segunda-feira, 17 de março de 2014

Da covardia e da contradição

Fabio Chaves
Do Vista-se

Por Bruno Müller
Estive pensando muito sobre covardia e contradição nas palavras e atitudes das
pessoas.
Covarde não é simplesmente aquela pessoa que foge do perigo, como aceita o senso comum. De fato, podemos sinceramente dizer que é covarde um homem desarmado que, para preservar sua vida, corre de outro homem armado? Tampouco covarde é simplesmente aquele que tem medo de enfrentar as dificuldades. Todos nós temos medo, mas alguns de nós não nos deixamos paralisar por ele.
Covarde é aquela pessoa que é controlada pelo medo. Covarde é quem se deixa dominar. Covarde é quem deixa de fazer o que é correto por medo das conseqüências. Covarde é quem age tendo em vistas a aprovação alheia.

Mas há um outro tipo de covarde. Um tipo que manifesta sua covardia ativamente, através da agressão. Esse covarde é aquele que inflige dano ao mais fraco, àquele que não pode reagir ou se defender. Esse tipo também tem medo: medo de se confrontar com alguém que lhe possa fazer frente. Decide, então, voltar sua agressividade para onde é mais seguro.
Esses covardes são os homens que espancam as mulheres; os pais e mães que agridem os filhos; os filhos que agridem os pais idosos; as crianças que abusam de outras crianças, mais novas ou mais fracas; os pedófilos que abusam sexualmente das crianças; os torturadores diante dos prisioneiros; os psicóticos que tiram proveito da vulnerabilidade alheia, manipulam, humilham e distorcem as palavras de suas vítimas.  E há outro grupo de pessoas que se enquadra nesse perfil: os onívoros. São os covardes ativos.

Há algo de comum a todos os covardes ativos. É o sentimento de poder. Eles agridem, maltratam, matam, torturam, abusam, destróem, simplesmente porque PODEM. Porque eles gostam. Porque extraem PRAZER disso. Claro, alguns deles vão dizer que têm bons motivos para fazer isso, ou que não há como ser de outro modo. Muito freqüentemente ele irá colocar a culpa na sua vítima: ela pediu por isso.

Mas há um equívoco muito grande quando se faz a distinção entre o covarde ativo e o covarde passivo. As pessoas tendem a afirmar que o covarde ativo é mais perigoso, é um risco maior para a sociedade e as pessoas à sua volta.Essa afirmação é falsa.
O covarde ativo pode até ser mais desprezível, pode ser um risco imediato maior e certamente é mais violento, mas o covarde passivo é igualmente nocivo e perigoso, especialmente nos momentos em que a coragem é mais necessária: nos momentos de crise e tragédia. O covarde passivo é igualmente nocivo e perigoso pois é ele que permite que o covarde ativo causa danos sem constrangimentos.

Esse covarde passivo é aquele que se cala diante das ditaduras. Que aceita as injustiças. É aquela pessoa que nada dirá quando temer que seus interesses estejam em jogo. Ele até poderá prosperar nos momentos de infortúnio alheio, pela sua discrição e às vezes pela sua astúcia. O covarde passivo pode ser perverso: aquela pessoa que não suja as mãos de sangue, mas entrega a vítima ao seu algoz. Pode, porém, até ser pessoalmente íntegro, alguém que pessoalmente jamais faria mal a outrem: mas também não se arriscaria jamais por isso. Os covardes são parasitas sociais que não apenas sobrevivem, mas muitas vezes vivem e prosperam graças à tragédia alheia.
Não sejamos, porém, maniqueístas. Todos nós somos covardes às vezes. A coragem é uma qualidade custosa. Não me refiro apenas ao perigo que ela pode trazer consigo, de dano físico, econômico, psicológico ou social. Me refiro também ao esforço que precisamos despender para exercê-la. Pois coragem sempre implica tomar atitudes e decisões. Não é fácil. Mas, se é humanamente impossível ter sempre coragem, é desprezível o ser humano que se pauta pela covardia.
Mas há um tipo específico de covarde de quem eu quero falar e não são – necessariamente – os onívoros. Nesse grupo de covarde encontramos onívoros, ovo-lacto-vegetarianos e até veganos. Estou falando dos bem-estaristas.

O dicionário Houaiss assim define o covarde: “comportamento que denota ausência de coragem; atitude, gesto que se caracteriza pelo temor, pelo acanhamento, pela falta de ousadia”
Quantas vezes já não ouvi de bem-estaristas:
- Eu até concordo que a abolição da exploração animal é a meta, mas é impossível atingi-la hoje, então devemos ir aos poucos, defendendo reformas. As pessoas não estão preparadas para o veganismo e abolição. Não é realista defender essa tese.

Eu tenho dificuldade em conceber uma idéia mais covarde do que essa, pois denota o medo de contrariar o senso comum, a ausência de coragem para defender o que é ético e justo e a falta de ousadia para propor uma tese que verdadeiramente impeça o sofrimento animal, o acanhamento de ficar no meio-termo ou mesmo de supor que se pode ser contra o sofrimento animal e ainda assim apreciar uma fatia de carne, um pedaço de queijo, um copo de leite ou um ovo. Pior que isso: é uma covardia proporcional à fragilidade das vítimas que sofrem com esta posição. Não há dano nenhum que um animal possa causar a esses seres humanos, e justamente por isso eles se empenham em defendê-los apenas na medida em que não contrariem aqueles que detêm o verdadeiro poder – outros seres humanos.

Os bem-estaristas não são apenas covardes. O bem-estarismo é contraditório. Pensem nisso: é realmente possível pensar que os animais têm valor, que devem ser protegidos do sofrimento, viver livre de angústia, sofrimento e dor, e ainda assim defender que é justo e correto MATÁ-LOS? Qual é o valor que atribuímos a uma vida quando a tiramos? No máximo, um valor instrumental: ela vale por aquilo que pode nos beneficiar – na vida e na morte. Jamais um valor inerente, que é ter valor porque serve ao próprio ser que vive e tem o direito de gozar de sua vida e liberdade.
Por tudo isso, eu posso dizer o seguinte: eu não admiro os onivoristas que defendem a exploração animal como algo normal, natural, justo e necessário e não se importam com os direitos animais. Mas eu vejo mais integridade e coerência neles, pois são parasitas que são verdadeiros com aquilo que acreditam, ao passo que os bem-estaristas vivem mergulhados na mentira, contradição e covardia, as quais fortalecem os onivoristas e contribuem para que seu mundo de exploração animal se perpetue.

Além do mais, os bem-estaristas se beneficiam da exploração animal tanto quanto os onivoristas. Eles lucram com isso. É pedindo dinheiro aos onivoristas, convencendo-os da lucratividade das reformas e ameaçando-os com a sensibilidade do público que os bem-estaristas sobrevivem e se sustentam.
Há um ditado que diz: a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude. Pois bem: o bem-estarismo é a homenagem que o onivorismo presta ao abolicionismo. É a postura que eles adotam quando querem fingir que se importam – contanto que seus interesses, seu lucro, seu paladar, seu egoísmo não sejam prejudicados. Onivoristas e bem-estaristas são parasitas que vivem às custas do sofrimento animal. Alguns bem-estaristas realmente acreditam que contribuem para reduzir o sofrimento animal, mas sua crença não está menos fundada na mentira, na contradição, na covardia, por ser sincera. Muitos também achavam que era melhor não se confrontar contra Hitler.

Eu sempre digo: se você tem uma meta, deve viver de acordo com ela. Caso contrário, estará sendo hipócrita e desrespeitando a si mesmo, pois se você não for capaz de viver de acordo com seus princípios, seus princípios se ajustarão à sua vida. Não se pode patrocinar  o sofrimento alheio e ainda alegar que se luta contra esse sofrimento; não se pode dizer ser contra a escravidão e promovê-la; não se pode afirmar que todos os animais têm valor, e ainda assim admitir que eles sejam usados como objetos. E, no entanto, é disso que se trata o bem-estarismo.
Os fins nunca podem ser contraditórios com os meios. Por isso defender os direitos animais só é possível se adotarmos o veganismo e defendermos o abolicionismo.

fonte:http://vista-se.com.br/da-covardia-e-da-contradicao/
 

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Lições de vida

Cada dia em nossas vidas nos ensina lições que muitas vezes nem percebemos.
Desde o nosso primeiro piscar de olhos, desde cada momento em que a fome bate, desde cada palavra que falamos.
Passamos por inúmeras situações, na maioria delas somos protegidos, até que um dia a gente cresce e começamos a enfrentar o mundo sozinhos.
Escolher a profissão, ingressar numa faculdade, conseguir um emprego...Essas são tarefas que nem todos suportam com um sorriso no rosto ou nem todos fazem por vontade própria.
Cada um tem suas condições de vida e cada qual será recompensado pelo esforço, que não é em vão.Às vezes acontecem coisas que a gente nem acredita.
Às vezes, dá tudo, tudo errado!Você pensa que escolheu a profissão errada, que você mão consegue sair do lugar, ás vezes você sente que o mundo todo virou as costas...Parece que você caiu e não consegue levantar...Está a ponto de perder o ar...Talvez você descubra que quem dizia ser seu amigo, nunca foi seu amigo de verdade e talvez você passe a vida inteira tentando descobrir quem são seus inimigos e nunca chegue a uma conclusão.
Mas nem tudo pode dar errado ao mesmo tempo, desde que você não queira.E aí... Você pode mudar a sua vida!Se tiver vontade de jogar tudo pro alto, pense bem nas conseqüências, mas pense no bem que isso poderá proporcionar.Não procure a pessoa certa, porque no momento certo aparecerá.Você não pode procurar um amigo de verdade ou um amor como procura roupas de marca no shopping e nem mesmo encontra as qualidades que deseja como encontra nas cores e tecidos ou nas capas dos livros.Olhe menos para as vitrines, mas tente conhecer de perto o que está sendo exibido.
Eu poderia estar falando de moda, de surf, de tecnologia ou cultura, mas hoje, escolhi falar sobre a vida!Encontre um sentido para a sua vida, desde que você saiba guiá-la com sabedoria.Não deixe tudo nas mãos do destino, você nem sabe se o destino realmente existe...Faça acontecer e não espere que alguém resolva os seus problemas, nem fuja deles.Encare-os de frente. Aceite ajuda apenas de quem quer o seu bem, pois embora não possam resolver os seus problemas, quem quer o seu bem te dará toda a força necessária pra que você possa suportar e...Confie!
Entenda que a vida é bela, mas nem tanto...Mas você deve estar bem consigo mesmo pra que possa estar bem com a vida.Costumam dizer por aí que quem espera sempre alcança, mas percebi que quem alcança é quem corre atrás...Não importa a tua idade, nem o tamanho de seu sonho...A sua vida está em suas próprias mãos e só você sabe o que fazer com ela...Autor ( Lilian Roque de Oliveira )


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