“Eu falei: Deus, se tu existe, traz o meu filho de volta”, disse o pai de Kelvys Santos, 2 anos, que, segundo a declaração de óbito, morreu na noite da última sexta-feira (01) no Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS), em Belém.
O motivo teria sido uma parada cardiorrespiratória. Por maior que fosse a fé de Antônio Carlos Santos, um catador de açaí, nem ele nem as dezenas de pessoas presentes no velório, que aconteceu na tarde do último sábado (02), esperavam o que sucedeu. Kelvys teria se levantado, reclamado de sede e bebido água.
O que teria acontecido depois foi um misto de espanto, orações, agradecimentos, lágrimas e desmaios. Kelvys teria ainda arrotado e cuspido um pedaço de algodão. Levado às pressas pelo pai à Unidade de Saúde de Cotijuba, cidade natal do menino, a morte foi confirmada pelo médico de plantão, que, segundo o pai, afirmou que se o garoto estava vivo, morreu a caminho do hospital. O menino então foi enterrado. O caso está sendo investigado e permanece sem explicação.
O Conselho Regional de Medicina (CRM), através de sua corregedoria, instaurou procedimento, na manhã de ontem, para apurar todos os fatos citados na denúncia de Antônio Carlos. Segundo a presidente do CRM, Fátima Couceiro, ainda é cedo para afirmar que houve negligência médica por parte do HRAS. Segundo a presidente, o caso só poderá ser explicado após a análise dos documentos e circunstâncias do atendimento.
Segundo o pai da criança, o HRAS teria ficado com as três vias do atestado de óbito de Kelvys e as três cópias do documento ficaram com a funerária chamada por funcionários do hospital para fazer o traslado do corpo da criança. “O documento de Declaração de Óbito possui três vias, uma delas devendo ser entregue à família”, explica Fátima Couceiro.
IML
Ainda segundo Antônio Carlos, uma psicóloga do hospital o teria aconselhado a não procurar o Instituto Médico Legal (IML) por conta de taxas de serviços que supostamente seriam cobradas da família. A assessoria de imprensa do IML afirma que o Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves não cobra qualquer tipo de taxa para realizar os procedimentos.
“Todos os nossos serviços são oferecidos de graça à população e os custos são arcados pelo governo do Estado. Em caso de morte natural, pode ser solicitado o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que é realizado de forma totalmente gratuita”, explica a assessoria de imprensa do Centro de Perícias.
INTERNAÇÃO
Segundo o hospital, Kelvys foi internado às 15h34 com quadro de febre de cinco dias e falta de ar há três. O menino foi examinado pela médica de plantão, que constatou desidratação e pneumonia, solicitando exames de laboratório e raios-X.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO, a declaração de óbito aponta como causa da morte insuficiência respiratória, broncopneumonia e desidratação. Ainda de acordo com o HRAS, Antônio Carlos informou que não tinha condições de arcar com o funeral, por isso foi acionado o auxílio funeral da Fundação Papa João XXIII (Funpapa). A equipe do DIÁRIO tentou, sem sucesso, entrar em contato com a diretoria do HRAS durante a manhã, mas não conseguiu maiores esclarecimentos.
Delegada pedirá explicações ao hospital
O caso está sendo investigado na Seccional Urbana de Icoaraci. De acordo com a diretora da seccional, Elizeth Cardoso, o primeiro passo é investigar a denúncia. “Eu estou preparando o ofício para entregar à direção do hospital solicitando informações de tudo o que foi feito na criança, quais eram os médicos de plantão e quais os procedimentos foram adotados”, fala a diretora.
Ainda segundo Elizeth Cardoso, é preciso cautela antes de acusar alguém, pois o caso é delicado. “O primeiro passo é investigar. Se houver necessidade, nós vamos pedir a exumação do corpo ao Ministério Público. Nós não podemos nos precipitar. É preciso primeiro investigar a procedência da denúncia feita por ele (pai da criança). Por que enterraram o corpo?”, questiona a diretora.
fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-156905-CRM+VAI+APURAR+MORTE+DE+MENINO+QUE+RESSUSCITOU.html
O motivo teria sido uma parada cardiorrespiratória. Por maior que fosse a fé de Antônio Carlos Santos, um catador de açaí, nem ele nem as dezenas de pessoas presentes no velório, que aconteceu na tarde do último sábado (02), esperavam o que sucedeu. Kelvys teria se levantado, reclamado de sede e bebido água.
O que teria acontecido depois foi um misto de espanto, orações, agradecimentos, lágrimas e desmaios. Kelvys teria ainda arrotado e cuspido um pedaço de algodão. Levado às pressas pelo pai à Unidade de Saúde de Cotijuba, cidade natal do menino, a morte foi confirmada pelo médico de plantão, que, segundo o pai, afirmou que se o garoto estava vivo, morreu a caminho do hospital. O menino então foi enterrado. O caso está sendo investigado e permanece sem explicação.
O Conselho Regional de Medicina (CRM), através de sua corregedoria, instaurou procedimento, na manhã de ontem, para apurar todos os fatos citados na denúncia de Antônio Carlos. Segundo a presidente do CRM, Fátima Couceiro, ainda é cedo para afirmar que houve negligência médica por parte do HRAS. Segundo a presidente, o caso só poderá ser explicado após a análise dos documentos e circunstâncias do atendimento.
Segundo o pai da criança, o HRAS teria ficado com as três vias do atestado de óbito de Kelvys e as três cópias do documento ficaram com a funerária chamada por funcionários do hospital para fazer o traslado do corpo da criança. “O documento de Declaração de Óbito possui três vias, uma delas devendo ser entregue à família”, explica Fátima Couceiro.
IML
Ainda segundo Antônio Carlos, uma psicóloga do hospital o teria aconselhado a não procurar o Instituto Médico Legal (IML) por conta de taxas de serviços que supostamente seriam cobradas da família. A assessoria de imprensa do IML afirma que o Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves não cobra qualquer tipo de taxa para realizar os procedimentos.
“Todos os nossos serviços são oferecidos de graça à população e os custos são arcados pelo governo do Estado. Em caso de morte natural, pode ser solicitado o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que é realizado de forma totalmente gratuita”, explica a assessoria de imprensa do Centro de Perícias.
INTERNAÇÃO
Segundo o hospital, Kelvys foi internado às 15h34 com quadro de febre de cinco dias e falta de ar há três. O menino foi examinado pela médica de plantão, que constatou desidratação e pneumonia, solicitando exames de laboratório e raios-X.
Segundo nota enviada ao DIÁRIO, a declaração de óbito aponta como causa da morte insuficiência respiratória, broncopneumonia e desidratação. Ainda de acordo com o HRAS, Antônio Carlos informou que não tinha condições de arcar com o funeral, por isso foi acionado o auxílio funeral da Fundação Papa João XXIII (Funpapa). A equipe do DIÁRIO tentou, sem sucesso, entrar em contato com a diretoria do HRAS durante a manhã, mas não conseguiu maiores esclarecimentos.
Delegada pedirá explicações ao hospital
O caso está sendo investigado na Seccional Urbana de Icoaraci. De acordo com a diretora da seccional, Elizeth Cardoso, o primeiro passo é investigar a denúncia. “Eu estou preparando o ofício para entregar à direção do hospital solicitando informações de tudo o que foi feito na criança, quais eram os médicos de plantão e quais os procedimentos foram adotados”, fala a diretora.
Ainda segundo Elizeth Cardoso, é preciso cautela antes de acusar alguém, pois o caso é delicado. “O primeiro passo é investigar. Se houver necessidade, nós vamos pedir a exumação do corpo ao Ministério Público. Nós não podemos nos precipitar. É preciso primeiro investigar a procedência da denúncia feita por ele (pai da criança). Por que enterraram o corpo?”, questiona a diretora.
fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-156905-CRM+VAI+APURAR+MORTE+DE+MENINO+QUE+RESSUSCITOU.html
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