilhões por ano. Essa é a expressão financeira do sofrimento físico e mental de ferimentos, doenças e mortes causados pelo trabalho no setor formal e no informal. O cálculo é do economista e consultor em relações do Trabalho e Recursos Humanos José Pastore, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP). Somente o custo gerado pelos acidentes entre trabalhadores de empresas com carteira assinada que são notificados e identificados nas estatísticas oficiais é estimado em cerca de R$ 70 bilhões.
Pelo menos 46% dos acidentes, incluídos as doenças ocupacionais e os ocorridos no trajeto de ida e volta para casa, resultam em afastamento do trabalho por mais de 15 dias, incapacidade permanente e morte. A maior parte dessa fatura bilionária não é bancada pelos empregadores, e, sim, por toda a sociedade, traduzida no pagamento de benefícios previdenciários precoces, nos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) - que inclui ainda a maior ocupação de leitos -, nos gastos com reabilitação profissional e nas ações judiciais.
Só as contribuições das empresas a título de seguro de acidente de trabalho totalizam R$ 8 bilhões por ano e as despesas com benefícios pagos pelo INSS alcançam R$ 14 bilhões. É uma cifra colossal, gigantesca, avalia Pastore, sobre a extensão do custo dos acidentes que não aparecem nas estatísticas oficiais. No caso de ocorrências com trabalhadores informais e autônomos, o peso estoura basicamente nas contas do SUS. Há ainda os gastos com o afastamento temporário e permanente de servidores públicos e profissionais liberais, que também não estão sob o manto da Previdência Social. Esse grupo, que está fora das estatísticas, responde por 60% da força de trabalho.
Outros danos
Uma ocorrência gera ainda outros problemas e despesas, que engordam o custo dos acidentes no país. As empresas arcam com o salário dos primeiros 15 dias de afastamento (a partir do 16º dia, é o INSS que paga) e custos com interrupção do trabalho, substituição e treinamento de mão de obra, dano em maquinário, atraso em cronograma de entrega, multas, aumento da contribuição do seguro de acidente e pagamento de indenizações.
Já as vítimas têm despesas com medicamentos, assistência médica adicional, transporte, redução do poder aquisitivo, desemprego, depressão e traumas. Quando há morte, é imensurável o dano material provocado, sem contar o psicológico, decorrente da dor da perda e da falta que a pessoa fará para o desenvolvimento do núcleo familiar. Muitas vezes, o trabalhador que perde a vida é o chefe do lar, que se desestrutura. O futuro dos filhos fica comprometido.
José Pastore observa que está havendo mais controle sobre a ocorrência de acidentes pelo Ministério da Previdência. A maior quantidade registrada nos últimos três anos, na casa dos 700 mil, não significa aumento em relação ao período até 2006, quanto o total ficou em torno de 500 mil no ano, diz. A partir de 2007, a Previdência passou a computar os casos identificados pelos médicos peritos e funcionários do INSS, não comunicados pelas empresas, na hora de conceder o benefício.
Naquele ano de 2007, foram incluídos 141 mil casos sem notificação, totalizando 659.523 acidentes. Em 2008, ano da crise internacional e do aumento do desemprego, o número de ocorrências sem comunicação da empresa foi de 199 mil e o volume total, de 747.663. Em 2009, houve diminuição, atingindo os 701.496 registrados em 2010.
O diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini, informa que as empresas que sonegam a comunicação da ocorrência de qualquer acidente em 24 horas recebem punição. Elas sofrem com a elevação da contribuição do Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), de 1% a 3%, que passa a ser cobrada em dobro sobre a folha de pessoal. Cerca de 50%, diz Todeschini, estão na faixa maior, por desempenharem atividades de risco grave. Só 20% recolhem alíquota de 1%, de risco leve.
Doenças O diretor alerta para o setor de serviços, que assumiu a liderança em quantidade de acidentes nos últimos dois anos, passando à frente da indústria. É elevada a ocorrência de doenças ósseo-musculares, lesões de ombro e lordose no comércio. Há também aumento dos diagnósticos de transtornos mentais e comportamentais, que decorrem principalmente do estresse e da depressão. Houve ainda elevação de 25% nos afastamentos e na concessão de auxílio-doença por esses motivos.
A forma como o trabalho está organizado, com pressão constante por metas, maior produtividade e ameaça de demissão, provoca essas doenças, diz Todeschini. O operador de máquinas Juliano Augusto Fernandes, de 29 anos, é uma dessas vítimas. Ele ficou três meses afastado do trabalho no início do ano, após contrair tendinite no punho. O benefício do INSS só saiu quando ele já estava retornando ao serviço, na empresa de autopeças Brembro, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Juliano foi poupado dos mesmos esforços, mas novos problemas apareceram.
Em maio, o médico da empresa o afastou novamente por causa de uma tendinite no pé direito - ele passava muito tempo em pé. Mas o INSS indeferiu o pedido do auxílio-doença, alegando que o problema não justificava o afastamento. Desde então, ele está sem renda e teve que entrar com um recurso. Muitas vezes, a gente prefere trabalhar machucado a ficar dependendo do INSS. (Colaborou Frederico Bottrel)
Maior fiscalização
Ministério da Previdência informou que os acidentes em geral vêm diminuindo nos últimos dois anos por conta da maior fiscalização do governo, da adoção de normas obrigatórias de segurança e da aplicação do chamado Fator Acidentário de Prevenção (FAP), incidente sobre o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) pago pelas empresas. A alíquota pode aumentar ou diminuir conforme a ocorrência de acidentes. Dados do órgão apontam que 90% das empresas têm FAP menor ou igual a 0,5, ou seja, pagam metade da contribuição devida, por redução na acidentalidade.
Fonte: Abdir

sexta-feira, 9 de março de 2012

"Transparência na aplicação do dinheiro público e competência é fundamental para uma gestão nota 10. É inaceitável qualquer tipo de desvio e perda"


11/03 Aniversário do Dep Eliel Faustino(Pa). Essa é a homenagem do Município de Ananindeua(Pa) para seu grande líder .
"Transparência na aplicação do dinheiro público e competência é fundamental para uma gestão nota 10. É inaceitável qualquer tipo de desvio e perda" Afirmou o Dep Eliel Faustino(Pa)
Vários municípios do Pará e do Brasil estão realizando conferências semelhantes, mas segundo o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, César Colares, Ananindeua se tornou um exemplo com a iniciativa. "Ananindeua é um dos poucos municípios do Brasil que tomou a atitude e abriu espaço para a sociedade civil colaborar nessa fiscalização.
Com uma participação expressiva da sociedade civil o Município de Ananindeua realizou na semana passada a 1ª Conferência Municipal sobre Transparência e Controle Social. Com o tema "A Sociedade no Acompanhamento e Controle da Gestão Pública", o evento buscou promover a transparência e estimular a participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública.
-
O encerramento aconteceu na última quinta-feira, com a votação de propostas, além da eleição de 62 delegados - sendo 60% da sociedade civil - que representarão o município nas etapas estadual e nacional da conferência.
Para o Deputado Eliel Faustino(Pa) , "essa é uma grande oportunidade da sociedade civil ( líderes comunitários , associações não governamentais , empresários , Igrejas , ... ) discutir , planejar e fiscalizar as ações dos governantes . A participação desse público é de extrema importância para o avanço do nosso trabalho. Nossa expectativa é que a sociedade civil nos ajude a zelar na boa aplicação dos recursos públicos ."

quinta-feira, 8 de março de 2012

EUA homenageiam coragem da 1ª mulher a comandar uma UPP no Rio


Pricilla de Oliveira Azevedo foi uma das homenageadas no Dia da Mulher.A major chegou a ser sequestrada em 2007 durante trabalho em favelas.
-
O Departamento de Estado americano premiou nesta quinta-feira (8) "a liderança e a coragem excepcional" da major da Polícia Militar Pricilla de Oliveira Azevedo, primeira mulher a comandar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro. Por conta do Dia Internacional da Mulher, a secretária de Estado, Hillary Clinton, presidiu em Washington a entrega anual dos prêmios com os quais os Estados Unidos distinguem mulheres com coragem ao redor do mundo.
O Departamento de Estado louvou o papel de Pricilla na pacificação das favelas do Rio, onde enfrentou traficantes perigosos e chegou a sofrer um sequestro-relâmpago em 2007. "Seu trabalho criou não apenas um programa modelo, também representou uma melhoria das condições das pessoas que vivem nessas circunstâncias", apontou um porta-voz do Departamento de Estado. A major se emocionou e chorou durante a cerimônia. Ela foi uma das dez vencedoras do prêmio e recebeu o troféu das mãos da primeira-dama dos EUA, Michelle Obama. Também participaram da homenagem Leymah Gbowee e Tawakkol Karman, que ganharam o Prêmio Nobel da Paz de 2011. Desde 2007, o Departamento de Estado premiou 46 mulheres de 34 países diferentes por sua luta pelos direitos femininos, com o risco pessoal que isso costuma representar, informou em comunicado.
-
fonte:G1

Dia da Mulher: Se as pessoas refletissem um pouco...




Queridas amigas,
se as pessoas
resolvessem refletir um pouco, mas só um pouquinho mesmo,
esse tal de Dia
Internacional da Mulher talvez nem precisasse existir,
pois me parece evidente
que mereçam receber, todos os dias, as maiores e mais justas homenagens.São
as mulheres que efetivamente movem o mundo.
Graças a uma equilibrada mescla de
sensibilidade - para alcançar a Justiça - e determinação e pragmatismo para
atingir as metas estabelecidas, as grandes mulheres deste planeta conseguem
evitar que o mundo descambe definitivamente para o caos irreversível.
É assim
na sociedade e é assim na família. São sempre as mulheres que estabelecem um
ponto de equilíbrio nas relações. São as mulheres que vislumbram primeiro as
soluções, são elas que sempre arregaçam antes as mangas quando a situação exige
uma ação urgente e, além de tudo, são vocês, as mulheres, que sempre se mostram
mais atentas para a necessidade dos outros, em casa ou fora dela.
Por
reconhecer em você um exemplo desta Mulher moderna, desta mulher-cidadã, que
luta pelo correto e justo, que sabe discutir com propriedade e convencer com
bons argumentos e muito charme,
vejo-me na obrigação de desejar-lhe que, neste
dia especial e em todos os subseqüentes, só ocorram coisas boas para você e para
todas as mulheres do mundo.
Aceitem um abraço!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Siderurgia: projetos derretem

A crise que se agravou na Europa e a recuperação muito lenta da economia nos Estados Unidos fizeram o setor siderúrgico mundial rever seus projetos para 2012. Isso influencia diretamente a economia brasileira tanto em função da produção menor entre as 26 usinas instaladas no país quanto à queda na demanda mundial por minério de ferro, matéria-prima básica da produção de aço.

Se a siderurgia é importante para a economia brasileira, muito mais é a mineração, responsável por grande parte do volume de ferro colocado no mercado mundial, seja na forma de finos ou pellets. A maior produtora de minério de ferro do mundo, a Vale, além de ter negócios vultuosos em Minas Gerais e no Pará, possui sete pelotizadoras (em parceria) no Espírito Santo, além de um porto para embarque de minério.

O Instituto Aço Brasil, que reúne as principais empresas do segmento no país, divulgou avaliação em que diz que o cenário é de incertezas, o que faz com que os investimentos sejam revistos em termos de prazos de implementação.

Isso significa que, apesar do setor ter uma previsão de investimentos superiores a US$ 5 bilhões por ano, o efetivo início da implantação de novos projetos deve levar em conta as condições competitivas do mercado brasileiro. Como comparação, o montante anual está abaixo da média aplicada durante o período pós-privatização.

Revisão

Em novembro do ano passado, o grupo ArcelorMittal, o maior do mundo do setor, anunciou o adiamento, por tempo indeterminado, do investimento de US$ 1,2 bilhão na duplicação da siderúrgica instalada no município de João Monlevade, em Minas Gerais. O investimento geraria, no pico das obras, 6 mil empregos.

Segundo o principal executivo do grupo no Brasil, Benjamin Baptista Filho, o momento é mesmo de reavaliar a situação tendo em vista que a crise europeia é mais grave do que se pensava inicialmente. "Os planos para Tubarão estão aprovados, mas esperam uma mudança no cenário mundial".

O grupo quer ampliar o laminador de tiras a quente (LTQ) para produzir mais 500 mil toneladas por ano, passando de 4 milhões para 4,5 milhões de toneladas por ano de bobinas. "Também planejamos um novo LTQ, que demandará investimentos da ordem US$ 1 bilhão. Mas, só quando o cenário macro der certeza que a demanda interna e externa vai existir ao entrar em operação, é que podemos deslanchar esse projeto".

Mesmo com a situação delicada na Europa, a ArcelorMittal decidiu manter o projeto de reforma do alto-forno 1, em Tubarão, que está há 28 anos em operação ininterrupta, recorde no mundo. Para isso, serão investidos US$ 180 milhões, além de outros US$ 70 milhões para a reforma de outros equipamentos, como sinterizador e equipamentos do sistema de lingotamento contínuo e o forno 3.

A previsão é que em 100 dias a reforma do alto-forno termine para que o equipamento possa ser ligado no início do segundo semestre. "Queremos que a companhia esteja pronta para produzir na sua capacidade total, de 7,5 milhões de toneladas por ano", explica o executivo.

O mercado interno, mais do que o externo, é que está na mira da companhia. A intenção é ampliar o fornecimento de aço para o mercado interno, com a produção menor de placas de aço e a ampliação na produção de aços laminados e bobinas. A laminação do grupo é feita na planta de Vega do Sul, em Santa Catarina.

Benjamin Baptista avaliou as medidas adotadas pelo governo federal, no ano passado, para estimular a indústria automobilística e de eletrodomésticos. Com redução de impostos para diminuir os preços, o governo ajudou o segmento a manter a produção e os empregos.

Segundo os especialistas, será preciso também adotar medidas que resguardem a indústria brasileira para não permitir a entrada de aço importado no país. As taxas de entrada de aço no Brasil vem crescendo ano a ano: 2% em 2004; 5% em 2006; 9% em 2008; e 12% em 2009. "Chegamos ao final de 2010 com uma taxa de 20%", diz Benjamin Baptista.

De acordo com dados divulgados pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider), as importações de aço em 2011 foram 47,5% menores do que no ano anterior. Basicamente, o recuo deve-se principalmente à queda do preço do produto nas siderúrgicas nacionais.

Perspectivas

O consumo de aço no mundo deve voltar, até 2014, aos níveis pré-crise de 2009, conforme avaliação do presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes. Ele explicou que a recuperação era esperada para 2012, mas a crise na União Europa prejudicou o setor.

Afirmando que o mundo está de "cabeça para baixo", o presidente do instituto acredita que a deterioração das economias na zona do euro, em 2010 e 2011, alterou significativamente o comércio mundial. Lopes acrescentou que o consumo de aço está estreitamente ligado ao desenvolvimento econômico e ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em todo o mundo. Para 2012 a expectativa é que o setor cresça 6% no Brasil.

Analistas do mercado do aço dizem que uma boa palavra para o setor em 2012 seria "investimento". Companhias como Siderúrgica Nacional (CSN) e a Gerdau foram favorecidas, em 2011, pela oferta pública (recompra de ações), que alavancou o caixa das empresas. Está previsto para elas grandes investimentos para desenvolver a capacidade produtiva e fazer frente a demandas futuras de aço. Tudo vai depender, porém, do comportamento também de economias como a da China, de longe o maior mercado consumidor de aço do mundo.

Em evento realizado no final do ano passado, Marco Polo de Mello Lopes resumiu o quadro para o futuro do setor: "O mundo pós-crise é muito mais complexo e competitivo, o que torna ainda mais importante preservar o mercado interno com a correção das assimetrias competitiva e tributárias, disse ele".

As tais condições assimétricas que precisam ser corrigidas, segundo Lopes, se traduzem no aumento da participação do aço importado no mercado brasileiro. O instituto calcula que o consumo aparente de produtos siderúrgicos no Brasil cresça 7,1%, atingindo em 26,7 milhões de toneladas neste ano, sendo 7,5 milhões de toneladas produzidas no Espírito Santo.

O crescimento deve ser duas vezes superior ao previsto para a economia brasileira e é importante, já que em 2011, o consumo aparente foi inferior em 4,3% a 12 meses, totalizando 25 milhões de toneladas ao ano. Ainda no ano passado, as vendas internas foram 3,8% maiores, somando 21,5 milhões de toneladas, mas essas vendas ainda não haviam alcançado o patamar pré-crise de 2008.

Produção

Mesmo com toda a crise, o Instituto Aço Brasil prevê uma alta de 6,3% na produção de aço em 2012, num total de 37,49 milhões de toneladas. A venda de produtos siderúrgicos deve subir 8,4% neste ano, chegando a 23,31 milhões de toneladas. Claro que os números se confirmarão se o país crescer entre 3% e 4%, como está previsto.

No caso das exportações, os produtos siderúrgicos têm alta estimada de 1,8% nas vendas externas em 2012, atingindo 10,92 milhões de toneladas. Já a receita de exportação deve subir 2,4% somando US$ 8,5 bilhões. E as importações devem cair 0,7% em 2012, totalizando 3,64 milhões de toneladas. Para o consumo aparente do setor, projeta-se elevação de 7,1%. O consumo aparente é calculado a partir da soma das vendas diretas dos produtores de aço e das importações de distribuidores e consumidores.

Fonte: A Gazeta (Vitória) ES/Denise Zandonadi

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Certificação do Ensino Médio pelo Enem 2010/2011



Prof. Junior referencial exemplar de luta incansável por uma Educação Pública de qualidade no Município de Ananindeua-Pa


Estude para o Vestibular e o Enem , gratuitamente, no Curso Pré - vestibular da Prefeitura Municipal de Ananindeua sob a Direção e orientação do Prof Junior e obtenha o Certificado do Ensino Médio
O Novo Enem, reformulado em 2009, agregou novas funcionalidades. Além de ser usado nos processos seletivos de instituições de ensino superior e de servir como critério de distribuição de bolsas do PROUNI (Programa Universidade para Todos) o Novo Enem possibilita que estudantes obtenham certificação no nível de conclusão do Ensino Médio, de acordo com a Portaria 807, de 18 de junho de 2010 ,(Publicada no DOU no 116, Seção 1, de 21 de junho de 2010, Páginas: 71 a 72).
De acordo com a portaria 807/2010 os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e as Secretaria de Educação dos Estados e Distrito Federal, são os responsáveis pela certificação do ensino médio, por meio do acesso aos boletins de desempenho individual divulgados pelo INEP.
O boletim individual de resultados do Enem 2010, enviado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP, somente atesta o grau de conhecimento do candidato no exame, e não é válido como documento de certificação.

QUEM PODE REQUERER A CERTIFICAÇÃO?
Para obter a certificado no Instituto Federal de Brasília, o estudante deverá observar os seguintes requisitos:
- ter no mínimo 18 anos completos até a data de realização da primeira prova do ENEM 2010 ou 2011;
- ter concluído o ensino fundamental.
- ter atingido o mínimo de 400 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do ENEM 2010 ou 2011;
- ter atingido o mínimo de 500 pontos na redação do ENEM 2010 ou 2011;
COMO O INTERESSADO NA CERTIFICAÇÃO DEVERÁ PROCEDER?
Para preencher o requerimento de certificação, o candidato já deve ter em mãos toda a documentação exigida. É preciso que ele apresente a original e uma cópia não autenticada de cada documento, pois o próprio protocolo do IFB pode realizar a autenticação.
Os documentos exigidos são os seguintes:
1. Boletim individual do ENEM de 2010 ou 2011;
2.Histórico escolar de nível fundamental ou equivalente;
3.Certidão de nascimento ou casamento;
4.Documento de identidade válido com foto. Considera-se como documento de identidade a cédula de identidade (RG), com validade vigente, expedidas pelas Secretarias de Segurança Pública, Forças Armadas, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Órgãos Militares; cédulas de identidade para estrangeiros, expedidas pelo Ministério das Relações Exteriores; carteira funcional expedida por órgão público, reconhecida por lei federal como documento de identidade válido em todo território nacional; cédulas de identidade fornecidas por ordens ou conselhos de classes que, por Lei, valham como documento de identidade; Carteira de Trabalho e Previdência Social, bem como a Carteira Nacional de Habilitação com fotografia, na forma da Lei n. 9.503, de 1997;
5. CPF;
6. Comprovante de endereço com CEP;
7. Comprovação de quitação eleitoral para os candidatos maiores de 18 anos: Comprovante de votação na última eleição ou declaração de quitação com a Justiça Eleitoral ;
8. Comprovante de quitação com o serviço militar, para candidatos do sexo masculino;
9. 1 (uma) foto 3X4.
No ato do requerimento, o candidato vai ser informado da previsão de entrega do certificado e vai receber um comprovante de requerimento com o número do seu protocolo, por meio do qual poderá obter informações sobre o andamento de seu processo.
O candidato só poderá retirar o certificado no campus escolhido no ato de sua inscrição no ENEM e é essencial que apresente o comprovante de requerimento no ato de retirada do certificado.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sacoleiras de Brasil trocam o Paraguai pelos EUA


Buscar mercadorias no país vizinho é coisa do passado. Real valorizado e voos diretos motivam sacoleiros a rumar para outros destinos, nos EUA. Turismo de compras também é incentivado
A cena de vários ônibus enfileirados em frente ao terminal turístico JK, tendo como destino as compras no Paraguai, é parte do passado.
As agências de turismo do terminal, no Centro de Belo Horizonte, não fazem mais as conhecidas excursões para o país vizinho. A rota da muamba mudou. Os sacoleiros do Paraguai migraram para Miami, Orlando e Nova York, nos Estados Unidos. O real valorizado, o cerco mais forte às mercadorias na fronteira do Brasil com o Paraguai e os diversos voos diretos de Belo Horizonte para destinos como Miami e Panamá facilitam a vida de quem quer encher as sacolas de compras no país do Tio Sam.A TAM inaugura, em 2 de dezembro, um voo direto de Confins para Miami, que passa a concorrer com o da American Airlines, na rota há dois anos. “Temos visto mais gente trazendo coisas para vender aqui dos Estados Unidos. Há dois tipos de cliente.
O que vai só para comprar e o que aproveita para conciliar o lazer com as compras”, afirma José Carlos Vieira, diretor regional e vice-presidente nacional da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav).Thiago Alves da Costa é corretor imobiliário em Miami e também enxerga maior movimento de sacoleiros nos últimos anos. “Depois da crise, muita gente que tinha salário fixo em Miami ficou desempregado. Aí eles passaram a levar para o Brasil coisas para vender. O número de muambeiros aumentou muito por aqui”, conta. Várias vendas, segundo Costa, são “casadas”. “A pessoa sai daqui com grande parte da mercadoria já encomendada. Tem gente que faz esse trabalho como bico. Sai sexta à noite de Miami e volta no domingo.
Outros trocaram de profissão. Aproveitaram que o real está forte e passaram a ser muambeiros ”, diz.Na hora de falar sobre as compras, os sacoleiros são de poucas palavras e pedem o anonimato. S.F.A. vende produtos de Miami na capital e em sites na internet. Ela conta que já vai para a viagem com a lista de encomendas. “Muitos produtos eu já sei o preço de lá”, diz. Apesar de a Receita Federal estar apertando o cerco aos sacoleiros, com maiores restrições às mercadorias que podem ser trazidas na bagagem, ela conta que quase não trabalha com eletrônicos, que são o alvo da fiscalização. “Vendo mais roupa de festa. Eu conheço o gosto da minha clientela, chego aqui e não tenho dificuldades de vender”, diz.
Na sua última viagem, ela pagou US$ 840 (cerca de R$ 1,47 mil) pela passagem BH-Miami, ida e volta. Em relação aos ganhos, ela mantém sigilo. “Vale a pena, mas não dá para ganhar muito. A concorrência aumentou. Muita gente que mora lá está vindo vender mercadoria no Brasil. E os brasileiros estão viajando mais para fora. Aí, as pessoas encomendam os produtos de amigos e parentes”, diz.J.C.S. mora em Nova York e tem parentes em Belo Horizonte. Quando vem à capital, ele aproveita para trazer roupas de marca, óculos, tênis e bijuterias. “É mais fácil trazer esse tipo de produto”, diz. Para driblar a alfândega, evita trazer mercadorias idênticas. “Eu não trago muitas unidades iguais”, conta. A venda é feita para amigas. “Quando eu vou chegar, uma liga para a outra e avisa”, diz. O segredo do negócio está na compra, segundo ele. “Muita gente vai para Nova York, mas nem todo mundo sabe onde estão os produtos melhores e mais baratos”, diz.Adiós, compras no país vizinhoEnquanto a concorrência de sacoleiras aumenta nos Estados Unidos, no Paraguai o trabalho está quase em extinção. Em 1982, no auge da febre dos produtos paraguaios, a aposentada Laurinda Mordente viajou todos os meses durante um ano para comprar produtos do país vizinho e revendê-los no Brasil.
Na bagagem, trazia walkmans, maquiagens, casacos de couro – comprados na divisa com a Argentina –, cintos, carteiras e echarpes. Para isso, enfrentava 22 horas de viagem na ida e o mesmo tempo na volta. Dois dias eram dedicados às compras. “A gente levava a parte da manhã comprando e, à tarde, o tempo era livre”, lembra. Hoje, porém, ela afirma que não faria a mesma aventura. “Não teria coragem. É muito peso para carregar. Na época, parei porque não dava para tirar folga todo mês para viajar.”J.M.F. atuou como sacoleira do Paraguai durante 15 anos. Parou há seis anos, depois de cair três vezes na fiscalização porque trazia cigarro contrabandeado. Com o faturamento, sustentava, com folga, a casa e o filho portador de necessidades especiais. “Eu podia pagar um motorista para levá-lo e buscá-lo numa escola no Floramar. Como viajava toda semana, na sexta-feira era dia de pagar o carro. Quando chegava de viagem, não havia preocupação em vender a mercadoria”, conta. “Era só chegar e entregar. O lucro não chegava a 100% porque muitos dos meus clientes eram camelôs”, reforça. Na avaliação da ex-sacoleira, hoje, as coisas são diferentes, e a fiscalização tornou-se muito mais severa.Até mesmo os shoppings populares já abandonaram o Paraguai.
“A maioria das pessoas que ia, perdia as mercadorias, que eram apreendidas. Não está mais valendo a pena. Os vendedores estão comprando direto dos atacadistas, que são legais e têm bons preços”, afirma Haroldo José Santos, presidente da cooperativa de compras dos shoppings populares.A moda da atividade dos sacoleiros, porém, está longe de acabar. Quem passa pelas avenidas Raja Gabaglia e Nossa Senhora do Carmo não terá dificuldades em visualizar faixas que anunciam bolsas, calças e camisas importadas, acompanhadas do celular para contato. Ligando para o número, quem atende é um rapaz. Ele explica que traz as mercadorias da Itália. “Bolsas custam a partir de R$ 390 e as calças e camisas são para o público masculino", informa. O pagamento pode ser feito com entrada e mais uma parcela, conforme o valor.
fonte:em.com

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Especialistas discutem como alimentar população mundial de 9 bilhões em 2050

Fernando Puchol.Genebra, 8 fev (EFE).- O mundo será habitado em 2050 por cerca de 9 bilhões de pessoas, que dependerão de um aumento entre 60 e 90% na produção de alimentos, com seu correspondente impacto no meio ambiente, ou da racionalização de sua produção e consumo.Este foi o eixo do debate organizado nesta quarta-feira em Genebra pela revista "The Economist", com a participação de políticos, empresários e especialistas, para apresentar propostas e soluções perante a perspectiva de ter que alimentar 9 bilhões de pessoas dentro de 40 anos.

A potencialização dos pequenos produtores, especialmente nos países pobres e em desenvolvimento, a melhora da cadeia de distribuição de alimentos e a luta contra o enorme desperdício de comida foram os assuntos discutidos durante o seminário.O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, abriu a jornada lembrando que três quartos dos 925 milhões de pessoas que passam fome no mundo vivem em áreas rurais de países pobres e em desenvolvimento, e apostou por melhorar sua capacidade de produção e acesso aos alimentos para reverter esta situação.

Graziano lembrou que hoje em dia a comida à disposição de cada pessoa é 40% superior que em 1945, apesar de a população ter aumentado desde então em 4,5 bilhões de pessoas, algo que não se traduziu em uma divisão equitativa."A evidência de nosso fracasso coletivo é que quase 1 bilhão de pessoas estão desnutridas e que mais de 1 bilhão sofrem de sobrepeso ou obesidade", destacou.De acordo com Graziano, o acesso aos alimentos no âmbito local tem dificuldades para ser melhorado. "Corremos o risco de ter um mundo em 2050 com suficiente comida para todos, mas ainda com milhões de pessoas desnutridas. Muito parecido com o de hoje", disse."Inclusive se ampliarmos nossa produção agrícola em 60% (nos próximos 40 anos), a porcentagem de desnutrição nos países em desenvolvimento estará em torno de 4% em 2050, ou seja, haverá 300 milhões de pessoas alimentadas de forma insuficiente", explicou.O diretor-geral da FAO chamou a atenção também sobre o desperdício de comida, já que atualmente são desperdiçados ou esbanjados um terço dos alimentos produzidos, cerca de 1,3 bilhões de toneladas por ano, principalmente no mundo desenvolvido."Se reduzíssemos o esbanjamento e a perda de alimentos em torno de 25%, teríamos comida adicional para 500 milhões de pessoas ao ano sem ter que produzir mais", explicou.Paul Bulcke, executivo-chefe do gigante alimentício Nestlé, advertiu que além de levar em conta que dentro de 40 anos a população terá aumentado em 2,3 bilhões de pessoas, "estaremos em um mundo mais rico, que vai comer de forma diferente".Na sua opinião, neste contexto a produção de alimentos terá que ser incrementada entre 70 e 80%, e inclusive poderia ter que chegar a 90%, levando em conta que "nos últimos anos o crescimento do rendimento de produção por hectare foi muito mais lento que o crescimento populacional".Bulcke, que dirige uma multinacional que emprega direta e indiretamente 25 milhões de pessoas no negócio da alimentação, destacou também a importância sociopolítica do setor, com uma crescente volatilidade dos preços que gerou em datas recentes rebeliões civis e quedas de Governos.Ele criticou o protecionismo na produção agrícola, fazendo referência aos "bilhões de dólares investidos pelos países ricos para proteger seus produtores, provocando uma grave distorção do mercado internacional".Bulcke alertou também sobre o impacto dos biocombustíveis no aumento dos preços e sobre um risco associado, o da falta de água, para atender às necessidades futuras: "vamos ficar sem água muito mais rápido que sem petróleo"

.O diretor-geral da Organização Mundial o Comércio (OMC), Pascal Lamy, falou sobre a distorção apresentada pelo mercado, com uma excessiva concentração da produção, alguns países produzindo mais de 75% de produtos como o arroz e a soja.Lamy apontou a África "como a peça que falta no quebra-cabeças alimentício mundial" e como a solução potencial às necessidades de comida no mundo nas próximas décadas, já que se trata do continente com maior quantidade de terra cultiváveis e com menor produção.O exemplo é o Brasil: "o milagre brasileiro poderia ser reproduzido. Em menos de 30 anos, este país deixou de importar alimentos para ser um dos maiores celeiros do mundo. Nesse mesmo período, a África passou de um exportador a um importador", disse. EFE
fonte:br.noticias.yahoo

Solução para fome está nas zonas rurais dos países pobres, indica FAO

Genebra (EFE).- Três quartos dos 925 milhões de pessoas que passam fome no mundo vivem em zonas rurais de países pobres e em desenvolvimento, e melhorar sua capacidade de produção e acesso aos alimentos é a solução para combater esse problema, afirmou nesta quarta-feira o diretor-geral da FAO, José Graziano."São produtores pobres, com as menores taxas de produtividade. Temos que considerar isso para encontrar a resposta ao problema da fome", disse Graziano em uma conferência organizada pela revista "The Economist" para discutir a capacidade do mundo para alimentar 9 milhões de pessoas em 2050.Graziano disse que é preciso ampliar a produção e melhorar a distribuição e o fornecimento "onde é mais necessário, nos países em desenvolvimento, e combiná-lo com medidas que promovam o acesso das pessoas mais necessitadas aos alimentos".

O diretor-geral da FAO defendeu ainda o aumento da relação entre a produção local e o consumo por meio de programas que troquem dinheiro por trabalho e promovam transferências de recursos.Essas medidas, argumentou Graziano, "não apenas aumentam a capacidade de recuperação das famílias, mas favorecem a produção e os mercados locais ao traduzir suas necessidades alimentares em um estímulo ao consumo".Graziano lembrou que atualmente o alimento disponível para cada pessoa é 40% superior ao que era em 1945, apesar da população ter aumentado desde então em 4,5 bilhões de pessoas, algo que não gerou uma divisão equilibrada."A evidência de nosso fracasso coletivo é que quase 1 bilhão de pessoas estão desnutridas e que mais de 1 bilhão têm sobrepeso ou são obesas", destacou.O diretor explicou que se o acesso aos alimentos não for melhorado no âmbito local, "haverá risco de em 2050 o mundo ter comida suficiente para todos, mas ter milhões de pessoas desnutridas".

"Muito parecido com hoje", comparou Graziano."Mesmo se ampliarmos nossa produção agrícola em 60% nos próximos 40 anos, a porcentagem de desnutridos nos países em desenvolvimento estará em torno de 4% em 2050, ou seja, haverá 300 milhões de pessoas insuficientemente alimentadas", acrescentou."A pergunta não é se poderemos alimentar a população mundial em 2050, mas como fazer isso", já que existem os recursos e a capacidade - "hoje e nas próximas quatro décadas" - para garantir a segurança alimentar da população mundial, declarou o diretor-geral da FAO.Graziano também chamou a atenção para o desperdício de comida, já que atualmente um terço dos alimentos produzidos é jogado fora, principalmente nos países desenvolvidos.

O desperdício per capita dos consumidores da Europa e da América do Norte está entre 95 e 115 quilos por ano, enquanto na África Subsaariana e no sul e no Sudeste Asiático a média anual de comida jogada fora está entre 6 e 11 quilos per capita."Se reduzíssemos o desperdício e a perda de alimentos em torno de 25%, teríamos comida adicional para 500 milhões de pessoas por ano sem ter que produzir mais", destacou Graziano.
fonte:br.noticias.yahoo

Proibido em países ricos, amianto ameaça população de nações em desenvolvimento


Dunkerque (França), manifestação nacional da associação de defesa de vítimas do amianto.
O amianto, um produto prejudicial à saúde, tem coberto com seu manto invisível a vida dos países desenvolvidos. Proibido nessa região do planeta, embora não extinto, atualmente ameaça a população dos países mais pobres.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de amianto.Desde o começo do século passado, o amianto se tornou o principal material da maior parte das construções. O material é um grupo de minerais fibrosos, compostos de silicatos, caracterizado por suas fibras longas e resistentes, que podem se separar, apresentando a particularidade de poder ser entrelaçadas solidamente e resistir a altas temperaturas.
No começo do século 20 se inventou um procedimento pelo qual, misturado com o cimento, dava lugar ao amianto cimento ou fibrocimento, utilizado especialmente nos encanamentos de água potável, telhas onduladas e – como é um produto ignífugo, que resiste muito bem ao calor – para recobrir elementos que precisam ficar expostos ao calor.No trabalho, no lar e até no arFrancisco Puche, membro da organização Ecologistas em Ação, editor, escritor, que faz parte da Federação Nacional de Vítimas do Amianto, explica que "já existiram até três mil produtos de diferentes tamanhos e condições que continham amianto, como por exemplo torradeiras, filtros de cigarros, filtros de água e encanamentos, pinturas impermeabilizantes, pastilhas e sapatas de freio, pavimentos”.“Além disso, como era muito flexível, podia ser usado como tecido em cobertores ou tecidos isolantes, assim como na indústria naval. Estava em todas as partes, de modo que houve uma espécie de contaminação geral de fibras de amianto no ambiente", continua.
Mina Jeffrey em Asbestos, Québec (Canadá), que opera desde o final do século 19 e se dedica ao amianto branco
Devido a essa variedade de usos, a exposição ao amianto atualmente pode ser ocupacional, doméstica ou ambiental. Em um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no ano de 2006, se estimava em cem mil o número de pessoas que morrem por ano no mundo como consequência da exposição ao amianto.A Organização Mundial da Saúde (OMS), em um relatório realizado em 2010, assegurava que no mundo há cerca de 125 milhões de pessoas expostas ao amianto no local de trabalho e, segundo cálculos desta organização, a exposição laboral causa mais de 107 mil mortes anuais por causa de câncer de pulmão relacionadas com esse material.
Além disso, afirmava o relatório, um terço das mortes por causa de câncer de origem laboral são causadas pelo amianto.O produto industrial mais mortal da históriaPara Puche, o amianto é "talvez o produto industrial que mais mortes vai causar na história da humanidade, mais do que o tabaco, porque vem sendo usado há muito tempo e porque também é muito difundido".Cerca de 70% das pessoas que estão expostas no trabalho caem doentes, mas também faz adoecer 30% dos que não estão assim expostos, ou seja, as pessoas que vivem perto de fábricas ou que são parentes dos próprios trabalhadores.O amianto em sua elaboração industrial se esmiúça em fibras muito pequenas. Da ordem de uma milionésima parte de um metro, que passam a ser fibras invisíveis e indestrutíveis, "em grande parte porque são muito resistentes aos ácidos e ao fogo, portanto permanecem quase mais tempo que a energia nuclear e está em todas as partes, no ar, na água e, portanto, nos alimentos", explica o ecologista.Puche assinala que "as primeiras informações sobre os males do amianto para a saúde remontam ao ano de 1898. Depois, ao longo dos primeiros 50 anos do século 20, foram feitos estudos científicos cada vez mais sérios onde se foi demonstrando a toxicidade deste mineral. O problema é que houve muito tempo de latência entre a exposição e a morte ou surgimento da doença, e por outro lado a fibra é invisível, não se vê nem tem cheiro".Mas, além disso, Puche lamenta que tenha havido "uma grande conspiração do silêncio porque era um material muito rentável, muito flexível, servia para muitas coisas e não interessava de nada para as empresas que se descobrisse sua toxicidade.
Somente no começo da década de 90, e sobretudo a partir de 2000, que se começou a proibir o produto nos países desenvolvidos. De fato, atualmente é proibido em 55 países".Países em desenvolvimentoO que a princípio foi um fenômeno nos países desenvolvidos, atualmente a construção com este material barato emerge nos países em desenvolvimento, com a consequente incidência futura que terá sobre a saúde de suas populações."No século 20, até a década de 1990, os países mais afetados eram os Estados Unidos e os da Europa, ou seja, onde mais se consumia amianto. Agora, como lá é proibido, os países mais afetados são Rússia, China, Índia e alguns da África. Na América Latina, a metade de seus países também foi muito afetada, mas já começa a haver um processo de proibição que começou na Argentina, Chile e parte do Brasil".
O Brasil um dos maiores produtores mundiais de amianto. Segundo a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), o mineral é utilizado em quase 3 mil produtos industriais, como telhas e caixas d'água. O baixo custo do produto e sua alta resistência favorecem o consumo.Outra das arbitrariedades que se cometem, diz o ecologista e escritor, é que "países onde seu uso é proibido, como no Canadá, o amianto é extraído mas não consumido, sendo exportado para outros para que o transformem. São empresas instaladas em países com o amianto regulamentado, mas com interesses econômicos em outras empresas localizadas em países onde ele não está"."Há muita cumplicidade entre os países desenvolvidos onde se encontra um tremendo problema na hora de eliminar o amianto", adverte Puche."Costuma-se assegurar que o amianto não prejudica mais a saúde, mas isso não é verdade, porque constantemente ele está sendo quebrado ou manipulado e, como por cada 12 milímetros de largura de uma placa pode sair um milhão de fibras que podem ser inaladas, se torna um enorme risco cancerígeno. Há gente que com uma dose muito pequena pode contrair câncer de pulmão depois de 30 ou 40 anos. Esse é o problema", acrescenta o especialista.Também, uma das atuações de muito duvidosa moralidade é a que explica o ecologista que está acontecendo em alguns países onde "os navios que foram construídos há mais de dez anos estão cheios de amianto e, na hora de seu desmantelamento, são enviados aos países asiáticos pobres.
Ali, as pessoas, por três dólares ao dia, se dedicam a tirar o amianto sem nenhum tipo de proteção e é gente muito jovem, por isso que o número de mortes que haverá dentro de 30 ou 40 anos vai ser imenso".E para pôr fim a este grave problema de saúde pública ao qual a população está exposta, Puche diz: "Há lugares muito sensíveis porque há crianças, idosos e doentes onde existe o amianto. Portanto, uma das coisas que nós pedimos é que se faça um registro dos lugares e prédios sensíveis. A partir daí, realizar um programa para desamiantar, começando pelo mais urgente, e dedicar um orçamento em nível governamental".
Fonte:br.noticias.yahoo

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Aeroportos: uma mina de ouro para os empresários privados

A privatização de três dos maiores aeroportos brasileiros – Brasília, Cumbica (SP) e Viracopos (Campinas, SP) – provocou assanhamento nos arraiais tucanos. E uma certa dor de cotovelo mal disfarçada. O assanhamento: aquela decisão pode ser sinal de mudança de política, indicando que mais parcelas do patrimônio público poderão ser oferecidas ao grande capital nas condições altamente favoráveis dos financiamentos do BNDES, que serão pagos justamente com a renda obtida através da operação privatizada. Isto é: só nominalmente a “iniciativa privada” entra com recursos no negócio pois paga o investimento feito com a renda que obter na operação dos aeroportos.A medida adotada pelo governo no leilão dos aeroportos foi o mote para um coro privatista que vai do banqueiro Luiz Carlos Mendonça de Barros (presidente do BNDES na época das privatizações de FHC), ao presidente do PSDB (o tucano pernambucano Sérgio Guerra), aos senadores e deputados federais tucanos (entre eles aquele que desponta como o novo capo, o senador mineiro Aécio Neves), e até a bíblia dos especuladores financeiros, a britânica The Economist, que saudou a privatização dos aeroportos e pediu mais: “A esperança é de que uma privatização de aeroportos bem-sucedida leve o governo a ser mais pragmático”.A dor de cotovelo: os cardeais tucanos chegaram a pensar que o PT deve um pedido de desculpas à sociedade por ter sido contra as privatizações no passado. Os emplumados animam-se, agora, a defender a escandalosa venda do patrimônio público, a preços aviltados, promovida pelo governo de Fernando Henrique Cardoso.É preciso deixar claro, de saída, que há uma diferença essencial entre a privataria tucana e a privatização dos aeroportos. Ela está entre os verbos vender e alugar: FHC e os tucanos venderam, a preço de banana, sem transparência ou acompanhamento público, parcelas fundamentais do patrimônio nacional, fragilizando a soberania nacional e o controle público sobre serviços públicos de importância estratégica. Entre 1997 e 2001 venderam, aos pedaços, para grandes capitalistas brasileiros e estrangeiros, o Sistema Telebrás e a Eletrobrás; praticamente doaram a Cia Vale do Rio Doce a grandes empresários privados; abriram o capital da Petrobras numa clara manobra privatizante que, agora, tentam desmentir. E esta é apenas uma parte – a mais vistosa – desta história ignominiosa de assalto ao patrimônio público e desmonte do Estado nacional.Não é o que ocorre com os aeroportos, da mesma maneira como não acontece com concessões para exploração de petróleo e outros recursos naturais, das ondas eletromagnéticas nas quais surfam a Globo e outras gigantes das telecomunicações, de estradas, etc. Neste caso, a privatização é uma concessão – isto é, aluguel – de um bem público do qual o Estado brasileiro continua sendo o proprietário. É uma diferença fundamental.Diferença que, entretanto, não serve para justificar a transferência da prestação de serviços públicos para empresários privados que, para o negócio, só entram com a vontade e a ganância. Ela enfrenta - da mesma maneira como ocorreu com as privatizações de FHC - a resistência dos brasileiros.As centrais sindicais manifestaram em uníssono sua oposição à privatização dos aeroportos. Condenaram a ameaça de demissões previsíveis, a desnacionalização desta atividade fundamental para o desenvolvimento e a segurança do país e, sobretudo, os imensos ganhos que a operação prevê e que serão embolsados por empresários privados. Nivaldo Santana, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) foi firme a este respeito: é uma “mina de ouro” transferida a empresários privados. “Nós temos convicção de que a Infraero tem todas as condições e qualificações técnicas para administrar os aeroportos. Somos contra a privatização”, disse com razão.
fonte:vermelho.org

Aos 32 anos, PT radicaliza discurso

"Nós não confundimos concessão com privataria tucana", afirmou o presidente da legenda, Rui Falcão, que tentou ir contra a política do PSDB na presidência
Para tentar neutralizar o discurso tucano de que o PT também adotou a privatização, o partido vai organizar a militância para ressaltar supostas diferenças
Brasília - Na véspera de completar 32 anos, o PT voltou a defender o controle da mídia, pregando a democratização dos meios de comunicação, e decidiu partir para o confronto com o PSDB. Incomodada com as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem os leilões dos aeroportos "desmistificam o demônio privatista", a cúpula do PT retomou o tema privatizações e radicalizou o discurso.
Uma versão preliminar de resolução política apresentada ontem ao Diretório Nacional do PT diz que "não é verdade que acabou a disputa ideológica sobre as privatizações, como afirmou uma apressada voz tucana". Mesmo sem citar Fernando Henrique, a referência ao ex-presidente não podia ser mais clara. "Nós não confundimos concessão com privataria tucana", afirmou o presidente do PT, Rui Falcão. "Não vejo porque toda essa celeuma, já que o sistema de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília nada tem a ver com o modelo privatista dos tucanos, que entregou patrimônio público a preços duvidosos."
E, depois de defender o marco regulatório para os meios de comunicação em seu 4.º Congresso, no ano passado, o PT voltou a bater na mesma tecla ontem. "Outra campanha importante que o PT lançou e na qual avançará em 2012 é a campanha pela democratização dos meios de comunicação de massa, que aperfeiçoa nosso processo democrático ao dar voz a todos os setores da sociedade", afirma o item 15 do documento preliminar."Bacia das almas" Para tentar neutralizar o discurso tucano de que o PT também adotou a privatização, o partido vai organizar a militância para ressaltar supostas diferenças. "Antes, as empresas públicas, às dezenas, como a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Embraer, as telefônicas, as empresas de energia elétrica, de transporte ferroviário, os bancos, eram vendidas dentro da concepção de Estado mínimo, e os recursos obtidos usados para pagamento de dívidas", diz trecho do documento. "Antes, as empresas eram torradas na bacia das almas a preços de compadre. Agora, os ganhos para o poder público são enormes e aplicados no desenvolvimento do país." Na prática, o PT usa um jogo de palavras para justificar a mudança de discurso ao longo de sua trajetória. A versão preliminar do texto, que recebeu 15 emendas e ainda passará pelo crivo de uma comissão executiva, diz haver muita diferença entre as concessões dos aeroportos no governo Dilma Rousseff e a venda de estatais na gestão Fernando Henrique (1999 a 2002).Em vídeo divulgado pela internet, na quarta-feira, Fernando Henrique disse que as privatizações não devem ser encaradas como "questão ideológica". Foi aí que citou a desmitificação do "demônio privatista".
Corrupção
A queda de nove ministros, sete dos quais envolvidos em denúncias de corrupção, é citada de forma indireta na proposta de resolução. "Não vingou a campanha de setores da oposição que buscavam desestabilizar o governo através de seguidas denúncias de corrupção em ministérios". Para o PT, o governo da presidente Dilma Rousseff deu "respostas adequadas" às suspeitas levantadas. O texto preliminar do PT diz ainda que 2012 será o ano da "Comissão da Verdade" e enfatiza que o partido estará empenhado no "resgate de nossa memória da luta pela democracia durante o período da ditadura militar". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte:exame.abril

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mercado à vista dominou vendas da Vale no 4o tri ; 22,88 bilhões de dólares de lucro .

Por Sabrina Lorenzi | Reuters – qui, 16 de fev de 2012.. .


RIO DE JANEIRO, 16 Fev (Reuters) - A grande maioria das vendas de minério de ferro da Vale no quarto-trimestre de 2011 refletiu preços que estiveram mais relacionados ao mercado à vista, que apresentou uma queda, enquanto uma parcela menor das negociações esteve baseada em contratos com prazos mais longos para a determinação do valor, o que significou um reviravolta no modelo da precificação da companhia.

"Com relação a preços, 80 por cento das nossas vendas estão se referindo ao preço real do trimestre, quer dizer, seja o spot diário ou seja a média do mês ou a média do trimestre, dependendo da negociação que é feita com os clientes. E 20 por cento se mantém na fórmula anterior", afirmou o diretor de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins.

Os contratos da fórmula anterior, com prazos mais longos, foram mantidos basicamente por clientes japoneses e coreanos, informou Martins.

A troca do modelo iniciado em 2010 que mantinha uma maior estabilidade nos preços por outras formas de negociação que privilegiam o mercado "spot" foi um dos fatores que contribuíram para reduzir o lucro da empresa no final do ano passado, conforme apontaram analistas de mercado.

Mas o executivo ponderou que o impacto negativo da mudança de precificação poderá ser revertida, acreditando em uma demanda mais forte a partir do segundo trimestre, o que possibilitaria um aumento nos preços.

"Na medida em que o preço se estabiliza num determinado patamar, a tendência é de os dois preços convergirem e não tem muita diferença entre os dois. No primeiro momento, é que se tem impacto entre os dois", disse, em teleconferência para analistas de mercado.

"Acreditamos que com final do inverno e com a recuperação do setor de construção da China deveremos ter impacto mais favorável da demanda", acrescentou o executivo.

A Vale registrou lucro líquido de 4,672 bilhões de dólares no quarto trimestre do ano passado, num recuo de 21 por cento na comparação com o mesmo período de 2010, mas o resultado foi suficiente para fazer a mineradora fechar 2011 com um novo recorde anual, de 22,88 bilhões de dólares de lucro. O balanço foi divulgado na noite de quarta-feira.

O lucro da maior produtora de minério de ferro do mundo ficou exatamente dentro da média de projeções de analistas consultados pela Reuters, que já esperavam por um resultado mais fraco no último trimestre do ano por causa de menores preços do principal produto da companhia.

CRESCIMENTO A PARTIR DE CARAJÁS

Na mesma teleconferência, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que a empresa está focada no crescimento orgânico, especialmente com a expectativa em torno de Serra Azul e mina de Serra do Norte.

Ele informou ainda que a companhia não está envolvida em negociação para compras de outras empresas, mas observa oportunidades no mercado.

Os executivos que participaram da teleconferência afirmaram ainda que a Vale está aguardando avaliação de associações representativas do setor de mineração para agir com relação à cobrança de novas taxas criadas por Minas Gerais, Pará e Amapá.

A Vale reiterou que os problemas com portos chineses se limitam a questões técnicas. Recentemente, o governo chinês impôs limitações à entrada dos Valemax.

Vale avalia que com o funcionamento do centro de distribuição na Malásia todas as questões referentes aos meganavios deverão ficar solucionadas, segundo Martins.

(com reportagem adicional de Jeb Blount)

Lucro da Vale cai no 4o tri, mas é recorde em 2011;22,88 bilhões de dólares de lucro .

RIO DE JANEIRO, 15 Fev (Reuters) - A Vale registrou lucro líquido de 4,672 bilhões de dólares no quarto trimestre do ano passado, queda de 21 por cento na comparação com o mesmo período de 2010, mas o resultado foi suficiente para fazer a mineradora fechar 2011 com um novo recorde anual, de 22,88 bilhões de dólares de lucro.

Pelas normas US GAAP, o resultado da mineradora nos últimos três meses de 2011 ficou em linha com os 4,7 bilhões de dólares previstos por analistas ouvidos pela Reuters, que tinham salientado que os números seriam afetados por menores preços de minério de ferro.

"Os resultados do 4T11 foram bastante robustos, mas inferiores ao 3T11, como consequência de menores preços devido à recessão europeia e às expectativas negativas produzidas pela crise de endividamento da zona do euro", afirmou a companhia em comunicado.

A maior produtora de minério de ferro do mundo reportou Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), excluindo ganhos não-recorrentes, de 7,396 bilhões de dólares no quarto trimestre, ante 8,869 bilhões de dólares entre outubro e dezembro de 2010.

"Batemos vários recordes, a despeito de um ambiente econômico desafiador. A execução disciplinada de nossa estratégia e a performance das operações foram essenciais para que pudéssemos nos beneficiar da forte demanda global por minérios e metais", disse Murilo Ferreira, presidente da Vale, em comunicado.

As vendas de minério de ferro e pelotas da Vale somaram 299,1 milhões de toneladas em 2011, novo recorde, informou a empresa nesta quarta-feira.

(Reportagem de Sabrina Lorenzi e Leila Coimbra)

Menores exportações e novos impostos impactarão resultados de mineradoras

SÃO PAULO - Empresas ligadas a mineração, como Vale (VALE3; VALE5), CSN (CSNA3) e MMX Mineração (MMXM3), deverão ter seus resultados impactados por conta da desaceleração das exportações, que reduz receitas, e novos impostos e royalties, que elevam custos, afirmou o Credit Suisse. Os analistas do banco suíço estimam que as exportações de janeiro foram as menores desde maio de 2009, período fortemente afetado pela crise de 2008."Reduções nas exportações foram causadas por níveis anormais de chuva em Minas Gerais, em que algumas ferrovias e minas foram inundadas", destacam Ivano Westin e Carlos Louro. Eles projetam que os danos causados por essas inundações não serão recuperados durante o ano, já que as companhias mineradoras não possuem capacidade adcional em seus sistemas logísticos. Entre royalties, impostos federais e estaduaisSe o clima colaborou para tomar parte da produção, o governo também deverá pegar um pouco mais. "Incorporamos em nossos modelos o aumento dos royalties CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), de 2% para 4%, o que acreditamos ser o resultado provável da discussão do novo código minerador", afirmaram os analistas. Eles lembram que o Brasil possui impostos corporativos entre os maiores do mundo, superando grandes exportadoras de commodities como Austrália e Canadá, mas royalties muito baixos.Outra contribuição será com a TFRM (Taxas de Fiscalização de Recursos Minerais), um imposto que será introduzido nos dois maiores estados brasileiros em termos de produção de minério de ferro: Minas Gerais e Pará. As companhias ainda não pagam o imposto, contestando sua legalidade, mas se perderem deverão pagar R$ 2,33 por tonelada em Minas Gerais e R$ 6,90 por tonelada no Pará.Contudo, a legislação permite a aplicação dessa taxa apenas para cobrir os custos da fiscalização estatal no minério de ferro extraído mas não processado em cada estado. Estimativas do mercado mostram que nesse valor de imposto, o Pará teria mais de cinco vezes o montante necessário para fiscalizar as atividades. Os analistas projetam que a taxa deve se estreitar entre os dois estados e que discussões na política deverão ocorrer para encontrar o melhor modelo de tributação.Outra discussão se dá acerca do imposto de renda sobre subsidiárias estrangeiras e o que ainda não foi pago, tanto no IR (Imposto de Renda) quanto de CSLL (Contribuição Social no Lucro Líquido). Esse pode afetar gravemente as mineradoras, sobretudo Vale e CSN, que podem ter de pagar R$ 26,70 bilhões e R$ 1,67 bilhão respectivamente. Os analistas do Credit mostram que isso representa 11,5% do total da capitalização da Vale e 6,6% da CSN - sendo, portanto, valores muito elevados.
fonte:Por: Equipe InfoMoney

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Aspirina pode inibir metástase, revela estudo


A aspirina e outros medicamentos de uso doméstico podem inibir a disseminação do câncer porque ajudam a interromper as vias químicas que alimentam os tumores, afirmaram cientistas australianos nesta terça-feira.Cientistas do Centro de Câncer Peter MacCallum, de Melbourne, afirmaram ter feito uma descoberta biológica que ajuda a explicar como vasos linfáticos - a chave para que tumores se espalhem pelo corpo - respondem ao câncer."Nós demonstramos que moléculas como a da aspirina podem funcionar de forma eficaz na redução da dilatação destes grandes vasos e, assim, reduzir a capacidade dos tumores de se espalharem para lugares distantes", afirmou o pesquisador Steven Stacker.Há muito os médicos suspeitavam que remédios anti-inflamatórios não esteroides, como a aspirina, poderiam ajudar a inibir a disseminação do câncer, mas eram incapazes de identificar exatamente como isto ocorria.Ao estudar as células dos vasos linfáticos, os cientistas descobriram que um gene em particular mudava sua expressão em cânceres que se espalham, mas o mesmo não ocorria quando o câncer não se disseminava.Os resultados publicados no periódico Cancer Cell revelam que o gene é um link entre o crescimento do tumor e a via celular que pode causar inflamação ou dilatação em vasos do corpo.Quando estes vasos linfáticos se alargam, a capacidade de agirem como "linhas de suprimento" para os tumores e se tornar condutos mais eficazes para o câncer se espalhar é aumentada.Mas a aspirina atua fechando a dilatação dos vasos. "Portanto, parece que descobrimos uma interseção bioquímica entre todos estes diferentes contribuintes", disse Stacker.A descoberta pode levar à produção de remédios novos e mais eficazes, que poderiam ajudar a conter muitos tumores sólidos, inclusive o de mama e o de próstata, bem como potencialmente fornecer um "sistema de alerta precoce" antes que o tumor comece a se espalhar.No ano passado, um estudo publicado na revista médica The Lancet demonstrou que as taxas de câncer de cólon, próstata, pulmão, cérebro e garganta foram reduzidas com a ingestão diária de aspirina.Muitos médicos recomendam o uso regular de aspirina para diminuir o risco de ataque cardíaco, derrames relacionados a coágulos e outros problemas circulatórios. Um efeito colateral do uso diário do medicamento é o risco de se desenvolver problemas estomacais.
fonte:noticiasyahoo

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cuidado motoqueiro ! O próximo poderá ser você

Sandro Andriow
Andei pesquisando sobre acidentes envolvendo motociclistas e encontrei diversos estudos realizados, em sua maioria, nas universidades brasileiras. Ao final da investida, três trabalhos em especial me chamaram a atenção: as pesquisas feitas pela equipe da Epidemiologia da UnB, encabeçadas por Luciano Farage, as desenvolvidas por Maria Sumie Koizumi, da Escola de Enfermagem da USP, e as de Eurico Roberto Willemann, da UFSC.
Vou tentar condensar e resumir o que li nesses trabalhos. Segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicleta) e Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a frota brasileira de motocicletas ultrapassou a casa de 11 milhões de unidades ao final de 2007.
O desrespeito das leis do trânsito ,leva a isso
 
Os registros oficiais de acidentes de trânsito mostram que, desde o ano de 2000, cerca de 9% das motos em circulação envolvem-se anualmente em algum tipo de acidente e que cerca de 2% envolvem-se em acidentes com vítimas — entende-se aqui por vítimas aqueles casos fatais ou os que requerem internação em estabelecimento hospitalar por, no mínimo, 24 horas; tanto do piloto quanto de garupa ou de terceiros.
A impudrência conduz a esse horror
 
Os dados mostram também que, anualmente, ocorre um caso de morte por acidente motociclístico para cada 600 motos em circulação. Fazendo umas contas rápidas, chego à conclusão de que neste ano teremos nada mais, nada menos do que cerca de 1 milhão de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas no Brasil, os quais causarão cerca de 214.000 internações e cerca de 18.000 óbitos.
Meu Deus que horror,e a maioria são jovens.
 
Com base nos pesquisadores citados, o perfil histórico desses acidentados é o seguinte:
- 87% são do sexo masculino;
- 86% estão situados abaixo dos 40 anos de idade, sendo que 63% têm entre 18 e 24 anos e 4% estão abaixo dos 18 anos;
- 16% são garupas.
Quanto às motos envolvidas nos acidentes:
- 85% são de até 125cc;
- 11% são de 125cc a 200cc;
- 4% são acima de 200cc;
- 53% têm até 3 anos de uso;
- 47% têm acima de 3 anos de uso.
Ainda com base nos dados apresentados, as circunstâncias dos acidentes serão as seguintes:
- 24% dos acidentados estarão alcoolizados;
- 77% dos acidentes ocorrerão durante o dia, sem chuva;
- 28% dos acidentados não estarão usando capacete.
Ele bebeu ,resultou na perca de uma vida preciosa
 
Como já foi dito, esses acidentes provocarão mais de 214 mil internações e mais de 18 mil óbitos, sendo que cerca de oito mil dessas mortes serão instantâneas, outras sete mil ocorrerão dentro das 24 horas seguintes ao acidente e o restante, em até 72 horas após o acidente.
A maioria dessas mortes, cerca de 95%, terá como causa o trauma encéfalo-craneano. (TEC*): *Andreoli et al (1990, p. 693) relata que as forças de aceleração-desaceleração recebidas no momento do impacto causam a maior parte das lesões cerebrais produzidas no traumatismo crânio-encefálico fechado.
Respeitem suas vidas elas são preciosas
 
Quando, por exemplo, devido à aceleração anterógrada, a cabeça se choca no painel imóvel do carro em alta velocidade, a inércia leva o cérebro gelatinoso para frente, lesando as estruturas tanto sobre o ponto da lesão quanto do pólo oposto, a 180 graus de distância (contra-golpe).
Nestas circunstâncias, a presença ou ausência de uma fratura é relativamente irrelevante; o que conta contra o paciente é o grau com que as forças implosivas-explosivas produziram a lesão capilar e neuronal no cérebro (lesão de pequenos vasos e nervos), resultante dos intensos movimentos rotacionais no momento do traumatismo, e quanto da substância branca sofreu cisalhamento.
As internações terão como causas as seguintes lesões, decorrentes dos acidentes motociclísticos:
- Membros inferiores e pelve: 30,00%;
- Cabeça: 21,50%;
- Membros superiores: 12,00%;
- Face: 10,70%;
- Abdômen: 4,50%;
- Tórax: 2,00%;
- Coluna e pescoço: 1,50%;
- Outras lesões: 17,80%.
No entanto, cerca de 40% das vítimas desses acidentes motociclísticos apresentarão um quadro de múltiplas lesões (cabeça, membros, coluna, etc). E o interessante é que cerca de 46% das pessoas que tiveram lesões na cabeça "estariam usando capacetes".
Um pouco mais acima, relato que cerca de 28% das vítimas de acidentes com moto não estarão usando capacete, aproximadamente umas 60.000 pessoas. Logo, teremos umas 160.000 pessoas acidentadas usando capacete.
Ao analisarem as estatísticas de motociclistas mortos (TEC) com e sem capacete, os pesquisadores notaram um dado interessante: as diferenças entre o número de mortos é inferior a 1%, o que me leva a concluir que:
1º - dependendo do impacto, da violência do choque, o uso ou não do capacete não faz diferença;
2º - em 2008 irão morrer vitimadas por TEC, instantaneamente ou nas 72 horas que se seguirem ao acidente, cerca de 8.400 motociclistas sem capacete e 8.000 motociclistas com capacete;
3º - considerando que o número de pessoas que se envolve em acidentes estando de capacete é muito superior ao dos que não o usavam, concluo que usar o capacete é quase 300% mais seguro que não o usar.
Outro fato interessante observado nas pesquisas estudadas foi a comprovação de que a ocorrência de trauma facial (principalmente fraturas nas mandíbulas, destruição de tecidos moles e perda de dentes) é cerca de dez vezes maior quando se sofre um acidente motociclístico sem capacete ou usando-o inadequadamente.
Outro detalhe igualmente curioso é que, entre os motoboys, a ocorrência de trauma facial em acidentes é de cerca de 50%, o que denota o não uso ou o uso inadequado do capacete.
Voltando até o item 1 logo acima, ironicamente concluo que, se falecer em um acidente de moto por conseqüência de TEC, usando capacete pelo menos o meu rosto estará preservado para fazer "boa figura no caixão".
Mas chega de falar de mortes e de mortos; vou falar agora dos sobreviventes. Depois de um período de internação que poderá variar, segundo as estatísticas de seis a 118 dias, o sobrevivente de um acidente motociclístico terá pela frente um período de recuperação que irá variar de um a seis meses, podendo, no entanto, chegar a ultrapassar os 18 meses nos casos mais graves.
Em muitos casos, no entanto, a recuperação não é total: em 16% dos casos as vítimas de acidentes de moto guardam seqüelas que as tornam inválidas temporariamente, sendo afastadas da vida laborial por um período que, em média, dura seis meses. E 5% dessas vítimas tornam-se inválidas permanentes.
Sendo assim, além dos 18 mil mortos em acidentes motociclísticos previstos para 2008, teremos ainda cerca de 36 mil pessoas que se verão incapacitadas de trabalhar por um bom período e outras 11 mil que nunca mais poderão andar.
Se considerarmos que 67% dos envolvidos em acidentes de moto ainda não atingiram os 24 anos de idade, no ano de 2008 veremos, com muita tristeza, cerca de 7.000 jovens condenados a passar os próximos 10, 20, 40 anos presos a uma cama ou a uma cadeira de rodas.
Caríssimos, perdoem-me por nesse início de ano expô-los à crueza das estatísticas. Mas assim o fiz porque os estimo muito! Um abraço a todos e lembrem-se: basta a menor distração, o menor descuido, para nos tornarmos parte dessas trágicas estatísticas.
O "motonauta" Sandro Andriow (Russo) participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia.
Fonte:
Moto Repórter

Mensagem

Mensagem

Lições de vida

Cada dia em nossas vidas nos ensina lições que muitas vezes nem percebemos.
Desde o nosso primeiro piscar de olhos, desde cada momento em que a fome bate, desde cada palavra que falamos.
Passamos por inúmeras situações, na maioria delas somos protegidos, até que um dia a gente cresce e começamos a enfrentar o mundo sozinhos.
Escolher a profissão, ingressar numa faculdade, conseguir um emprego...Essas são tarefas que nem todos suportam com um sorriso no rosto ou nem todos fazem por vontade própria.
Cada um tem suas condições de vida e cada qual será recompensado pelo esforço, que não é em vão.Às vezes acontecem coisas que a gente nem acredita.
Às vezes, dá tudo, tudo errado!Você pensa que escolheu a profissão errada, que você mão consegue sair do lugar, ás vezes você sente que o mundo todo virou as costas...Parece que você caiu e não consegue levantar...Está a ponto de perder o ar...Talvez você descubra que quem dizia ser seu amigo, nunca foi seu amigo de verdade e talvez você passe a vida inteira tentando descobrir quem são seus inimigos e nunca chegue a uma conclusão.
Mas nem tudo pode dar errado ao mesmo tempo, desde que você não queira.E aí... Você pode mudar a sua vida!Se tiver vontade de jogar tudo pro alto, pense bem nas conseqüências, mas pense no bem que isso poderá proporcionar.Não procure a pessoa certa, porque no momento certo aparecerá.Você não pode procurar um amigo de verdade ou um amor como procura roupas de marca no shopping e nem mesmo encontra as qualidades que deseja como encontra nas cores e tecidos ou nas capas dos livros.Olhe menos para as vitrines, mas tente conhecer de perto o que está sendo exibido.
Eu poderia estar falando de moda, de surf, de tecnologia ou cultura, mas hoje, escolhi falar sobre a vida!Encontre um sentido para a sua vida, desde que você saiba guiá-la com sabedoria.Não deixe tudo nas mãos do destino, você nem sabe se o destino realmente existe...Faça acontecer e não espere que alguém resolva os seus problemas, nem fuja deles.Encare-os de frente. Aceite ajuda apenas de quem quer o seu bem, pois embora não possam resolver os seus problemas, quem quer o seu bem te dará toda a força necessária pra que você possa suportar e...Confie!
Entenda que a vida é bela, mas nem tanto...Mas você deve estar bem consigo mesmo pra que possa estar bem com a vida.Costumam dizer por aí que quem espera sempre alcança, mas percebi que quem alcança é quem corre atrás...Não importa a tua idade, nem o tamanho de seu sonho...A sua vida está em suas próprias mãos e só você sabe o que fazer com ela...Autor ( Lilian Roque de Oliveira )


twitter

Mapa