É sem sombra de dúvida um tema que me dá prazer escrever. "Ajudar o próximo", na
minha concepção tem uma abrangência enorme, tem um significado profundo e acima
de tudo, é uma frase que desde sempre esteve presente na minha maneira de
ser.
Há vários tipos de ajuda. Alguns mais visíveis e perceptíveis (monetárias, ajudar alguém com alguma dificuldade), outros menos, ainda que não menos importantes. Não me consigo recordar de alguma vez que me tenha escusado a ajudar alguém. É complicado lembrar-me desse momento, e já lá vão 3 décadas de vida.. Faz parte de mim. Diria que é algo inato. Não me conheceria sem esta postura. Ainda que por vezes me seja prejudicial, na medida em que penso nos outros antes de pensar em mim, faço-o instintivamente. Uma das formas mais bonitas de auxílio, para mim, é o "ouvir". É necessário algum tipo de predisposição para tal. É preciso que exista abertura de espírito e disponibilidade mental para ir ter com alguém que está em baixo, e simplesmente...ouvir. Nem toda a gente o sabe ou consegue fazer, nos dias que correm.
Há várias interpretações deste tema. A minha interpretação, é, e será sempre na medida do possível, proporcionar ou facultar uma melhor qualidade de vida a outra pessoa. Daí, remeto-me directamente para o caso específico das "esmolas de semáforo", que opto por não dar, porque sei que muitas das vezes o dinheiro é canalizado para redes organizadas do crime, geridas por pessoas sem qualquer tipo de escrúpulos. Já o mesmo não acontece se vir alguém com fome. Aí pago uma sopa, ou um sandes mista e um copo de leite. É um pouco por aqui.
Ajuda o próximo requer disponibilidade, como já referi anteriormente. Nem sempre essa disponibilidade é possível, fruto das nossas obrigações familiares, profissionais e mesmo dos nossos problemas. Contudo, acho que é sempre possível encontrar forma de ajudar alguém, quanto mais não seja sob forma de um telefonema rápido, um e-mail curto ou simplesmente uma mensagem escrita, curta, mas evidenciando que "estamos aqui, se precisares". É pena que nem toda a gente pense assim. É pena que cada vez mais vivamos para nós, olhando para os nossos umbigos e finalmente, é pena que cada vez sejamos mais egoístas.
Por aquilo que tenho vivido de há uns tempos para cá, sei que muita gente precisa de ajuda. Não é ajuda monetária, não é "palmadinhas nas costas". É sobretudo alguém em quem possam confiar, alguém com quem possam contar quando precisam de desabafar, ou simplesmente alguém com quem possam estar em silêncio (poderá parecer ridículo, mas não o é, acreditem..)
Fruto de uma série de factores com os quais lidamos diariamente, somos deparados com adversidades que não são normais. Se por um lado nós mesmos podemos analisar e gerir essas mesmas adversidades, há pessoas que não o conseguem. Mas duvido muito que venham a pedir ajuda. Contrariamente ao que seria de esperar, hoje em dia há o sentimento de vergonha em pedir ajuda. Cada vez mais há situações de depressão, angústia ou simplesmente tristeza profunda acompanhada dum sentimento de impotência e frustração, porque não sabendo como resolver as coisas, as pessoas acomodam-se e vivem sem qualquer tipo de qualidade de vida, sem esperança e sem coragem para pedir ajuda.
Este último parágrafo faz alusão directa aos suicidas. São pessoas para quem a vida não faz sentido, que não tiveram coragem de pedir ajuda, ou que simplesmente quando o tentaram fazer, o que aconteceu foram "gritos mudos", como gosto de definir como analogia adequada.
É fulcral, vital, estar atento aos que nos rodeiam. É essencial que de quando em quando mostremos disponibilidade para ouvir, para aconselhar, ou seja, para ajudar. Que os nossos amigos (as) podem contar sempre com o nosso apoio. Entender os seus sinais, e estabelecer canais de comunicação entre ambas as partes de forma a que qualquer alteração da harmonia seja perceptível, e acautelada.
Para terminar, uma sugestão: pensem em todos os vossos (as) amigos (as), e tentem fazer o exercício de avaliar o quão bem os conhecem. Alguma vez sentiram que eles (elas) poderiam estar alegres não o sentindo verdadeiramente? Que poderão haver problemas escondidos? É fundamental que junto daqueles que gostamos e que fazem parte do "nosso círculo" tenhamos a garantia de que nada nos escapa..Porque se alguma coisa não está bem, será percebida, e é aqui que entra a palavra "Ajudar o próximo".
fonte:http://prazerdaescrita.blogspot.com.br/2005/11/ajudar-o-prximo.html
Há vários tipos de ajuda. Alguns mais visíveis e perceptíveis (monetárias, ajudar alguém com alguma dificuldade), outros menos, ainda que não menos importantes. Não me consigo recordar de alguma vez que me tenha escusado a ajudar alguém. É complicado lembrar-me desse momento, e já lá vão 3 décadas de vida.. Faz parte de mim. Diria que é algo inato. Não me conheceria sem esta postura. Ainda que por vezes me seja prejudicial, na medida em que penso nos outros antes de pensar em mim, faço-o instintivamente. Uma das formas mais bonitas de auxílio, para mim, é o "ouvir". É necessário algum tipo de predisposição para tal. É preciso que exista abertura de espírito e disponibilidade mental para ir ter com alguém que está em baixo, e simplesmente...ouvir. Nem toda a gente o sabe ou consegue fazer, nos dias que correm.
Há várias interpretações deste tema. A minha interpretação, é, e será sempre na medida do possível, proporcionar ou facultar uma melhor qualidade de vida a outra pessoa. Daí, remeto-me directamente para o caso específico das "esmolas de semáforo", que opto por não dar, porque sei que muitas das vezes o dinheiro é canalizado para redes organizadas do crime, geridas por pessoas sem qualquer tipo de escrúpulos. Já o mesmo não acontece se vir alguém com fome. Aí pago uma sopa, ou um sandes mista e um copo de leite. É um pouco por aqui.
Ajuda o próximo requer disponibilidade, como já referi anteriormente. Nem sempre essa disponibilidade é possível, fruto das nossas obrigações familiares, profissionais e mesmo dos nossos problemas. Contudo, acho que é sempre possível encontrar forma de ajudar alguém, quanto mais não seja sob forma de um telefonema rápido, um e-mail curto ou simplesmente uma mensagem escrita, curta, mas evidenciando que "estamos aqui, se precisares". É pena que nem toda a gente pense assim. É pena que cada vez mais vivamos para nós, olhando para os nossos umbigos e finalmente, é pena que cada vez sejamos mais egoístas.
Por aquilo que tenho vivido de há uns tempos para cá, sei que muita gente precisa de ajuda. Não é ajuda monetária, não é "palmadinhas nas costas". É sobretudo alguém em quem possam confiar, alguém com quem possam contar quando precisam de desabafar, ou simplesmente alguém com quem possam estar em silêncio (poderá parecer ridículo, mas não o é, acreditem..)
Fruto de uma série de factores com os quais lidamos diariamente, somos deparados com adversidades que não são normais. Se por um lado nós mesmos podemos analisar e gerir essas mesmas adversidades, há pessoas que não o conseguem. Mas duvido muito que venham a pedir ajuda. Contrariamente ao que seria de esperar, hoje em dia há o sentimento de vergonha em pedir ajuda. Cada vez mais há situações de depressão, angústia ou simplesmente tristeza profunda acompanhada dum sentimento de impotência e frustração, porque não sabendo como resolver as coisas, as pessoas acomodam-se e vivem sem qualquer tipo de qualidade de vida, sem esperança e sem coragem para pedir ajuda.
Este último parágrafo faz alusão directa aos suicidas. São pessoas para quem a vida não faz sentido, que não tiveram coragem de pedir ajuda, ou que simplesmente quando o tentaram fazer, o que aconteceu foram "gritos mudos", como gosto de definir como analogia adequada.
É fulcral, vital, estar atento aos que nos rodeiam. É essencial que de quando em quando mostremos disponibilidade para ouvir, para aconselhar, ou seja, para ajudar. Que os nossos amigos (as) podem contar sempre com o nosso apoio. Entender os seus sinais, e estabelecer canais de comunicação entre ambas as partes de forma a que qualquer alteração da harmonia seja perceptível, e acautelada.
Para terminar, uma sugestão: pensem em todos os vossos (as) amigos (as), e tentem fazer o exercício de avaliar o quão bem os conhecem. Alguma vez sentiram que eles (elas) poderiam estar alegres não o sentindo verdadeiramente? Que poderão haver problemas escondidos? É fundamental que junto daqueles que gostamos e que fazem parte do "nosso círculo" tenhamos a garantia de que nada nos escapa..Porque se alguma coisa não está bem, será percebida, e é aqui que entra a palavra "Ajudar o próximo".