A decisão das grandes potências em punir o Irã revela que estamos em um jogo diplomático de soma zero. Ninguém ganhou com a situação. A culpa, evidentemente, é do Irã por querer esticar a corda até o limite do limite. Porém, os Estados Unidos ao não entubar o acordo do Irã com a Turquia e o Brasil, comete um erro. Deveria aceitar o acordo e depois, se fosse o caso, desmascará-lo. Ao provocar as sanções, os Estados Unidos coloca o Brasil no corner e, em conseqüência, o Brasil passa a atuar junto à Rússia e à China para quebrar a unanimidade das super-potências no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil perde por conta do fracasso em transformar o relativo sucesso do acordo com o Irã em algo com a mínima credibilidade. Rússia e China perdem com as sanções pelo fato de venderem muito para o Irã. O Irã perde duplamente. No exterior, fica - mais uma vez - a imagem de um país inconfiável, picareta e enrolador. Internamente, onde a maioria das pessoas não estão nem aí para a bomba atômica, Ahmadinejd fica com a imagem de fraco perante os alucinados "linha dura" que influenciam muito. Talvez, o único que não perdeu nada foi Israel. Fora do jogo, aguardava o desdobramento das negociações. Sem descuidar do planejamento para um eventual ataque às instalações nucleares do Irã. Que muitos consideram como inevitável.
Fonte:emtemporeal
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