quarta-feira, 8 de abril de 2020
terça-feira, 7 de abril de 2020
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Requisitos para ter acesso ao auxílio / Categorias profissionais
Beneficiários do Bolsa Família serão os primeiros a ter o recurso contra a crise do coronavírus
A ordem de pagamentos, de acordo com o ministro, deve ser:
1º: trabalhadores informais que recebem o Bolsa Família
2º: informais que estão no cadastro único
3º: microempreendedores individuais e contribuintes individuais
4º: informais que não estão em cadastro nenhum
Como será o pagamento
Ainda será definido pelo governo um calendário de pagamento. O auxílio emergencial será pago por bancos públicos federais por meio de uma conta do tipo poupança social digital.
Essa conta será aberta automaticamente em nome dos beneficiários, com dispensa da apresentação de documentos e isenção de tarifas de manutenção. A pessoa usuária poderá fazer ao menos uma transferência eletrônica de dinheiro por mês, sem custos, para conta bancária mantida em qualquer instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central.
A conta pode ser a mesma já usada para pagar recursos de programas sociais governamentais, como PIS/Pasep e FGTS, mas não pode permitir a emissão de cartão físico, cheques ou ordens de pagamento para sua movimentação.
Se a pessoa deixar de cumprir as condições estipuladas, o auxílio deixará de ser pago. Para fazer as verificações necessárias, os órgãos federais trocarão as informações constantes em suas bases de dados.
Fonte:canindersantos/ agenciasenado/
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Professora pedindo retorno à normalidade
Mulher foi ao Palácio da Alvorada nesta quinta-feira(2/4)
e afirmou querer retornar ao trabalho
Não tem condições da gente viver nessa situação, não tenho qualquer coisa para dar para meus filhos dentro da minha casa.
Venho pedir não é por mim, vim pedir por milhares e milhares de pessoas.
Fonte:@metrópoletwitter
Na tarde desta quinta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais um vídeo de uma mulher que pede o fim do isolamento social.
CNN localizou a mulher. Fátima disse que é professora de caligrafia e revelou que tem sofrido prejuízos por conta das medidas de isolamento social."Eu não estava em mim. Eu senti que não estava só", disse ela sobre o pedido que fez a Bolsonaro. Nas redes sociais, ela chama o coronavírus de "vírus chinês" e acusa o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de mentir sobre a doença.Separada, Fátima vive da pensão que o ex-marido paga aos filhos, além das aulas particulares. Ela disse que começou a oferecer aulas virtuais, mas ainda não conseguiu alunos.
Fonte: cnnbrasil.com.br/politica/2020/04/02/professora-que-pediu-fim-de-isolamento-a-bolsonaro-diz-que-tem-sofrido-prejuizos
Dançar faz bem ao corpo, à alma e à mente
Além de ser uma atividade física que ajuda a ficar em dia com a balança, dançar é terapêutico e espanta o estresse do dia a dia
A educadora física Juliana Maia da Silva, professora de Expressão Corporal e Danças de Salão para crianças e adultos em Recife (PE), explica que dançar pode ser uma ótima atividade física. Envolvendo som e ritmo, a prática exige intensa movimentação do corpo e proporciona o gasto de energia por meio de gestos, posturas e movimentos.
Juliana ressalta que a dança permite a realização de exercícios de equilíbrio e de postura, saltos, passos e giros que ajudam a ficar em dia com a balança. “Com a prática, aperfeiçoam-se técnicas corporais básicas como correr, rolar, parar, saltar, puxar e empurrar. Só para se ter ideia, uma hora de forró chega a queimar 300 calorias. Já a zumba, dança popular da vez, vai mais longe e manda embora pelo menos 400 calorias por hora”, destaca.
A dança é uma atividade física indicada para todas as faixas-etárias. “A idade não é um fator que atrapalhe quem deseja ingressar no universo da dança. Os mais jovens e os mais velhos podem e devem entrar na dança. Cabe aos profissionais adaptarem os passos às limitações físicas de cada aluno”, completa Juliana.
“O prazer consiste também em conhecer outras pessoas, outros passos, outros lugares, outros ritmos. E esse prazer traz uma nova qualidade de vida, elevando o nível de estima da pessoa."
Juliana lista cinco razões definitivas para praticar dança – independentemente da modalidade ou estilo:
- Além de ser um exercício físico excelente, dançar é terapêutico.
- A prática é estimulante, relaxante e motivadora, pois não envolve só técnica mas também muito sentimento. Não usa só o corpo, exige alma.
- A dança tem o poder de espantar os males, o estresse do dia a dia.
- Não importa a idade, a habilidade ou a classe social, se movimentar embalado pelo ritmo da música é capaz de transformar um dia ruim em um dia maravilhoso. Também é capaz de transformar a vida da pessoa.
- Tem um ditado que diz: quem dança é mais feliz! Eu digo: se está procurando felicidade coloque uma música e dance!
- Fonte: http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-exercitar-mais/dancar-faz-bem-ao-corpo-a-alma-e-a-mente
-
quarta-feira, 1 de abril de 2020
Número de novos infectados pelo coronavírus no Brasil cai pelo 3º dia consecutivo
31/03/2020 - 00h34
O boletim do Ministério da Saúde mostra que a covid-19 já causou 159 mortes no Brasil. E bateu um novo recorde nas últimas 24 horas: 23 óbitos. Já os dados sobre a evolução dos casos confirmados são reveladores e mostram clara desaceleração do contágio nos últimos quatro dias. Houve um pico na sexta-feira (27), com 502 novos casos, depois disso, foram 3 dias consecutivos de queda: 487 novos casos no sábado, 353 no domingo e 323 nesta segunda-feira (30).
Fonte:
r7.com/jr-na-tv/videos/numero-de-novos-infectados-pelo-coronavirus-no-brasil-cai-pelo-3-dia-consecutivo-31032020
terça-feira, 31 de março de 2020
Vídeo: Fala de Tedros Adhanom diretor executivo da OMS
Parte do discurso polêmico
Assista a nova e diferente fala do diretor executivo da OMS que agora está flexibilizando o discurso
de acordo com cada país, cada contexto socioeconômico.
Assista a nova e diferente fala do diretor executivo da OMS que agora está flexibilizando o discurso
de acordo com cada país, cada contexto socioeconômico.
Perhaps some countries have already taken steps
for physical distance...
Closing schools and preventing
agglomerations and so on.
This can buy time. But at the same time...
Each country is different. Some countries have
a strong social assistance system.
And some countries do not. I am from africa
how do you know...
I know that many people have to work
every day to earn your daily bread.
domingo, 29 de março de 2020
Gusttavo arrecadou mais de 20 toneladas de alimentos, milhares de máscaras e frascos de álcool em gel, bem como centenas de milhares em dinheiro
No sábado (28), o cantor sertanejo Gusttavo Lima fez uma transmissão ao vivo chamada “Buteco em Casa” com duração de 5 horas, onde cantou 100 músicas entre seus sucessos e os clássicos da música sertaneja.
Durante a live, Gusttavo arrecadou mais de 20 toneladas de alimentos, milhares de máscaras e frascos de álcool em gel, bem como centenas de milhares em dinheiro.
Com a mensagem #FiqueEmCasa, a live contou com mais de 10 milhões de visualizações e também se tornou a live com maior quantidade de acessos simultâneos da história do YouTube, cerca de 750 mil.
O “embaixador”, como é chamado, já marcou outra live para o dia 11 de abril.
Fonte:
https://odiajundiai.com.br/gusttavo-lima-faz-live-com-5-horas-e-arrecada-toneladas-de-alimentos/
"Você conhece as pessoas nos piores momentos. $$$ Valeu Gustavo!!"
sábado, 28 de março de 2020
Comparativo entre doenças respiratórias
Use o arquivo Geogebra que Ben criou para este vídeo
Use the Geogebra file Ben created for this video
Acesse para ver como se multiplica a contaminação
https://www.geogebra.org/m/nbjfjtpv
susceptible S-suscetível
infected I-infectado
recovered R-recuperado
Outro bom arquivo, cortesia de Juan Carlos Ponce Campuzano:
Another good file courtesy of Juan Carlos Ponce Campuzano:
https://www.geogebra.org/m/utbemrca
Fonte: Numberphile/youtube/www.coronavirus.saude.gov.br
sexta-feira, 27 de março de 2020
quarta-feira, 25 de março de 2020
Em apenas alguns dias de quarentena...
Demissões na empresa de ônibus Cometa. A Viação Cometa S.A. é uma empresa de ônibus rodoviários do Brasil. Por décadas, operou linhas na região sudeste do Brasil. Fonte:E.B.Twitter
A demissão nunca é um momento fácil. Para o demitido, claro, porque perde seu emprego e inevitavelmente se sente rejeitado. A demissão atinge o emocional, pior ainda comunicar a família em casa, parte dolorosa.
terça-feira, 24 de março de 2020
Entenda o que é isolamento, quarentena e distanciamento social
Entenda a diferença!!!
E o importante... distanciamento social não impede que você saia para fazer o que tem que fazer, mas que seja sempre com cuidado e precaução!
E o importante... distanciamento social não impede que você saia para fazer o que tem que fazer, mas que seja sempre com cuidado e precaução!
Fonte:CN
segunda-feira, 23 de março de 2020
domingo, 22 de março de 2020
sábado, 21 de março de 2020
A pandemia(covid-19) não ataca apenas os idosos
Coronavírus em Itália: entre a morte e a angústia, a esperança
Italiano de 41 anos afirma que não é uma gripe normal, passa as noites com ventilador ligado e não consegue dormir.
-Entra em ti, se apodera de ti e prende os pulmões. A vida virou do lado avesso, espero que ninguém passe o que passei, parece um filme de terror mas não é.
videos
Em Bergamo tem maior número de vítimas, os crematórios trabalham 24 horas por dia.
Fonte:euronews
sexta-feira, 20 de março de 2020
quinta-feira, 19 de março de 2020
Retrato de uma geração esquecida e sem rumo
A geração dos nem-nem. Quem são e como vivem?
Não estudam nem trabalham: muitas vezes por falta de opções ou de dinheiro para estudar. Retrato de uma geração esquecida e sem rumo.
Os dias de Sara Ascenso começam cedo, por volta das 7h40. Faz o pequeno-almoço ao namorado, normalmente uma sanduíche, e às vezes até lhe prepara um lanche. Isto nos dias em que ele dorme na casa dela. A seguir, tenta comer alguma coisa e volta para a cama. Não tem motivo para ficar a pé tão cedo. Não há trabalho – mesmo depois de ter enviado mais de 30 currículos – nem aulas. Dorme mais umas horas até a chamarem. "Acordo com a minha avó a chamar -me para o almoço e a dizer: "Então, já não chega de dormir?", conta a jovem, de 22 anos, que vive em casa dos pais com a avó.
De tarde, trata dos animais da casa – dois cães, dois coelhos, duas tartarugas e um hámster –, em seguida vai buscar o irmão, de 16 anos, à escola. Muitas vezes faz o jantar, gosta de preparar uma lasanha caseira ou uns bifes com cogumelos. Depois sai para beber um café.
De tarde, trata dos animais da casa – dois cães, dois coelhos, duas tartarugas e um hámster –, em seguida vai buscar o irmão, de 16 anos, à escola. Muitas vezes faz o jantar, gosta de preparar uma lasanha caseira ou uns bifes com cogumelos. Depois sai para beber um café.
Os dias sucedem-se com a mesma rotina monótona. "Acho que devia ser uma pessoa mais ativa, mais ambiciosa. Os meus pais estão sempre a dizer que devia arranjar um trabalho. A minha situação torna-se chata para eles, porque vêem que não saio disto… É triste para eles e para mim."
Sara Ascenso é uma jovem nem-nem, não trabalha nem estuda, ou NEEF (que significa Nem Emprego, Educação ou Formação), mas não é a única. São vários os relatórios que fazem um retrato desta geração. De acordo com os dados do estudo Education at a Glance 2018, Portugal está em 10º lugar, no ranking de jovens nem-nem, numa lista de 31 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). A conclusão é que um em cada sete jovens, dos 15 aos 29 anos, é nem-nem.
O sociólogo Elísio Estanque explica que estas situações estão marcadas também pelo insucesso escolar. Aponta ainda a falta de estímulos, o sistema de ensino ou situações específicas relacionadas com ambientes de maior dificuldade socioecónomica. "A falta de recursos acaba por contribuir para que se crie uma lógica de bola de neve, sempre a aumentar e muito difícil de deixar." Mesmo assim, o Eurostat revela que a percentagem de nem-nem não piorou, é exactamente a mesma que em 2007/08, ou seja, de 11,2%. "Houve aqui uma oscilação à volta de 10 ou 11 anos", conta Elísio Estanque. "Porém, durante o período mais intenso da crise, houve um aumento intenso do desemprego jovem e do número daqueles que não estavam a estudar nem a trabalhar, como resultado da crise económica e das dificuldades que o País enfrentou."
Sara Ascenso é uma jovem nem-nem, não trabalha nem estuda, ou NEEF (que significa Nem Emprego, Educação ou Formação), mas não é a única. São vários os relatórios que fazem um retrato desta geração. De acordo com os dados do estudo Education at a Glance 2018, Portugal está em 10º lugar, no ranking de jovens nem-nem, numa lista de 31 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). A conclusão é que um em cada sete jovens, dos 15 aos 29 anos, é nem-nem.
O sociólogo Elísio Estanque explica que estas situações estão marcadas também pelo insucesso escolar. Aponta ainda a falta de estímulos, o sistema de ensino ou situações específicas relacionadas com ambientes de maior dificuldade socioecónomica. "A falta de recursos acaba por contribuir para que se crie uma lógica de bola de neve, sempre a aumentar e muito difícil de deixar." Mesmo assim, o Eurostat revela que a percentagem de nem-nem não piorou, é exactamente a mesma que em 2007/08, ou seja, de 11,2%. "Houve aqui uma oscilação à volta de 10 ou 11 anos", conta Elísio Estanque. "Porém, durante o período mais intenso da crise, houve um aumento intenso do desemprego jovem e do número daqueles que não estavam a estudar nem a trabalhar, como resultado da crise económica e das dificuldades que o País enfrentou."
A psicóloga clínica Catarina Lucas diz que a maioria destes casos não são por escolha própria. E acrescenta que é nos jovens com menos habilitações que se registam números mais elevados de inactividade. "Talvez isso aconteça porque quanto mais formação o jovem tiver, mais oportunidades surgirão."
Trabalhar por menos de €3/hora
Sara Ascenso quis apostar na formação, mas nem tudo lhe correu como tinha imaginado. Estava a tirar um curso de massagista a partir do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas foi cancelado por falta de alunos. Esta era uma forma de concluir o 12º ano. "Tive de me desenrascar e procurar equivalência num curso à noite, que não dá continuidade à profissão", conta. Lá acabou por concluir os estudos a partir de um curso de Educação e Formação de Adultos (EFA), em Junho passado. E agora: continuar a estudar ou arranjar um emprego? "Pensei estudar mais, mas os meus pais não têm dinheiro para me pagarem um curso. Tenho de recorrer aos cursos financiados", diz.
Teve dois empregos, mas nenhum deles foi bem-sucedido. Trabalhou, enquanto estudava à noite, num cabeleireiro das 9h às 18h, sem contrato, para receber €200 ao fim do mês. Depois esteve num café para desenrascar. Ganhava €2,50/hora e trabalhava das 15h às 23h. Nenhum dos empregos durou mais de um mês. "Sempre que tinha oportunidade ia entregar currículos [em lojas e supermercados]. Fui a cinco entrevistas, mas nunca me chamaram. Uma vez fui à Pull&Bear e parecia mesmo que estavam a precisar. Criou-se ali uma ilusão. Disseram-me que me ligavam durante a semana, mas nada. Estou há 6 meses sem receber um telefonema", diz, desmotivada. E desabafa: "Sem experiência, ninguém me vai dar emprego."
A psicóloga Catarina Lucas explica que a forma como os currículos são escritos ou enviados prejudica as hipóteses de o candidato ser chamado. "É importante que nos diferenciemos, e isso, às vezes, está nos pequenos detalhes. Quando o jovem não é chamado, é importante que faça uma análise sobre os motivos para que isso esteja a acontecer e redefinir a estratégia ou empenhar-se no desenvolvimento de competências em falta e no que o mercado procura."
Existem culpados?
Se não trabalham nem estudam, a pergunta mais comum será: como é que a geração NEEF se sustenta? Na maioria das vezes, o dinheiro vem dos pais. Este é também o caso de Sara. "Não são grandes valores. Por exemplo, a minha mãe soube que eu ia sair no outro dia e deu-me 10 euros. Fui a Milfontes passar o fim-de-semana e os meus pais deram-me 40 euros." Mas acrescenta: "Podia pedir e eles podiam não me dar. Se calhar, isso era mais um incentivo para me fazer à vida. Lá está, estou acomodada."
Catarina Lucas diz que perante as dificuldades, os jovens habituam-se à mesada dos pais. "Não sei se podemos falar em culpados, mas ao longo dos anos temos assistido a uma tendência para o excesso de protecção dos pais, para um facilitismo através do qual não se aprende a verdadeira dificuldade das coisas. Foi ensinado a esta geração que podem ter tudo sem grande esforço, o que a tornou menos preparada para a adversidade. Além disso, foi vendida a ideia de que estudar garantia um bom trabalho, mas quando a altura chegou, não foi o que aconteceu, o que aumenta a frustração e a desmotivação."
Assim como Sara, também Jaime Brito, de 20 anos, assume que são os pais que lhe dão dinheiro. Porém, o percurso de Jaime é diferente. Fez a escolaridade pelo ensino regular [escolheu Humanidades], na Escola da Apela, na ilha da Madeira (Funchal). Depois, em 2017, foi para o continente tirar o curso de Comunicação Social, mas acabou por ficar apenas um semestre. "Não senti que fosse a minha vocação. Também não tive direito a bolsas e vindo das ilhas é complicado suportar custos", diz. Catarina Lucas explica esta falta de empenho. "É uma geração muito focada no agora, no prazer e na realização imediata. Tem pouca capacidade de se projectar no futuro e de traçar um caminho para lá chegar. É uma geração que não consegue encontrar um propósito para a sua vida."
Jaime está inscrito no Centro de Emprego. Não queria estar parado. Ainda só teve um emprego: num restaurante de sushi. Servia às mesas. "Estive lá cerca de dois meses. Tinha um vencimento de €650, mais gorjetas. Saí porque era muito stressante e não condizia com a minha personalidade. Experimentei o trabalho de cozinha, ou seja, fazer os rolos de sushi, lavar o peixe, escamar, picar, etc. Não tinha jeito."
Agora, está desempregado e, ao contrário de Sara, tem um objectivo bem definido. "Quero arranjar um trabalho mais calmo e poupar dinheiro. Assim que tiver o suficiente vou para o Porto ou Lisboa tirar o curso de preparador físico."
Geração com pressa
Joana (nome fictício), de 26 anos, fez o 12º ano a partir de um curso profissional, o de auxiliar de infância. Já teve alguns trabalhos diversificados: trabalhou numa creche como auxiliar durante dois meses, numa empresa de telemarketing por quatro meses e numa empresa de limpezas apenas dois. "Agora, o último trabalho que tive foi co-mo auxiliar de idosos, a cuidar de uma senhora. Estive lá durante oito meses", revela.
A jovem está agora desempregada. "Enviei mais de 15 currículos para todo o lado, mas só fui a uma entrevista". Joana confessa que mesmo que a chamassem não aceitava qualquer coisa. "Se as condições não são boas e pagam mal, não aceito", explica. Apesar de gostar de trabalhar com crianças, quer experimentar algo novo. O seu sonho é formar-se como maquilha-dora. "Tenho metade do dinheiro, são 1.500 euros. A minha mãe também me vai ajudar, mas quero arranjar um trabalho certo e conciliar com o curso."
Trabalhar por menos de €3/hora
Sara Ascenso quis apostar na formação, mas nem tudo lhe correu como tinha imaginado. Estava a tirar um curso de massagista a partir do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas foi cancelado por falta de alunos. Esta era uma forma de concluir o 12º ano. "Tive de me desenrascar e procurar equivalência num curso à noite, que não dá continuidade à profissão", conta. Lá acabou por concluir os estudos a partir de um curso de Educação e Formação de Adultos (EFA), em Junho passado. E agora: continuar a estudar ou arranjar um emprego? "Pensei estudar mais, mas os meus pais não têm dinheiro para me pagarem um curso. Tenho de recorrer aos cursos financiados", diz.
Teve dois empregos, mas nenhum deles foi bem-sucedido. Trabalhou, enquanto estudava à noite, num cabeleireiro das 9h às 18h, sem contrato, para receber €200 ao fim do mês. Depois esteve num café para desenrascar. Ganhava €2,50/hora e trabalhava das 15h às 23h. Nenhum dos empregos durou mais de um mês. "Sempre que tinha oportunidade ia entregar currículos [em lojas e supermercados]. Fui a cinco entrevistas, mas nunca me chamaram. Uma vez fui à Pull&Bear e parecia mesmo que estavam a precisar. Criou-se ali uma ilusão. Disseram-me que me ligavam durante a semana, mas nada. Estou há 6 meses sem receber um telefonema", diz, desmotivada. E desabafa: "Sem experiência, ninguém me vai dar emprego."
A psicóloga Catarina Lucas explica que a forma como os currículos são escritos ou enviados prejudica as hipóteses de o candidato ser chamado. "É importante que nos diferenciemos, e isso, às vezes, está nos pequenos detalhes. Quando o jovem não é chamado, é importante que faça uma análise sobre os motivos para que isso esteja a acontecer e redefinir a estratégia ou empenhar-se no desenvolvimento de competências em falta e no que o mercado procura."
Existem culpados?
Se não trabalham nem estudam, a pergunta mais comum será: como é que a geração NEEF se sustenta? Na maioria das vezes, o dinheiro vem dos pais. Este é também o caso de Sara. "Não são grandes valores. Por exemplo, a minha mãe soube que eu ia sair no outro dia e deu-me 10 euros. Fui a Milfontes passar o fim-de-semana e os meus pais deram-me 40 euros." Mas acrescenta: "Podia pedir e eles podiam não me dar. Se calhar, isso era mais um incentivo para me fazer à vida. Lá está, estou acomodada."
Catarina Lucas diz que perante as dificuldades, os jovens habituam-se à mesada dos pais. "Não sei se podemos falar em culpados, mas ao longo dos anos temos assistido a uma tendência para o excesso de protecção dos pais, para um facilitismo através do qual não se aprende a verdadeira dificuldade das coisas. Foi ensinado a esta geração que podem ter tudo sem grande esforço, o que a tornou menos preparada para a adversidade. Além disso, foi vendida a ideia de que estudar garantia um bom trabalho, mas quando a altura chegou, não foi o que aconteceu, o que aumenta a frustração e a desmotivação."
Assim como Sara, também Jaime Brito, de 20 anos, assume que são os pais que lhe dão dinheiro. Porém, o percurso de Jaime é diferente. Fez a escolaridade pelo ensino regular [escolheu Humanidades], na Escola da Apela, na ilha da Madeira (Funchal). Depois, em 2017, foi para o continente tirar o curso de Comunicação Social, mas acabou por ficar apenas um semestre. "Não senti que fosse a minha vocação. Também não tive direito a bolsas e vindo das ilhas é complicado suportar custos", diz. Catarina Lucas explica esta falta de empenho. "É uma geração muito focada no agora, no prazer e na realização imediata. Tem pouca capacidade de se projectar no futuro e de traçar um caminho para lá chegar. É uma geração que não consegue encontrar um propósito para a sua vida."
Jaime está inscrito no Centro de Emprego. Não queria estar parado. Ainda só teve um emprego: num restaurante de sushi. Servia às mesas. "Estive lá cerca de dois meses. Tinha um vencimento de €650, mais gorjetas. Saí porque era muito stressante e não condizia com a minha personalidade. Experimentei o trabalho de cozinha, ou seja, fazer os rolos de sushi, lavar o peixe, escamar, picar, etc. Não tinha jeito."
Agora, está desempregado e, ao contrário de Sara, tem um objectivo bem definido. "Quero arranjar um trabalho mais calmo e poupar dinheiro. Assim que tiver o suficiente vou para o Porto ou Lisboa tirar o curso de preparador físico."
Geração com pressa
Joana (nome fictício), de 26 anos, fez o 12º ano a partir de um curso profissional, o de auxiliar de infância. Já teve alguns trabalhos diversificados: trabalhou numa creche como auxiliar durante dois meses, numa empresa de telemarketing por quatro meses e numa empresa de limpezas apenas dois. "Agora, o último trabalho que tive foi co-mo auxiliar de idosos, a cuidar de uma senhora. Estive lá durante oito meses", revela.
A jovem está agora desempregada. "Enviei mais de 15 currículos para todo o lado, mas só fui a uma entrevista". Joana confessa que mesmo que a chamassem não aceitava qualquer coisa. "Se as condições não são boas e pagam mal, não aceito", explica. Apesar de gostar de trabalhar com crianças, quer experimentar algo novo. O seu sonho é formar-se como maquilha-dora. "Tenho metade do dinheiro, são 1.500 euros. A minha mãe também me vai ajudar, mas quero arranjar um trabalho certo e conciliar com o curso."
O dia-a-dia destes nem-nem não é muito diferente. Todos costumam levantar-se cedo, para tentarem estar activos. Só Jaime costuma levantar -se por volta das 10h e depois de almoçar vai ter com os amigos. "Vou até ao café, tento abstrair-me dos stresses da vida. Ao fim-de-semana bebo um copo, mas são dias demasiado pacatos", revela o jovem de 19 anos. Joana, por vezes leva o sobrinho à escola e tem aulas de condução, enquanto espera por melhores oportunidades. "Esta é uma geração imediatista e pouco tolerante à frustração", explica Catarina Lucas. "Isso dificulta o processo de integração no mercado de trabalho. Há uma expectativa elevada por parte dos jovens– à qual o panorama actual de emprego não consegue corresponder."
Por: Dina Arsénio
Fonte: cmjornal/Portugal
terça-feira, 17 de março de 2020
domingo, 15 de março de 2020
sexta-feira, 13 de março de 2020
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Mensagem
Lições de vida
Cada dia em nossas vidas nos ensina lições que muitas vezes nem percebemos.
Desde o nosso primeiro piscar de olhos, desde cada momento em que a fome bate, desde cada palavra que falamos.
Passamos por inúmeras situações, na maioria delas somos protegidos, até que um dia a gente cresce e começamos a enfrentar o mundo sozinhos.
Escolher a profissão, ingressar numa faculdade, conseguir um emprego...Essas são tarefas que nem todos suportam com um sorriso no rosto ou nem todos fazem por vontade própria.
Cada um tem suas condições de vida e cada qual será recompensado pelo esforço, que não é em vão.Às vezes acontecem coisas que a gente nem acredita.
Às vezes, dá tudo, tudo errado!Você pensa que escolheu a profissão errada, que você mão consegue sair do lugar, ás vezes você sente que o mundo todo virou as costas...Parece que você caiu e não consegue levantar...Está a ponto de perder o ar...Talvez você descubra que quem dizia ser seu amigo, nunca foi seu amigo de verdade e talvez você passe a vida inteira tentando descobrir quem são seus inimigos e nunca chegue a uma conclusão.
Mas nem tudo pode dar errado ao mesmo tempo, desde que você não queira.E aí... Você pode mudar a sua vida!Se tiver vontade de jogar tudo pro alto, pense bem nas conseqüências, mas pense no bem que isso poderá proporcionar.Não procure a pessoa certa, porque no momento certo aparecerá.Você não pode procurar um amigo de verdade ou um amor como procura roupas de marca no shopping e nem mesmo encontra as qualidades que deseja como encontra nas cores e tecidos ou nas capas dos livros.Olhe menos para as vitrines, mas tente conhecer de perto o que está sendo exibido.
Eu poderia estar falando de moda, de surf, de tecnologia ou cultura, mas hoje, escolhi falar sobre a vida!Encontre um sentido para a sua vida, desde que você saiba guiá-la com sabedoria.Não deixe tudo nas mãos do destino, você nem sabe se o destino realmente existe...Faça acontecer e não espere que alguém resolva os seus problemas, nem fuja deles.Encare-os de frente. Aceite ajuda apenas de quem quer o seu bem, pois embora não possam resolver os seus problemas, quem quer o seu bem te dará toda a força necessária pra que você possa suportar e...Confie!
Entenda que a vida é bela, mas nem tanto...Mas você deve estar bem consigo mesmo pra que possa estar bem com a vida.Costumam dizer por aí que quem espera sempre alcança, mas percebi que quem alcança é quem corre atrás...Não importa a tua idade, nem o tamanho de seu sonho...A sua vida está em suas próprias mãos e só você sabe o que fazer com ela...Autor ( Lilian Roque de Oliveira )
Desde o nosso primeiro piscar de olhos, desde cada momento em que a fome bate, desde cada palavra que falamos.
Passamos por inúmeras situações, na maioria delas somos protegidos, até que um dia a gente cresce e começamos a enfrentar o mundo sozinhos.
Escolher a profissão, ingressar numa faculdade, conseguir um emprego...Essas são tarefas que nem todos suportam com um sorriso no rosto ou nem todos fazem por vontade própria.
Cada um tem suas condições de vida e cada qual será recompensado pelo esforço, que não é em vão.Às vezes acontecem coisas que a gente nem acredita.
Às vezes, dá tudo, tudo errado!Você pensa que escolheu a profissão errada, que você mão consegue sair do lugar, ás vezes você sente que o mundo todo virou as costas...Parece que você caiu e não consegue levantar...Está a ponto de perder o ar...Talvez você descubra que quem dizia ser seu amigo, nunca foi seu amigo de verdade e talvez você passe a vida inteira tentando descobrir quem são seus inimigos e nunca chegue a uma conclusão.
Mas nem tudo pode dar errado ao mesmo tempo, desde que você não queira.E aí... Você pode mudar a sua vida!Se tiver vontade de jogar tudo pro alto, pense bem nas conseqüências, mas pense no bem que isso poderá proporcionar.Não procure a pessoa certa, porque no momento certo aparecerá.Você não pode procurar um amigo de verdade ou um amor como procura roupas de marca no shopping e nem mesmo encontra as qualidades que deseja como encontra nas cores e tecidos ou nas capas dos livros.Olhe menos para as vitrines, mas tente conhecer de perto o que está sendo exibido.
Eu poderia estar falando de moda, de surf, de tecnologia ou cultura, mas hoje, escolhi falar sobre a vida!Encontre um sentido para a sua vida, desde que você saiba guiá-la com sabedoria.Não deixe tudo nas mãos do destino, você nem sabe se o destino realmente existe...Faça acontecer e não espere que alguém resolva os seus problemas, nem fuja deles.Encare-os de frente. Aceite ajuda apenas de quem quer o seu bem, pois embora não possam resolver os seus problemas, quem quer o seu bem te dará toda a força necessária pra que você possa suportar e...Confie!
Entenda que a vida é bela, mas nem tanto...Mas você deve estar bem consigo mesmo pra que possa estar bem com a vida.Costumam dizer por aí que quem espera sempre alcança, mas percebi que quem alcança é quem corre atrás...Não importa a tua idade, nem o tamanho de seu sonho...A sua vida está em suas próprias mãos e só você sabe o que fazer com ela...Autor ( Lilian Roque de Oliveira )