Qual
seria a sua resposta? Muitos acham que Deus aprova a guerra. Argumentam que no
passado ele mandou alguns de seus adoradores travarem guerras, algo que a
Bíblia registra. Mas outros dizem que Jesus, o Filho de Deus, ensinou seus
seguidores a amar os inimigos. (Mateus 5:43, 44) Por isso, concluem que em algum momento
Deus mudou seu conceito e que hoje ele não aprova a guerra.
O que você acha? Será que Deus aprova a guerra? Em caso afirmativo, que
lado ele toma nos conflitos em nossos dias? Encontrar as respostas a essas
perguntas pode influenciar seu conceito sobre a guerra. Por exemplo, se você
soubesse que Deus aprova a guerra e ainda apoia o mesmo lado que você,
provavelmente você ficaria feliz com sua escolha, confiante de que seu lado
venceria. Mas como se sentiria se soubesse que Deus apoia o outro lado do
conflito? Possivelmente, você pensaria em mudar de lado.
Além disso, algo mais importante está em jogo. Saber qual é o conceito de
Deus sobre a guerra pode influenciar o seu conceito sobre Deus. Se você está
entre os milhões que foram profundamente afetados pela guerra, sem dúvida
precisa saber a resposta às perguntas: Será que Deus, como alguns acreditam, é
um sanguinário que aprova ou até mesmo incentiva guerras, que causam tanto
sofrimento? Ou será que ele é indiferente em relação aos oprimidos?
Talvez você se surpreenda ao descobrir que a resposta da Bíblia é totalmente
diferente dessas opiniões. Além disso, no decorrer da história até nossos dias,
o conceito de Deus sobre a guerra tem sido o mesmo. Vamos ver o que a Bíblia
diz sobre como Deus encarava as guerras nos tempos antigos, e também no
primeiro século, quando Jesus esteve na Terra. Isso nos ajudará a ver como Deus
encara a guerra hoje e a saber se a guerra fará parte do futuro da humanidade.
Fonte: http://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/wp20151101/o-que-biblia-diz-sobre-guerra/#?insight[search_id]=a2aa5113-f955-4612-96bf-479b643dec1c&insight[search_result_index]=0
O conceito de Deus
sobre a guerra nos tempos antigos
O
povo estava sendo oprimido. Eles oraram a Deus muitas vezes pedindo ajuda, mas
essa ajuda não veio imediatamente. Esse povo era Israel, o povo de Deus no
passado. O opressor era a poderosa nação do Egito. (Êxodo 1:13, 14)
Durante anos, os israelitas esperaram Deus acabar com a tirania do Egito.
Finalmente, chegou o tempo de Deus agir. (Êxodo 3:7-10)
A Bíblia relata que ele guerreou pessoalmente contra os egípcios. Deus
trouxe contra eles uma série de pragas devastadoras e, por fim, eliminou o rei
do Egito e seu exército no mar Vermelho. (Salmo 136:15)
Jeová Deus mostrou ser “um poderoso guerreiro” em favor do seu povo.
— Êxodo 15:3, 4.
O
fato de Deus guerrear contra os egípcios mostra que ele não se opõe a todo tipo
de guerra. Em algumas situações, ele autorizou seu povo Israel a travar
guerras. Por exemplo, ele ordenou que os israelitas guerreassem contra os
cananeus, que eram extremamente perversos. (Deuteronômio 9:5; 20:17, 18) Também mandou Davi, o rei de Israel, guerrear
contra os opressivos filisteus. Deus até mesmo deu a Davi uma estratégia de
guerra que garantiria a vitória. — 2 Samuel 5:17-25.
Esses
relatos bíblicos revelam que, dependendo da maldade e da opressão que ameaçavam
os israelitas, Deus autorizava a guerra para proteger seu povo e preservar a
adoração verdadeira. Mas observe três pontos importantes sobre essas guerras
ordenadas por Deus.
1.
APENAS DEUS
DETERMINAVA QUEM PARTICIPARIA NA GUERRA. Em
certa ocasião, Deus disse aos israelitas: “Vocês não terão de lutar nesta
batalha.” Por quê? O próprio Deus guerrearia em favor deles. (2 Crônicas 20:17; 32:7, 8) Ele fez isso muitas vezes, como no caso
mencionado no início deste artigo. Em outros casos, Deus ordenou que seu povo
no Israel antigo travasse guerras que ele aprovava, isto é, guerras que
envolviam conquistar e defender a Terra Prometida. — Deuteronômio 7:1, 2; Josué 10:40.
2. APENAS DEUS DETERMINAVA QUANDO UMA GUERRA
ACONTECERIA. Os servos de Deus deviam esperar pacientemente o
tempo determinado por Deus para lutar contra a opressão e a maldade em volta
deles. Até que esse tempo chegasse, não deviam decidir por conta própria
começar uma guerra. Quando faziam isso, eles perdiam a aprovação de Deus. Na
verdade, a Bíblia mostra que, quando os israelitas decidiam lutar numa guerra
que não tinha sido autorizada por Deus, os resultados eram desastrosos. *
3.
Embora tenha
guerreado contra os cananeus, Deus poupou alguns, como Raabe e sua família
DEUS NÃO TEM PRAZER NA MORTE DOS HUMANOS, INCLUINDO
DOS MAUS. Jeová Deus é a Fonte da vida e o Criador da
humanidade. (Salmo 36:9) Por isso, ele não deseja que ninguém morra. Mas
infelizmente existem pessoas perversas que oprimem e até mesmo matam outras
pessoas. (Salmo 37:12, 14) Para impedir o avanço desse tipo de maldade, Deus às
vezes autorizava guerras contra os perversos. Mesmo assim, durante o tempo em
que ordenou que os israelitas travassem batalhas, ele foi “misericordioso” e
“paciente” com os opressores de seu povo. (Salmo 86:15) Por exemplo, ele decretou que, antes de
atacarem uma cidade, os israelitas deviam “anunciar termos de paz” para dar aos
habitantes uma oportunidade de mudar de atitude e evitar a guerra. (Deuteronômio 20:10-13) Dessa forma, Deus mostrou que ‘não
tem prazer na morte de quem é mau, mas sim em que a pessoa má mude seu caminho
e continue viva’. — Ezequiel 33:11, 14-16. *
Conforme vimos, nos tempos antigos Deus encarava a
guerra como um meio legítimo para acabar com várias formas de opressão e
maldade. Mas era Deus — não os humanos — que, com razão, decidia quando
uma guerra aconteceria e quem estaria envolvido nela. E será que
Deus sentia prazer nessas guerras? Pelo contrário! Ele odeia a violência. (Salmo 11:5) Será que o ponto de vista de Deus sobre a
guerra mudou quando seu Filho, Jesus Cristo, começou seu ministério no primeiro
século?
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