"A vida é um espelho.
O que atraímos reflete as qualidades que temos, o conceito que fazemos de nós mesmos e de nossos relacionamentos. "
Louise L. Hay
O relacionamento mais duradouro que terei é o relacionamento comigo mesmo. Todos os outros vêm e vão. Mesmo os casamentos que duram "até que a morte os separe" acabam um dia.
A única pessoa com quem estou para sempre sou eu mesmo. O relacionamento comigo é eterno.
E como é esse relacionamento?
Acordo de manhã e fico contente por me encontrar? Gosto de estar comigo? Gosto de meus pensamentos? Divirto-me em minha companhia? Amo meu corpo? Estou contente por ser eu?
Se não tenho um bom relacionamento comigo, como posso ter com os outros? Se não me amo, estarei sempre procurando alguém que me complete, me faça feliz, realize meus sonhos.
ATRAINDO RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS
Ser "carente" é o jeito mais fácil de atrair um relacionamento insatisfatório. O dr. Wayne Dyer diz em um de seus livros: "Em qualquer relacionamento no qual duas pessoas tornam-se uma, o resultado final apresenta duas pessoas pela metade".
Se você espera que a outra pessoa "conserte" sua vida, ou seja sua "melhor metade", está preparando um fracasso. Precisa estar feliz com o que você é, antes de entrar num relacionamento. Precisa ser tão feliz que nem precise de um relacionamento para ser feliz.
Da mesma forma, se tem uma ligação com uma pessoa que não se ama, será impossível agradá-la. Você nunca será "bastante bom" para uma pessoa insegura, frustrada, ciumenta, rancorosa ou que se despreze.
Com demasiada freqüência nos machucamos tentando ser bons para parceiros que não sabem aceitar nosso amor, porque eles próprios não se amam.
A vida é um espelho. O que atraímos reflete as qualidades que temos, o conceito que fazemos de nós mesmos e de nossos relacionamentos. O que os outros sentem a nosso respeito é sua própria perspectiva limitada da vida.
Devemos aprender que a Vida sempre nos amou incondicionalmente.
Pessoas ciumentas são muito inseguras. Não se valorizam. Não têm fé em seu valor. O que o ciúme realmente diz é: "Não sou bastante bom, não mereço amor, por isso sei que meu parceiro vai me enganar ou me abandonar por causa de outra pessoa."
Isso gera raiva e acusações. E se você fica com uma pessoa ciumenta é porque acha que não merece um relacionamento cheio de amor.
O mesmo acontece em relação a pessoas que maltratam os cônjuges e os filhos.
Ou cresceram numa família em que os maus tratos eram normais e continuam mantendo esse padrão, ou culpam o mundo e seus parceiros por sua própria falta de autovalorização. E nunca mudarão de comportamento, a menos que se submetam a uma terapia.
Uma pessoa violenta quase sempre tem um pai ou mãe contra a qual guarda profundo ressentimento. O perdão, nesse caso, é de vital importância. Eles precisam compreender seus modelos e desejar mudar.
A INFLUÊNCIA DOS PAIS
Todos os meus relacionamento são baseados naquele que tive com meus pais. Fiquei chocada, quando descobri isso.
Anos atrás, fui a um workshop sobre relacionamentos amorosos conduzido por Sondra Ray, esperando aprender a atrair uma ligação desse tipo. Fiquei atônita quando aprendi que íamos trabalhar o relacionamento com os pais. No fim da terapia, contudo, tomei consciência de que enfrentava inúmeros problemas em meus relacionamentos devido à difícil infância que eu tive.
Os maus tratos que eu e minha mãe sofremos, o abandono e a falta de amor que conheci em menina tinham sido transferidos para meus relacionamentos de adulta.
Não era de admirar que eu atraísse homens violentos que sempre me abandonavam, e que me sentisse sem amor e desprezada, ou que todos os meus patrões me apavorassem. Apenas estava vivendo do modo que aprendera na infância.
Foi um workshop muito importante para mim. Deixei de lado grande parte do ressentimento e aprendi a trabalhar na questão do perdão.
O relacionamento comigo mesma melhorou imensamente. Nunca mais atraí um homem violento.
Assim, em vez de perder tempo dizendo "os homens não prestam", ou "as mulheres não prestam", vamos analisar o relacionamento que tivemos com os pais e também o que tiveram um com o outro.
Por exemplo, quais são suas queixas atuais contra os homens ou as mulheres de sua vida? Reflita sobre o que escreveria para preencher os seguintes espaços em branco:
Ele nunca ____________
Ele sempre ___________
Ela nunca ____________
Ela sempre ___________
Os homens não ________
As mulheres não _______
Era assim que sua mãe ou seu pai comportavam-se com você? Sua mãe tratava seu pai assim? Ou isso descreve o modo como seu pai tratava sua mãe? Como o amor era expressado em casa, quando você era criança?
Talvez você precise pesquisar o relacionamento que teve com seus pais na infância, para anular o medo enraizado que agora caracteriza as outras relações.
Pergunte-se: A que preciso renunciar para manter um relacionamento? Até que ponto perco a mim mesmo quando me relaciono com alguém? Quais foram as mensagens que recebi na infância que criaram em mim a convicção de que os relacionamentos causam sofrimento?
AFIRME O AMOR POR SI MESMO
Talvez você tenha dificuldade em estabelecer limites e as pessoas se aproveitam disso. Pode ser que as mensagens que emita sejam:
"Eu não me valorizo e não me respeito. Não faz mal que abusem de mim". Isso, porém, não precisa continuar.
Comece hoje mesmo a afirmar o amor e o respeito por si mesmo. Olhe-se com freqüência no espelho e diga: EU AMO VOCÊ. Pode parecer algo muito simples, mas é uma afirmação de cura poderosa. À medida que o amor por si mesmo for crescendo, seus relacionamentos refletirão amor e respeito.
Pode ser que você queira juntar-se a um grupo de apoio, como o Co-Dependentes Anônimos ou Al-Anon. São grupos maravilhosos que o ajudarão a estabelecer limites em seus relacionamentos e a entrar em contato com o amor e o respeito por si mesmo que já existem em você. Pegue a lista telefônica e procure o grupo mais próximo.
Fico contente em notar que grupos de auto-ajuda estão se tornando uma nova norma social e que as pessoas se reúnem para discutir problemas similares e procurar soluções. Alguém que pertença a um desses grupos pode ter problemas, mas está trabalhando para melhorar a qualidade de vida.
Creio que encontramos nossas zonas de conforto nos relacionamentos com os outros. Essas zonas formam-se quando somos muito pequenos. Se os pais nos trataram com amor e respeito, associamos esse tipo de tratamento ao fato de sermos amados.
Se, como no caso de tantos de nós, os pais foram incapazes de dar-nos amor e respeito, então aprendemos a conviver com essa falta. Num esforço de satisfazermos as necessidades, de nos sentirmos amados e queridos, associamos "ser maltratado" como "ser amado". Este torna-se nosso modelo e, como padrão formado na infância, é usado por nós, inconscientemente, em todos os relacionamentos.
Essa convicção de que ser maltratado é o mesmo que ser amado não faz distinção de sexo. Acredito, porém, que esse tipo de padrão doentio seja mais largamente reconhecido pelas mulheres, porque, por razões culturais, elas são encorajadas a mostrar vulnerabilidade e, assim, tornam-se mais dispostas a admitir que levam uma vida difícil.
Todavia, isso está mudando, e os homens começam a aceitar a própria vulnerabilidade. Mulheres que amam demais, de Robin Norwood, é um excelente livro sobre relacionamentos. Também recomendo as fitas de áudio Making relationships work (Fazendo com que os relacionamentos funcionem) da dra. Barbara De Angelis. Uma afirmação útil para todos nós é: ABRO MEU CORAÇÃO PARA O AMOR E ESTOU SEGURO.
O trabalho mais importante que fazemos é aquele por nós mesmos. Querer que nossos parceiros mudem é uma forma sutil de manipulação, um desejo de ter poder sobre eles. Pode até mesmo ser presunção, porque estamos dizendo que somos melhores do que eles.
Deixe que seu parceiro na vida seja como é. Encoraje-o a fazer uma auto-análise, a descobrir-se, amar-se, aceitar-se e valorizar-se.
Texto do livro "VIDA!"
Editora Best Seller
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fonte:http://www.velhosamigos.com.br/Autores/Louise/louise18.html
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